domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 30 de dezembro de 2017
O FMI ACORDOU: 'Governo' guineense é CORRUPTO, O PIOR DE TODOS OS GOVERNOS. PESCAS E COMÉRCIO SÃO OS MAIS CORRUPTOS'
O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, afirmou hoje aos jornalistas que o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país lhe terá dito que o atual executivo guineense é "corrupto" e o "pior de todos os governos".

OSCAR...para a melhor verdade
"Recebi o representante do FMI no meu gabinete de trabalho, na presença de dois elementos da minha equipa, que me disse que este governo é o pior de todos os governos, com altos níveis de corrupção sobretudo nos ministérios do Comércio e das Pescas", disse Cipriano Cassamá, no encerramento de uma reunião da comissão permanente, a última do ano.
A sessão de hoje destinou-se a analisar a situação política num país dividido em que a maior formação, Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), não tem o apoio do Presidente para formar governo.
Cipriano Cassamá, dirigente do PAIGC, tem sido um dos críticos do Presidente da República e dos governos de iniciativa presidencial nomeados que nunca conseguiram ter o apoio da maioria dos deputados. A agência Lusa tentou falar com o representante do FMI em Bissau, Óscar Melhado, mas até ao momento sem sucesso. LUSA

OSCAR...para a melhor verdade
"Recebi o representante do FMI no meu gabinete de trabalho, na presença de dois elementos da minha equipa, que me disse que este governo é o pior de todos os governos, com altos níveis de corrupção sobretudo nos ministérios do Comércio e das Pescas", disse Cipriano Cassamá, no encerramento de uma reunião da comissão permanente, a última do ano.
A sessão de hoje destinou-se a analisar a situação política num país dividido em que a maior formação, Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), não tem o apoio do Presidente para formar governo.
Cipriano Cassamá, dirigente do PAIGC, tem sido um dos críticos do Presidente da República e dos governos de iniciativa presidencial nomeados que nunca conseguiram ter o apoio da maioria dos deputados. A agência Lusa tentou falar com o representante do FMI em Bissau, Óscar Melhado, mas até ao momento sem sucesso. LUSA
FIM DE ANO: Em grande...e com o nosso dinheiro
A 'convite' do Fernando Vaz, 'ministro' do turismo-que-não existe, chegado ontem de Lisboa: Umaro Sissoco e companhia ilimitada viajam na vedeta do Estado para passar o reveillon na ilha de Rubane, nos Bijagós. Gente fina é outra coisa!!! kkkkk
P.S: Um regressou ontem e o outro chega hoje, todos de Lisboa

BESAME MUCHOOOOO

A minha fonte NÃO soube precisar se esse pequeninho do PS, o LUIS AMADO, foi convidado a exemplo de há uns meses, quando o 'Nando' o trouxe a Bissau e levou-o a Rubane...
P.S: Um regressou ontem e o outro chega hoje, todos de Lisboa

BESAME MUCHOOOOO

A minha fonte NÃO soube precisar se esse pequeninho do PS, o LUIS AMADO, foi convidado a exemplo de há uns meses, quando o 'Nando' o trouxe a Bissau e levou-o a Rubane...
BUNGALOWS DE PROBLEMAS
Os bungalows de Cacheu, que o actual "director-geral" da EAGB, RENÉ BARROS, ocupou e estava a fazer obras em velocidade de cruzeiro, foi embargada. Motivo? Em tempos, uma avaliação foi feita pela direcção geral do Património do Estado: o património custaria 18 milhões de fcfa.
Acontece que os bungalows estavam em nome do ex—secretário de Estado das Comunidades, o malogrado Idelfrides Fernandes. Acossado, René Barros, apurou o DC, chamou então o filho mais velho de Idelfrides Fernandes, o Tito, e ofereceu a este 5 milhões de fcfa para passar tudo para o seu nome. Este recusou. Aumentou a parada para 8 milhões, e nada. Está tudo, por enquanto, em águas de bacalhau. AAS
Acontece que os bungalows estavam em nome do ex—secretário de Estado das Comunidades, o malogrado Idelfrides Fernandes. Acossado, René Barros, apurou o DC, chamou então o filho mais velho de Idelfrides Fernandes, o Tito, e ofereceu a este 5 milhões de fcfa para passar tudo para o seu nome. Este recusou. Aumentou a parada para 8 milhões, e nada. Está tudo, por enquanto, em águas de bacalhau. AAS
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
DSP/PAIGC - NORTE











Sansakutoto, Mansaba e Farim
TESTEMUNHO:
Chegada a Farim, com o cair da noite. Banho de multidão, com dezenas de motards a substituírem os tradicionais tambores em tom de demonstração da coesão partidária descartando-o dos males que o enfermaram nos últimos meses.
PAIGC está com uma força que eu nunca imaginara. Estou rendido à demonstração da força popular. Por uma Guiné-Bissau melhor, estamos unidos, pelo que Cabo Verde e o mundo desenvolvido juntam-se a nós nesta causa.
Nô Pintcha!
OPINIÃO: Paulo Gomes - Economista, Político
Num país habituado a discursos e declarações de políticos de baixo nível e de qualidade duvidosa, as últimas declarações/aparições do Paulo Gomes, foram uma lufada de ar fresco na nossa infestada arena política.
Ouvir o Paulo Gomes - os discursos, as articulações da política e sobre a economia, perguntamos: Como foi possível deixar gente como o JOMAV ser presidente da Guiné Bissau, Nambeia presidente do PRS, e o Braima Camará querer ser a todo o custo presidente do Paigc e consequentemente o futuro primeiro-ministro da Guiné Bissau?
JOMAV,
- Não participa nos Fóruns, não propõe coisas nos fóruns, não está presente em opiniões internacionais para delinear possibilidades de cenários para África, ou seja, ele está inexistente em tudo e o nosso país foi sempre protagonista da situação ou agenda africana , agora não somos. - Paulo Gomes - O Democrata, 28/12/17.
Aí está uma visão que deve ser de qualquer intelectual que se preze quando é chamado para avaliar a prestação do presidente JOMAV. Obrigado Paulo Gomes.
Senegal,
- Quem deixou o Senegal entrar e ser um país influente na Guiné Bissau, somos nós. Não vejo por que razão o Senegal teria mais influência, será mais capaz do que nós em quê? - Paulo Gomes - Democrata - 28/12/17.
É histórico e cultural a nossa dependência e baixar de calças perante o Senegal após a nossa independência. Dizem, e é verdade, que o antigo/falecido presidente não conseguiu nunca ter sob o seu controlo o nosso líder carismático Cabral. Tudo mudou com o golpe de estado de 14 de Novembro. Vendemos tudo ao Senegal e ao desbarato.
Caro Paulo Gomes,
O nosso contexto e xadrez político é deveras complexo, por isso, gente como Paulo Gomes, Domingos Simão Pereira, Geraldo Martins e mais alguns, quadros de qualidade acima de média estão na bancada e gente como JOMAV, Nambeia e Sissoco estão no palco.
Leitor Nao Identificado
Ouvir o Paulo Gomes - os discursos, as articulações da política e sobre a economia, perguntamos: Como foi possível deixar gente como o JOMAV ser presidente da Guiné Bissau, Nambeia presidente do PRS, e o Braima Camará querer ser a todo o custo presidente do Paigc e consequentemente o futuro primeiro-ministro da Guiné Bissau?
JOMAV,
- Não participa nos Fóruns, não propõe coisas nos fóruns, não está presente em opiniões internacionais para delinear possibilidades de cenários para África, ou seja, ele está inexistente em tudo e o nosso país foi sempre protagonista da situação ou agenda africana , agora não somos. - Paulo Gomes - O Democrata, 28/12/17.
Aí está uma visão que deve ser de qualquer intelectual que se preze quando é chamado para avaliar a prestação do presidente JOMAV. Obrigado Paulo Gomes.
Senegal,
- Quem deixou o Senegal entrar e ser um país influente na Guiné Bissau, somos nós. Não vejo por que razão o Senegal teria mais influência, será mais capaz do que nós em quê? - Paulo Gomes - Democrata - 28/12/17.
É histórico e cultural a nossa dependência e baixar de calças perante o Senegal após a nossa independência. Dizem, e é verdade, que o antigo/falecido presidente não conseguiu nunca ter sob o seu controlo o nosso líder carismático Cabral. Tudo mudou com o golpe de estado de 14 de Novembro. Vendemos tudo ao Senegal e ao desbarato.
Caro Paulo Gomes,
O nosso contexto e xadrez político é deveras complexo, por isso, gente como Paulo Gomes, Domingos Simão Pereira, Geraldo Martins e mais alguns, quadros de qualidade acima de média estão na bancada e gente como JOMAV, Nambeia e Sissoco estão no palco.
Leitor Nao Identificado
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
ENTREVISTA A PAULO GOMES: “JOMAV É UM PRESIDENTE INEXISTENTE E AUSENTE NOS FÓRUNS IMPORTANTES”

O economista Paulo Gomes, candidato independente classificado na terceira posição nas eleições presidenciais de 2014, afirmou que José Mário Vaz é um Presidente da República “inexistente” e ao mesmo tempo ausente dos grandes fóruns internacionais importantes, onde podia jogar um papel de influência na mobilização de recursos e parcerias junto dos seus homólogos.
Acrescentou ainda que o Chefe de Estado guineense, mesmo participando, "não propõe ideias concretas na discussão ou análises de grandes assuntos sobre o país e muito menos questões relacionados com a vida política, social e económica do continente".
O ex-alto funcionário do Banco Mundial disse ainda durante a entrevista exclusiva ao semanário “O Democrata” que JOMAV não está à altura de dirigir o país.
“Desejo que possa ser o primeiro Chefe de Estado a terminar o seu mandato, desde a nossa independência. Esse é o meu maior desejo que tenho para ele, mas não está preparado para exercer um segundo mandato, porque não conseguiu agregar, cristalizar aspectos estratégicos, unir os guineenses e cicatrizar este país, depois de tudo aquilo que o país viveu e as comunidades viveram. Temos que criar uma identidade nacional, porque os factores étnicos existem ainda. Não queria falar disso, mas eles existem”, notou o político.
Sobre a interferência dos países da sub-região na crise interna guineense, em particular o Senegal, o economista diz que são os próprios guineenses que permitiram que o Senegal entrasse e se tornasse um país influente na Guiné-Bissau. E acrescenta ainda não ver por que razão o Senegal teria mais influência.
“(O Senegal) é mais capaz do que nós em quê? Em números absolutos têm mais recursos humanos, mas com o pouco número de recursos humanos que temos, dispomos de pessoas experientes em vários áreas. Cheguei a aconselhar vários governos no Senegal e vários guineenses, lá fora, foram associados em alguns processos de avaliação no Senegal”.
O Democrata (OD): Paulo Gomes é tido como muito próximo do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira. Algumas vozes admitiram o apoio deste à sua candidatura presidencial em 2014 e a probabilidade de uma militância no PAIGC. Já com a intenção de criar o seu próprio partido, alguma coisa terá falhado nesse processo?
Paulo Gomes (PG): Domingos Simões Pereira faz parte da minha geração, mas a minha relação com Eng. Domingos Simões Pereira vai para além da relação humana ou da pessoa. Fui pessoalmente enquadrado pelos dois irmãos de Simões Pereira, sobretudo o Bartolomeu Simões Pereira. Primeiro, enquanto pioneiro do PAIGC, aos 11 anos, fui representar a Guiné-Bissau numa delegação de pioneiros na antiga União Soviética. Diria que foi o primeiro encontro com a família Simões Pereira.
O irmão mais velho, Bartolomeu Simões Pereira, enquadrou-me em França, na Universidade, e foi o primeiro que me recrutou e me deu uma larga formação quando cheguei a Bissau, em 1987. Por isso era importante começar por este facto. Digo que é da minha geração, porque o processo de transformação da Guiné-Bissau vai-se fazer de geração em geração e Domingos Simões Pereira faz parte desta geração como outros fazem também parte do mesmo processo. Penso que dentro dessas gerações haverá troca de ideias e diferença de pensamento e de posição, mas no fundo temos o país como interesse supremo.
Acredito que partilhamos muita coisa, mas os objetivos políticos que ele tem não são os mesmos que eu tenho. Nas últimas eleições presidenciais, ele teve apoio do PAIGC. Não há dúvidas em como, dentro do partido, havia muita gente que queria me apoiar, e José Mário Vaz conseguiu esse apoio. Não sou militante do partido. A questão da militância efectiva no partido não está neste momento como uma das minhas prioridades, porque vai fazer com que o problema do país passe a ser gerido em torno da minha pessoa, isso não é adiantamento.
Como defendi claramente, há muitas pessoas que depois do episódio das eleições queriam contribuir para a criação de uma massa crítica de políticos jovens, sobretudo de mulheres, para desempenharem um papel transformador do novo ecossistema político, esta é a minha prioridade. Se dentro desse objectivo houver espaço para a minha presença no quadro executivo da Guiné-Bissau, poderemos ver as coisas de outra forma, mas a prioridade, como disse em várias ocasiões - talvez não tenha sido bem claro na entrevista que dei em Abidjan. Esclareço: a minha prioridade é contribuir para que haja uma massa crítica de personalidades que possam entrar no esquema político para transformar este país nos próximos anos.
OD: Como pensa fazer isso, através de uma formação política?
PG: O modelo clássico adotado até agora é por meio de partidos políticos, mas não acredito. Às vezes há uma melhor plataforma. Consegui chegar à posição número três nas eleições presidências de 2014, com mais de 16 candidatos, sem haver um partido político que me apoiasse. Não acredito que no ecossistema actual que estamos a viver e com a situação que todos vivem, seja o caminho ideal. Antes de chegarmos na decisão de criar uma formação política, temos que ter a certeza que esse partido vai ser diferente dos outros que estão a ser criados ou os que já foram criados. Criar um partido e geri-lo é uma tarefa que não se improvisa. Neste momento, não vejo elementos claros que podem garantir que se criarmos um partido, não corremos os riscos de cair nos mesmos problemas que muitos partidos estão a viver neste momento. É justamente por isso que há um processo de auscultação. Reparem, esta manhã, convidei esta malta para reflectir. Porque, criar um partido é fácil, mas sustentá-lo e fazê-lo avançar, sem que haja interferências, ou seja, questões pessoais que poderão destruir a intenção inicial é muito mais difícil.
OD: Guiné-Bissau vive uma crise política e parlamentar há mais de dois anos, sem uma solução à vista, aliás, uma crise que surpreendeu todo o mundo, dado que é protagonizada pelos dirigentes de uma mesma formação política que dirigem as mais altas instituições da República. Como analisa a actual situação política?
PG: A crise não me surpreendeu. Há mais de dois anos já vos tinha dito, quando tive conversas com os media nacionais, que estava preocupado com a intenção do Presidente em derrubar o governo. Na sequência dessa preocupação decidi visitá-lo, porque mais uma vez a política clássica é de criticar e especular. Decidi ver o Presidente para lhe dizer que devia evitar a intenção de derrubar o governo naquela altura e que o país precisava de um período de ‘estado de graça’ para ele poder dirigir e tirar o país da situação em que estava, depois de um período de transição e reduzir as vulnerabilidades que temos a nível de recursos humanos e mesmo financeiros.
Ele não deu ouvidos e desencadeou o cenário que ele queria, porque certamente pensava que podia controlar tudo e ganhar. Neste momento, ele é o único que pode resolver esse problema, porque foi ele que o desencadeou, e tem a responsabilidade de resolvê-lo.
OD: O que acha do roteiro apresentado por José Mário Vaz para a saída da crise?
PG: Não sei por que ele apresentou o roteiro, depois de um roteiro que já estava preparado no momento das discussões em Conacri, nas quais houve um consenso em torno disto.
OD: Esteve em Abuja durante esse processo todo. Qual era o consenso chegado?
PG: Era em torno das grandes linhas do acordo de Conacri. O único bloqueio era quem devia ir ao congresso. Mas, isso não era fundamental no quadro do acordo de Conacri. Infelizmente tudo ficou bloqueado em torno dos delegados ao congresso do PAIGC. É por isso que se deve evitar cenários do tipo “terra queimada”, que o próprio Presidente da República criou.
Justamente por isso é que foi pedido que era preciso que ele se pudesse colocar acima dos interesses partidários, porque é muito frequente em partidos políticos haver tensões e crises, por isso o Presidente deve ficar fora dessas guerras e turbulências. E nós todos, ou seja, a maior parte da população acreditou nele quando disse que não entraria nas questões políticas e que ia deixar o Primeiro-ministro fazer o seu trabalho. Aliás, a nossa constituição é mesmo assim. Portanto, ele sabe o que deve ser feito, porque é responsabilidade única do Presidente da República.
OD: O líder do PAIGC negou que o roteiro defendido por Jomav tenha sido discutido na Cimeira de Abuja. Como participante nesse conclave, qual é a sua opinião?
PG: Quando um processo ganha dimensão à esfera internacional, há sempre diferentes agendas e eu estou mais interessado na agenda do meu país. Ninguém pode defender melhor os interesses do meu país mais do que eu como guineense. E nesse quadro, mais uma vez, o Presidente da República tem um papel fundamental no país. Obviamente, as pessoas vão tentar manobrar para tirar proveitos desse país, porque esse país é vulnerável, tem fraquezas e há pessoas interessadas nos recursos que tem e possivelmente criar influência sobre o país.
E cabe ao Presidente criar essa máquina e esse ecossistema para evitar interferências. Os líderes da sub-região que eu conheço, todos sabem que eu, como Presidente da República, não teria hipótese de entrar e ir contra os interesses da Guiné-Bissau. Sabem que como uma personalidade, não só política, mas também que tem seguido a agenda pan-africana, estou consciente que é importante para o país que haja uma agenda interna a defender, porque ninguém virá defender a agenda do nosso país por nós.
Essa relação de respeito e de confiança sempre vem em primeira mão. Aliás, não sou Presidente da República, mas tenho relações de muito alto nível com essas pessoas, ou seja, dito em crioulo nos meus olhos e pela minha forma de ser sabem que “és no ka pudi nan lebsil”. Eu pensava que o Presidente da República ia ter essa atitude, mas não participa nos fóruns, não propõe coisas nos fóruns, não está presente em opiniões internacionais para delinear possibilidades de cenários para África, ou seja, ele está inexistente em tudo e o nosso país foi sempre protagonista da situação ou agenda africana, agora não somos.
JOMAV não está à altura de dirigir o país, mas desejo que possa ser o primeiro Chefe de Estado a terminar o seu mandato, desde a nossa independência. Esse é o meu maior desejo, mas não está preparado para exercer um segundo mandato, porque não conseguiu agregar, cristalizar aspectos estratégicos, unir os guineenses e cicatrizar este país, depois de tudo aquilo que este país viveu e as comunidades viveram. Temos que criar uma identidade nacional, porque os factores étnicos existem ainda. Não queria falar disso, mas eles existem.
Temos problemas religiosos, portanto tem que haver algumas pessoas que vão ocupar o seu tempo em apagar essas diferenças, e é possível, mas não com José Mário Vaz. Não com essa crise. Há tanta coisa a fazer do que a cada fim-de-semana estar na tabanca (Calequisse) não se sabe a fazer o quê! Um Presidente da República neste país tem que trabalhar de segunda a domingo. Ou quando vai, vai para multiplicar a sua visão em todo o território nacional, não deliberadamente para uma tabanca ou uma zona. É preciso unir este país. É um “full time job”.
Não é como ser Presidente nos Estados Unidos da América, França, etc. que já têm instituições bem consolidadas, mas aqui estamos na construção de instituições, agregar as pessoas, dar oportunidades aos jovens, às mulheres para que este país possa arrancar, mas ele não soube fazê-lo. Pensava que pudesse e que se tinha preparado para isso, mas não. Não tem estratégias. Manobrou, pensando que dividindo as pessoas podia tirar proveito, não pode. É muito mais complicado que isto, sobretudo quando um país não se cicatrizar como uma nação.
OD: Existem vozes que culpam a CEDEAO pela incapacidade na resolução da crise guineense e algumas até responsabilizam o Senegal, alegadamente por apoiar o Presidente José Mário Vaz. Qual é o seu comentário?
PG: Quem deixou Senegal entrar e ser um país influente na Guiné-Bissau, somos nós. Não vejo por que razão o Senegal teria mais influência, será mais capaz do que nós em quê? Em números absolutos, têm mais recursos humanos, mas com o pouco número de recursos humanos que temos, temos pessoas experientes em várias áreas. Cheguei a aconselhar vários governos no Senegal e vários guineenses lá fora foram associados em processos de avaliação no Senegal.
Não vejo o que dá ao Senegal a capacidade de pensar que pode influenciar este país, se não percebeu que José Mário Vaz é uma pessoa que se podia manipular para que possam ter um papel de influência nesta situação que estamos a viver.
OD: Como encara o seu estatuto de político guineense e ao mesmo tempo Conselheiro do Presidente Alpha Condé, mediador da crise guineense?
PG: Para começar, sou conselheiro de Alpha Condé - e tomem nota disto - sou conselheiro do Presidente Paul Kagame, do Ruanda, do Governo de Singapura e de um dos homens mais ricos do mundo, e ao mesmo tempo da África - o nigeriano Aliko Dangote. Sou um profissional, um financeiro que teve oportunidades que fazem de mim uma personalidade no ecossistema africano, que é chamado para várias opiniões. Que fique claro, não sou político e, antes de tudo, eu era conselheiro do Presidente Alpha Condé antes da crise política. Não apoiei o JOMAV nas eleições presidenciais. Ele teve o apoio do PAIGC.
OD: Apesar da persistência da crise político institucional, do bloqueio do Parlamento, das manifestações promovidas pelo Colectivo dos partidos políticos, as instituições financeiras internacionais, com destaque para o FMI, têm vindo a elogiar bons desempenhos do actual ‘executivo’ liderado por Úmaro Sissoco Embaló. Como analisa esse paradoxo?
PG: Conheço bem o Ministro das Finanças, João Aladje Fadia, um bom quadro, que exerceu no Banco Central, BCEAO. Trabalhei muito com ele e admito que conseguiu, em grande medida, controlar alguns aspectos macro-económicos do país, mas, como sabem, o desenvolvimento de um país não se limita apenas ao quadro macro-económico e o Fundo Monetário Internacional olha essencialmente para as questões macro-económicas. Essa é, às vezes, a grande diferença entre o FMI e o Banco Mundial. Quero ver aqui um perito do FMI e do Banco Mundial, porque muitos foram meus colegas, outros trabalharam comigo e hierarquicamente eu estava acima de muitas dessas pessoas, que me diga que os indicadores do desenvolvimento da Guiné-Bissau são bons, para podermos ver de que indicadores estão a falar - da saúde, da educação, do investimento estrangeiro em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), da nossa situação fiscal, e obviamente, há a questão da inflação.
Nós temos um Banco Central regional, então estamos no quadro de uma política monetária que não permite ter uma inflação em vários dígitos. Como sabem, a inflação é apenas os preços e não resolvem a questão do poder de compra do coitado guineense e da mãe que procura a cada dia um bocado de franco CFA para resolver os problemas de saúde. Onde é que estamos? O hospital de referência agora para o guineense é o hospital regional de Ziguinchor, um hospital de periferia!
O Fundo Monetário Internacional fixa apenas os objetivos que acha serem bons para um país. Cabe ao país definir se são bons ou não. Basta estabelecer a relação entre os números, de ordem macro-económica e a condição de vida de desenvolvimento, para concluirmos que os resultados são projectados para essa direção macro-económica. E Fadia sabe disso, portanto devo felicitá-lo pelos números conseguidos no quadro macro-económico, mas isso representa apenas 20% daquilo que deve ser o indicador para que o país possa avançar, portanto, os 20% resultantes do caráter macro-económico estão mais ou menos bem controlados e ele sabe bem disso.
Mas o desenvolvimento de um país, as condições de vida da população, para preparar a geração futura quer na saúde quer na educação vai para além dos indicadores macro-económicos. O perito do FMI, quando vem, não olha para outros indicadores - de ordem social e de atracção do investimento estrangeiro, que são fundamentais para um crescimento forte da economia de um país, na ordem dos 6, 7%. Apenas avaliam a componente macro-económica, porque qualquer crescimento situado na ordem dos 6 ou 7% permite lutar contra a pobreza, mas não é isso que estamos a ter. É uma falta de ambição, julgando que temos que avaliar a nossa performance económica apenas olhando para os indicadores macro-económicos.
OD: Como economista, como avalia a performance económica do actual executivo?
PG: Este executivo não pode estar no bom caminho, porque no universo dos 80% necessários para ter um crescimento acelerado não está a consegui-lo e só tem 20% e devem acreditar que não vai consegui-lo, devido à falta de investimento estrangeiro que devia entrar para o país bem como a falta da confiança da comunidade internacional para aumentar a poupança interna que não temos. Ficarei, claro, surpreendido se o actual executivo estiver a pensar que a performance é boa.
OD: Vai-se apresentar às eleições presidenciais em 2019?
PG: É uma das questões menos importantes neste momento para mim. Peço aos media para disseminarem esta mensagem: Eu tinha-vos dito que ia às eleições de 2014 de forma independente, e fui. Disse que ia fazer uma campanha eleitoral civilizada, e fi-la. E disse que ia reconhecer os resultados se fossem transparentes, e reconheci. Prometi que imediatamente ia ajudar o país, ajudei-o na Mesa Redonda de Bruxelas, quer na preparação dos documentos quer na sensibilização da comunidade internacional. O Democrata
CHARLATANISMO: 'Ministério do Turismo'-que-não-existe-a-não-ser-para-extorquir, fez aprovar no 'Conselho de Ministros' uma nova lei que está a dar cabo dos nervos dos proprietários da área da restauração: bares que pagavam 15 mil fcfa (25€) de taxa turística...passam a pagar 100.000 fcfa (sim, ouviu bem: cem mil francos cfa). Não há turista que mereça!!! Ah, e até já vem estampado no Boletim Oficial! Como não há mais nada para roubar, toca a sacar a quem trabalha! Abaixo os oportunistas!!! Denunciem-nos! Nova lei, velhos hábitos...AAS
ALERTA
Fui abordado há pouco por um agente da PJ (de quem não digo o nome, para preservar o seu trabalho), que me disse que tinha de me apresentar amanhã, a partir das 10h, nas instalações do Bandim (onde fui injustamente preso há coisa de mês, mês e meio).
Primeiro pediu desculpas pela hora, muito educadamente. E perante a minha estupefacção foi ao carro confirmar o motivo para a notificação — sem ma mostrar. Fui ao blogue e confirmei a mesma.
Não me apresentou nenhuma intimação. Já estou a ver a coisa: meter o Aly na cadeia até ao próximo dia 2/3 de janeiro. O autor da façanha? O 'Nando' Vaz, 'ministro' do Turismo—que—não—existe...
Isto é um alerta. Apenas um, entre muitos...
Falei com o meu advogado, que me fez duas perguntas apenas:
— A que horas foi? (às 19:15h),
— Mostrou alguma notificação? (Não mostrou),
— Não vás.
NOTA: A partir das 17h não se pode notificar uma pessoa...
E não vou, mesmo correndo o risco de ser raptado no meio de uma qualquer rua poeirenta de Bissau. Boa noite. É o desespero AAS
Primeiro pediu desculpas pela hora, muito educadamente. E perante a minha estupefacção foi ao carro confirmar o motivo para a notificação — sem ma mostrar. Fui ao blogue e confirmei a mesma.
Não me apresentou nenhuma intimação. Já estou a ver a coisa: meter o Aly na cadeia até ao próximo dia 2/3 de janeiro. O autor da façanha? O 'Nando' Vaz, 'ministro' do Turismo—que—não—existe...
Isto é um alerta. Apenas um, entre muitos...
Falei com o meu advogado, que me fez duas perguntas apenas:
— A que horas foi? (às 19:15h),
— Mostrou alguma notificação? (Não mostrou),
— Não vás.
NOTA: A partir das 17h não se pode notificar uma pessoa...
E não vou, mesmo correndo o risco de ser raptado no meio de uma qualquer rua poeirenta de Bissau. Boa noite. É o desespero AAS
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
ANÁLISE: A Última Jogada de José Mário Vaz
Na semana passada, reuniu-se em Abuja a Conferência de Chefes de Estado da CEDEAO e a crise política da Guiné-Bissau esteve na agenda. A crise foi despoletada há dois anos, quando o presidente da República, José Mário Vaz, demitiu o governo saído das eleições legislativas de 2014, ganhas com maioria absoluta pelo PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira.
Desde então, o presidente José Mário Vaz já indigitou dois governos de sua iniciativa, à revelia da Constituição da República, mas nenhum deles conseguiu fazer aprovar o seu Programa e o Orçamento Geral do Estado no parlamento.
Apesar dos apelos de vários sectores da sociedade Guineense e da comunidade internacional, JOMAV tem persistido em manter a crise, manobrando interna e externamente, na esperança de ganhar tempo até encontrar uma solução política que seja da sua conveniência.
Acossado internamente com várias manifestações populares contra o seu regime, e internacionalmente com apelos cada vez mais firmes para o cumprimento do Acordo de Conacri, o presidente Mário Vaz não desarma e procura agora jogar uma última cartada: a “renacionalização da crise”, depois de a ter internacionalizado.
A principal motivação de José Mário Vaz em todo este imbróglio em que a Guiné-Bissau se encontra é a sua pretensão em dispor de amplos poderes executivos - que a Constituição não lhe confere. Foi por essa razão que, em Agosto de 2015, demitiu o governo inclusivo liderado pelo PAIGC, lançando o país numa crise política sem precedentes.
Para atingir os seus fins políticos, José Mário Vaz tem usado a arma da divisão e da segregação, promovendo dissensões e tirando partido de divergências internas no seio dos partidos políticos.
Num jogo político de conveniências pessoais e do seu grupo de interesses, José Mário Vaz tem conseguido utilizar as pessoas que lhe convém para atingir os seus fins imediatos e descartá-las quando já não precisa delas.
Foi o que aconteceu quando nomeou para primeiro-ministro o Baciro Djá, uma figura que já estava em rota de colisão com o seu partido, o PAIGC. Dja não era o Primeiro-Ministro ideal para o presidente Vaz, mas servia bem o propósito de afastar Domingos Simões Pereira.
Quando Djá sentiu dificuldades em fazer aprovar o seu Programa de Governo no Parlamento, José Mário Vaz encontrou a fórmula ideal para o afastar sem se comprometer: internacionalizou a crise política, apelando aos bons ofícios da CEDEAO. Enviou então ao mediador da CEDEAO, o presidente Alpha Condé, três nomes potenciais para primeiro-ministro, tendo descartado Djá, a quem asseverou que a mediação em Conacri é que o tinha afastado. Mentira.
Dos três nomes levados a Conakry por José Mário Vaz (Augusto Olivais, João Aladje Fadiá e Umaro Cissoko Embaló), a escolha consensual recaiu em Augusto Olivais. O Presidente José Mário Vaz, porém, fez tábua rasa do Acordo de Conacri e decidiu nomear Umaro Cissoko Embaló como primeiro-ministro.
Mais uma vez, José Mário Vaz agiu com um calculista político claro: Cissoko Embaló prometeu-lhe conexão internacional (um capital importante para um presidente muito fechado sobre si mesmo) e talvez avultadas somas em dinheiro. Além disso, a nomeação de Cissoko Embaló era fundamental para que José Mário Vaz garantisse o apoio de Macky Sall, o Presidente do Senegal, aos seus posicionamentos políticos.
Um ano após a nomeação de Cissoko Embaló, a crise persiste. O Parlamento continua bloqueado e o governo não consegue fazer passar o seu Programa e o Orçamento. Para agravar a situação, Cissoko Embaló tem revelado uma incrível falta de preparação para o desempenho do cargo, estando na origem de vários sarilhos políticos no país nos últimos meses, nomeadamente com declarações de cariz étnico e religioso que têm levantado alguma tensão num país multi-étnico tradicionalmente calmo.
Se o apoio do presidente Sall, em dissonância com a maior parte dos Chefes de Estado da CEDEAO, tem ajudado José Mário Vaz a manter o status quo e a ganhar tempo, a pressão interna e externa para demitir Cissoko Embaló e resolver finalmente a crise política tem crescido. A última missão de avaliação da CEDEAO à Guiné-Bissau, no início do mês de Dezembro, deixou claro que, apesar lhe ter sido dado o tempo que pedira na Cimeira da Organização em Monrovia, em Junho de 2017, com o apoio explícito de Macky Sall, o Presidente José Mário Vaz nada fez para o cumprimento do Acordo de Conacri.
A cimeira de Abuja reafirmou que o Acordo de Conacri é a via privilegiada para a saída da crise política na Guiné-Bissau e voltou a dar 30 dias ao Presidente Vaz para cumprir o Acordo de Conakry, sob pena de sanções. Dia 16 de janeiro logo se verá.
Perante as dificuldades crescentes em manter o status quo, José Mário Vaz decidiu descartar Umaro Cissoko Embaló com quem, aliás, tem mantido um relacionamento cada vez mais difícil. Um ano depois da ‘lua-de-mel’ entre ambos, a corrente já não passa e o Presidente já chamou Cissoko Embalo em privado de ndogo (delinquente, em crioulo).
Em Bissau, todos aguardam a queda iminente de Cissoko Embaló, mas a grande questão que se coloca é se José Mário Vaz vai finalmente aceitar cumprir o Acordo de Conacri, nomeando Augusto Olivais. Todos os sinais indicam que não. Desafiando tudo e todos, José Mário Vaz quer prosseguir a sua saga, jogando uma última cartada: a nomeação para primeiro-ministro de João Aladje Fadiá, actual Ministro das Finanças e seu homem de confiança. É o objectivo escondido no seu surpreendente roteiro para a saída da crise.
Não é segredo para ninguém a grande cumplicidade que existe entre os dois homens. Aladje Fadiá tem sido uma peça importante em toda a estratégia política de José Mário Vaz. Para preparar a sua nomeação a primeiro-ministro, José Mário Vaz conta com a tão propalada boa gestão das finanças públicas do seu 'ministro' das Finanças, endossada pelos constantes elogios do representante do FMI em Bissau.
Desafiando tudo e todos, o plano do presidente passa agora pela dissolução do Parlamento e a nomeação de um governo de gestão que dirigirá o país até às eleições legislativas. Aladje Fadiá será o 'primeiro-ministro' desse governo. Para o efeito, José Mário Vaz pretende contar com o apoio dos seus pares, aos quais dirá que as partes signatárias do Acordo de Conacri não se entendem e, por isso mesmo, decidiu fazer uso das prerrogativas que a Constituição lhe dá (é a renacionalização da crise), e que o primeiro-ministro é uma figura que goza de credibilidade interna e externa.
Esta nova fuga em frente do presidente JOMAV é muito arriscada. Percebe-se claramente que esta manobra só servirá para que José Mário Vaz volte a ganhar tempo, controlando o governo até às eleições que ele quer que tenham lugar em 2019, apesar da legislatura terminar em Abril de 2018. Balelas.
A acontecer, este acto político será interpretado como um confronto à CEDEAO, que durante mais de um ano se envolveu na procura de uma solução credível e sustentável para a crise política na Guiné-Bissau e que continua a ver o Acordo de Conacri como o quadro ideal para se encontrar essa solução.
Por outro lado, a dissolução da Assembleia e a não realização imediata das eleições, em conformidade com os dispositivos constitucionais, só contribuiriam para agudizar ainda mais a tensão política no país, com todos os riscos inerentes, o prolongar da crise e o agravamento das já precárias condições de vida das populações. AAS
Desde então, o presidente José Mário Vaz já indigitou dois governos de sua iniciativa, à revelia da Constituição da República, mas nenhum deles conseguiu fazer aprovar o seu Programa e o Orçamento Geral do Estado no parlamento.
Apesar dos apelos de vários sectores da sociedade Guineense e da comunidade internacional, JOMAV tem persistido em manter a crise, manobrando interna e externamente, na esperança de ganhar tempo até encontrar uma solução política que seja da sua conveniência.
Acossado internamente com várias manifestações populares contra o seu regime, e internacionalmente com apelos cada vez mais firmes para o cumprimento do Acordo de Conacri, o presidente Mário Vaz não desarma e procura agora jogar uma última cartada: a “renacionalização da crise”, depois de a ter internacionalizado.
A principal motivação de José Mário Vaz em todo este imbróglio em que a Guiné-Bissau se encontra é a sua pretensão em dispor de amplos poderes executivos - que a Constituição não lhe confere. Foi por essa razão que, em Agosto de 2015, demitiu o governo inclusivo liderado pelo PAIGC, lançando o país numa crise política sem precedentes.
Para atingir os seus fins políticos, José Mário Vaz tem usado a arma da divisão e da segregação, promovendo dissensões e tirando partido de divergências internas no seio dos partidos políticos.
Num jogo político de conveniências pessoais e do seu grupo de interesses, José Mário Vaz tem conseguido utilizar as pessoas que lhe convém para atingir os seus fins imediatos e descartá-las quando já não precisa delas.
Foi o que aconteceu quando nomeou para primeiro-ministro o Baciro Djá, uma figura que já estava em rota de colisão com o seu partido, o PAIGC. Dja não era o Primeiro-Ministro ideal para o presidente Vaz, mas servia bem o propósito de afastar Domingos Simões Pereira.
Quando Djá sentiu dificuldades em fazer aprovar o seu Programa de Governo no Parlamento, José Mário Vaz encontrou a fórmula ideal para o afastar sem se comprometer: internacionalizou a crise política, apelando aos bons ofícios da CEDEAO. Enviou então ao mediador da CEDEAO, o presidente Alpha Condé, três nomes potenciais para primeiro-ministro, tendo descartado Djá, a quem asseverou que a mediação em Conacri é que o tinha afastado. Mentira.
Dos três nomes levados a Conakry por José Mário Vaz (Augusto Olivais, João Aladje Fadiá e Umaro Cissoko Embaló), a escolha consensual recaiu em Augusto Olivais. O Presidente José Mário Vaz, porém, fez tábua rasa do Acordo de Conacri e decidiu nomear Umaro Cissoko Embaló como primeiro-ministro.
Mais uma vez, José Mário Vaz agiu com um calculista político claro: Cissoko Embaló prometeu-lhe conexão internacional (um capital importante para um presidente muito fechado sobre si mesmo) e talvez avultadas somas em dinheiro. Além disso, a nomeação de Cissoko Embaló era fundamental para que José Mário Vaz garantisse o apoio de Macky Sall, o Presidente do Senegal, aos seus posicionamentos políticos.
Um ano após a nomeação de Cissoko Embaló, a crise persiste. O Parlamento continua bloqueado e o governo não consegue fazer passar o seu Programa e o Orçamento. Para agravar a situação, Cissoko Embaló tem revelado uma incrível falta de preparação para o desempenho do cargo, estando na origem de vários sarilhos políticos no país nos últimos meses, nomeadamente com declarações de cariz étnico e religioso que têm levantado alguma tensão num país multi-étnico tradicionalmente calmo.
Se o apoio do presidente Sall, em dissonância com a maior parte dos Chefes de Estado da CEDEAO, tem ajudado José Mário Vaz a manter o status quo e a ganhar tempo, a pressão interna e externa para demitir Cissoko Embaló e resolver finalmente a crise política tem crescido. A última missão de avaliação da CEDEAO à Guiné-Bissau, no início do mês de Dezembro, deixou claro que, apesar lhe ter sido dado o tempo que pedira na Cimeira da Organização em Monrovia, em Junho de 2017, com o apoio explícito de Macky Sall, o Presidente José Mário Vaz nada fez para o cumprimento do Acordo de Conacri.
A cimeira de Abuja reafirmou que o Acordo de Conacri é a via privilegiada para a saída da crise política na Guiné-Bissau e voltou a dar 30 dias ao Presidente Vaz para cumprir o Acordo de Conakry, sob pena de sanções. Dia 16 de janeiro logo se verá.
Perante as dificuldades crescentes em manter o status quo, José Mário Vaz decidiu descartar Umaro Cissoko Embaló com quem, aliás, tem mantido um relacionamento cada vez mais difícil. Um ano depois da ‘lua-de-mel’ entre ambos, a corrente já não passa e o Presidente já chamou Cissoko Embalo em privado de ndogo (delinquente, em crioulo).
Em Bissau, todos aguardam a queda iminente de Cissoko Embaló, mas a grande questão que se coloca é se José Mário Vaz vai finalmente aceitar cumprir o Acordo de Conacri, nomeando Augusto Olivais. Todos os sinais indicam que não. Desafiando tudo e todos, José Mário Vaz quer prosseguir a sua saga, jogando uma última cartada: a nomeação para primeiro-ministro de João Aladje Fadiá, actual Ministro das Finanças e seu homem de confiança. É o objectivo escondido no seu surpreendente roteiro para a saída da crise.
Não é segredo para ninguém a grande cumplicidade que existe entre os dois homens. Aladje Fadiá tem sido uma peça importante em toda a estratégia política de José Mário Vaz. Para preparar a sua nomeação a primeiro-ministro, José Mário Vaz conta com a tão propalada boa gestão das finanças públicas do seu 'ministro' das Finanças, endossada pelos constantes elogios do representante do FMI em Bissau.
Desafiando tudo e todos, o plano do presidente passa agora pela dissolução do Parlamento e a nomeação de um governo de gestão que dirigirá o país até às eleições legislativas. Aladje Fadiá será o 'primeiro-ministro' desse governo. Para o efeito, José Mário Vaz pretende contar com o apoio dos seus pares, aos quais dirá que as partes signatárias do Acordo de Conacri não se entendem e, por isso mesmo, decidiu fazer uso das prerrogativas que a Constituição lhe dá (é a renacionalização da crise), e que o primeiro-ministro é uma figura que goza de credibilidade interna e externa.
Esta nova fuga em frente do presidente JOMAV é muito arriscada. Percebe-se claramente que esta manobra só servirá para que José Mário Vaz volte a ganhar tempo, controlando o governo até às eleições que ele quer que tenham lugar em 2019, apesar da legislatura terminar em Abril de 2018. Balelas.
A acontecer, este acto político será interpretado como um confronto à CEDEAO, que durante mais de um ano se envolveu na procura de uma solução credível e sustentável para a crise política na Guiné-Bissau e que continua a ver o Acordo de Conacri como o quadro ideal para se encontrar essa solução.
Por outro lado, a dissolução da Assembleia e a não realização imediata das eleições, em conformidade com os dispositivos constitucionais, só contribuiriam para agudizar ainda mais a tensão política no país, com todos os riscos inerentes, o prolongar da crise e o agravamento das já precárias condições de vida das populações. AAS
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
EAGB (Empresa de Aldrabões e Gatunos de Bissau)

É tudo a roubar!!! Espero que a auditoria (QUE NÃO VAI DAR EM NADA!!!) tenha dado conta dessa roubalheira
A EAGB (Empresa de Aldrabões e Gatunos de Bissau) que me explique direitinho, como se eu tivesse 10 anos, o que significa AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA e, já agora, a que dívida se refere...num documento, pago a 'amortização' e no outro...nickles! Bandidasku passanta AAS
MELHOR RESPOSTA: "Yóooo... taxa de potência gora i ké? viagra? Fiz um contrato e no primeiro carregamento pago 8 mil de “taxa de potência?!?!“
domingo, 24 de dezembro de 2017
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
PAULO GOMES: "JOMAV é visto pelos seus pares como uma figura com falta de carácter e sem credibilidade"
PAULO GOMES, economista, responsabilizou o presidente da República, José Mário Vaz, pela situação política que dura há mais de 2 anos na Guiné-Bissau.
Falando em conferência de imprensa, hoje, em Bissau, o ex-candidato presidencial não poupou nas palavras: "José Mário Vaz privilegiou interesses pessoais acima de tudo, atirando o país para uma crise que dura há mais de dois anos. O país está dividido, mas o culpado não é quem foi nomeado primeiro-ministro, ou quem foi nomeado ministro. O culpado é José Mário Vaz”.
Sobre o patético roteiro, o economista e político desvaloriza: "Não tem credibilidade". Mais adiante confidenciou, a propósito do governo de Domingos Simões Pereira: "Na altura, num encontro no palácio, adverti o presidente da República para ponderar no que toca à exoneração do Governo de DSP".
Disse-lhe que corriam rumores de que "quer derrubar o Governo". Alertei para o facto de quão difícil é ter uma governação perfeita. Achei que era fundamental que o país tivesse um período de graça, para que pudesse regressar ao concerto das nações. "Ele não me deu ouvidos", lamentou Paulo Gomes, que concluiu dizendo que o JOMAV "precipitou-se na decisão (de exonerar DSP) e agora é visto pelos seus pares como uma figura com falta de carácter e sem credibilidade". AAS
Falando em conferência de imprensa, hoje, em Bissau, o ex-candidato presidencial não poupou nas palavras: "José Mário Vaz privilegiou interesses pessoais acima de tudo, atirando o país para uma crise que dura há mais de dois anos. O país está dividido, mas o culpado não é quem foi nomeado primeiro-ministro, ou quem foi nomeado ministro. O culpado é José Mário Vaz”.
Sobre o patético roteiro, o economista e político desvaloriza: "Não tem credibilidade". Mais adiante confidenciou, a propósito do governo de Domingos Simões Pereira: "Na altura, num encontro no palácio, adverti o presidente da República para ponderar no que toca à exoneração do Governo de DSP".
Disse-lhe que corriam rumores de que "quer derrubar o Governo". Alertei para o facto de quão difícil é ter uma governação perfeita. Achei que era fundamental que o país tivesse um período de graça, para que pudesse regressar ao concerto das nações. "Ele não me deu ouvidos", lamentou Paulo Gomes, que concluiu dizendo que o JOMAV "precipitou-se na decisão (de exonerar DSP) e agora é visto pelos seus pares como uma figura com falta de carácter e sem credibilidade". AAS
Colectivo dos 18 partidos não quer ECOMIB
ECOMIB
Colectivo dos 18 partidos democráticos posicionou-se contra uma eventual prorrogação do mandato do contingente da ECOMIB, no país desde 2012, na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril que depôs Carlos Gomes Jr., e Raimundo Pereira.
ROTEIRO
DSP - "Em Abuja, todos os integrantes da comitiva da Guiné-Bissau aceitaram a implementação do Acordo de Conacri, tendo como testemunhas o presidente do Togo, Faure Gnassingbé, do presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e mesmo o chefe de Estado da Guinée, Alpha Condé", igualmente mediador da crise guineense.
NUNO NABIAM - O presidente da Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Nabiam, questionou a sanidade mental do Presidente da República: "JOMAV aceitou, perante os Chefes de Estado da CEDEAO, que ia implementar o Acordo de Conakri, e de seguida trouxe um roteiro que não tem nada a ver com os resultados da última cimeira da CEDEAO".
AGNELO REGALA - Um documento que Angelo Regala, presidente da UM, definiu assim: "Esse roteiro quer apenas proteger o grupo dos ‘15 deputados’ dissidentes do PAIGC", e revelou que o Colectivo dos 18 partidos democráticos lutará em todas as frentes, apontando algumas queixas já movidas contra o actual 'governo' e também contra o Procurador-Geral da República, Bacar Biai.
IAIA DJALÓ - "O presidente José Mário Vaz é um dos presidentes mais protegidos de África por ter a proteção de diferentes forças” - disse Iaia Djalo, presidente do PND.
TELEX:
Domingos Simões Pereira, sossegou os presentes quando reafirmou que, enquanto presidente do PAIGC, não terá medo de tomar decisões em nome do partido.
Revelou ainda que José Mário Vaz, prometeu em Abuja, na Nigéria, durante a cimeira da CEDEAO que ia cumprir com todos os pontos constantes do Acordo de Conakri.
"O presidente Alpha Condé, prometeu marcar presença em Bissau para assistir à tomada de posse do Augusto Olivais", palavras que mereceram vivas e palmas entre os presentes. Quanto ao 'famoso' roteiro, DSP foi contundente: “O roteiro é um documento fabricado”. AAS
Colectivo dos 18 partidos democráticos posicionou-se contra uma eventual prorrogação do mandato do contingente da ECOMIB, no país desde 2012, na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril que depôs Carlos Gomes Jr., e Raimundo Pereira.
ROTEIRO
DSP - "Em Abuja, todos os integrantes da comitiva da Guiné-Bissau aceitaram a implementação do Acordo de Conacri, tendo como testemunhas o presidente do Togo, Faure Gnassingbé, do presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e mesmo o chefe de Estado da Guinée, Alpha Condé", igualmente mediador da crise guineense.
NUNO NABIAM - O presidente da Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Nabiam, questionou a sanidade mental do Presidente da República: "JOMAV aceitou, perante os Chefes de Estado da CEDEAO, que ia implementar o Acordo de Conakri, e de seguida trouxe um roteiro que não tem nada a ver com os resultados da última cimeira da CEDEAO".
AGNELO REGALA - Um documento que Angelo Regala, presidente da UM, definiu assim: "Esse roteiro quer apenas proteger o grupo dos ‘15 deputados’ dissidentes do PAIGC", e revelou que o Colectivo dos 18 partidos democráticos lutará em todas as frentes, apontando algumas queixas já movidas contra o actual 'governo' e também contra o Procurador-Geral da República, Bacar Biai.
IAIA DJALÓ - "O presidente José Mário Vaz é um dos presidentes mais protegidos de África por ter a proteção de diferentes forças” - disse Iaia Djalo, presidente do PND.
TELEX:
Domingos Simões Pereira, sossegou os presentes quando reafirmou que, enquanto presidente do PAIGC, não terá medo de tomar decisões em nome do partido.
Revelou ainda que José Mário Vaz, prometeu em Abuja, na Nigéria, durante a cimeira da CEDEAO que ia cumprir com todos os pontos constantes do Acordo de Conakri.
"O presidente Alpha Condé, prometeu marcar presença em Bissau para assistir à tomada de posse do Augusto Olivais", palavras que mereceram vivas e palmas entre os presentes. Quanto ao 'famoso' roteiro, DSP foi contundente: “O roteiro é um documento fabricado”. AAS
MÚSICA: C4 Pedro à frente do JOMAV
Carlos Lopes e Paulo Gomes, ambos guineenses e economistas, foram considerados pela revista "Financialafrik" como personalidades que ajudaram a transformar o continente africano em 2017. Carlos Lopes destacou-se defendendo a re-industrialiazação do continente Africano; Paulo Gomes, na restruturação económica e social de vários Estados africanos.
Os parabéns do editor do DC a estas duas destacadas figuras da Guiné-Bissau além-fronteiras.
NOTA: Na música, o C4 Pedro ficou à frente do JOMAV. Por outras palavras, José Mário Vaz dá-nos música mas não nos agrada...AAS
Os parabéns do editor do DC a estas duas destacadas figuras da Guiné-Bissau além-fronteiras.
NOTA: Na música, o C4 Pedro ficou à frente do JOMAV. Por outras palavras, José Mário Vaz dá-nos música mas não nos agrada...AAS
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
CONVOCATÓRIA: Dudu pa dudu, dudu e meio!!!
José Mário Vaz não quer simplesmente cumprir o acordado em Conacri, e já estamos fartos das suas péssimas manobras de diversão para ganhar tempo.
Assim, nenhum dignitário virá à Guiné-Bissau em visita — oficial ou de Estado. Quem arriscar, vai ter que aturar muito barulho nas ruas. Que o diga o chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, que por duas vezes teve de cancelar a indesejada visita a Bissau.
Nem Papa, nem Mama. Se este país é nosso, então que cada um destrua a parte que lhe cabe! Dudu pa dudu, dudu e meio!!! AAS
Assim, nenhum dignitário virá à Guiné-Bissau em visita — oficial ou de Estado. Quem arriscar, vai ter que aturar muito barulho nas ruas. Que o diga o chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, que por duas vezes teve de cancelar a indesejada visita a Bissau.
Nem Papa, nem Mama. Se este país é nosso, então que cada um destrua a parte que lhe cabe! Dudu pa dudu, dudu e meio!!! AAS
Nô Pintcha
Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, na sua longa dissertação hoje, no Lenox, falou e explicou tudo o que a delegação do Colectivo dos 18 Partidos Democráticos viveu na Cimeira da CEDEAO, em Abuja, e em especial concernente à crise política guineense e no seio do PAIGC.
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira explicou em detalhe as reuniões que o Presidente Alpha Condé organizou e que permitiu ao Presidente do PAIGC e o Coordenador e Representante dos 15 fazerem o ponto da situação concernente à reintegração dos 15 dissidentes no Partido e a participação destes dentro desse grupo dos membros do Comitê Central no próximo IX CONGRESSO DO PAIGC.
Nuno Nabian, Presidente da APU-PDGB, questionou se a saúde mental do Presidente da República corresponde aos padrões normais, dado o facto de ter comportamentos anormais, dando como exemplo o comportamento do Chefe de Estado José Mário Vaz verificado em Abuja, onde, perante os seus pares, disse que iria aplicar o Acordo de Conakry e passadas 24 horas deu o dito por não dito, deixando fora de si os Presidentes Faure Gnassimgbe e Alpha Condé. Oscar Barbosa
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira explicou em detalhe as reuniões que o Presidente Alpha Condé organizou e que permitiu ao Presidente do PAIGC e o Coordenador e Representante dos 15 fazerem o ponto da situação concernente à reintegração dos 15 dissidentes no Partido e a participação destes dentro desse grupo dos membros do Comitê Central no próximo IX CONGRESSO DO PAIGC.
Nuno Nabian, Presidente da APU-PDGB, questionou se a saúde mental do Presidente da República corresponde aos padrões normais, dado o facto de ter comportamentos anormais, dando como exemplo o comportamento do Chefe de Estado José Mário Vaz verificado em Abuja, onde, perante os seus pares, disse que iria aplicar o Acordo de Conakry e passadas 24 horas deu o dito por não dito, deixando fora de si os Presidentes Faure Gnassimgbe e Alpha Condé. Oscar Barbosa
Persistem divergências sobre via para acabar com crise política na Guiné-Bissau
José Mário Vaz, quis ouvir os partidos com assento parlamentar, a direção do próprio Parlamento e a coordenação do grupo dos deputados expulsos do PAIGC, sobre a saída da crise política.
Os líderes políticos guineenses não se entenderam esta quinta-feira quanto à proposta de saída da crise política que assola o país, com uns a criticarem as soluções avançadas pelo chefe do Estado e outros a defenderem-nas.
À saída de uma audiência conjunta com os cinco partidos representados no Parlamento, o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na presença de elementos da sociedade civil e comunidade internacional, foram visíveis as divergências. A direção do Parlamento também foi representada na audiência, através do primeiro vice-presidente do órgão, Inácio Correia.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, quis ouvir os partidos com assento parlamentar, a direção do próprio Parlamento, a coordenação do grupo dos deputados expulsos do PAIGC, sobre um roteiro que desenhou para saída da crise política no país.
Os líderes dos partidos PAIGC, Domingos Simões Pereira, do Partido da Convergência Democrática (PCD), Vicente Fernandes, do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló e Agnelo Regalla da União para Mudança (UM), foram taxativos nas suas declarações aos jornalistas em como mostraram a José Mário Vaz o seu desacordo com o roteiro.
Afirmam que o documento é contrário ao espírito do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pelos líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para saída da crise na Guiné-Bissau.
No essencial, o acordo prevê a nomeação de um primeiro-ministro de consenso dos partidos representados no Parlamento e a confiança do Presidente guineense. Os quatro partidos contrários ao roteiro de José Mário Vaz não reconhecem o atual governo liderado pelo primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló.
O representante do Parlamento na audiência, Inácio Correia, disse ter informado ao chefe do Estado guineense, que o órgão não concorda com o roteiro “por existir já” o Acordo de Conacri, que, afirma, deve ser cumprido.
Alinhando-se com os quatro partidos, Jorge Gomes, presidente do movimento da sociedade civil guineense, afirmou que o roteiro proposto por José Mário Vaz, “apenas serve para gastar tempo” enquanto a população sofre, observou.
Do outro lado, o coordenador do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, Braima Camará e o representante do Partido da Renovação Social (PRS), Certório Biote, concordaram com o documento e dizem ser “único caminho” para “se acabar, de forma definitiva” com a crise no país.
Na quarta-feira, o Presidente guineense reuniu-se com o mesmo propósito com os partidos sem representação no Parlamento, as confissões religiosas e os líderes tradicionais. LUSA
Os líderes políticos guineenses não se entenderam esta quinta-feira quanto à proposta de saída da crise política que assola o país, com uns a criticarem as soluções avançadas pelo chefe do Estado e outros a defenderem-nas.
À saída de uma audiência conjunta com os cinco partidos representados no Parlamento, o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na presença de elementos da sociedade civil e comunidade internacional, foram visíveis as divergências. A direção do Parlamento também foi representada na audiência, através do primeiro vice-presidente do órgão, Inácio Correia.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, quis ouvir os partidos com assento parlamentar, a direção do próprio Parlamento, a coordenação do grupo dos deputados expulsos do PAIGC, sobre um roteiro que desenhou para saída da crise política no país.
Os líderes dos partidos PAIGC, Domingos Simões Pereira, do Partido da Convergência Democrática (PCD), Vicente Fernandes, do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló e Agnelo Regalla da União para Mudança (UM), foram taxativos nas suas declarações aos jornalistas em como mostraram a José Mário Vaz o seu desacordo com o roteiro.
Afirmam que o documento é contrário ao espírito do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pelos líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para saída da crise na Guiné-Bissau.
No essencial, o acordo prevê a nomeação de um primeiro-ministro de consenso dos partidos representados no Parlamento e a confiança do Presidente guineense. Os quatro partidos contrários ao roteiro de José Mário Vaz não reconhecem o atual governo liderado pelo primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló.
O representante do Parlamento na audiência, Inácio Correia, disse ter informado ao chefe do Estado guineense, que o órgão não concorda com o roteiro “por existir já” o Acordo de Conacri, que, afirma, deve ser cumprido.
Alinhando-se com os quatro partidos, Jorge Gomes, presidente do movimento da sociedade civil guineense, afirmou que o roteiro proposto por José Mário Vaz, “apenas serve para gastar tempo” enquanto a população sofre, observou.
Do outro lado, o coordenador do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, Braima Camará e o representante do Partido da Renovação Social (PRS), Certório Biote, concordaram com o documento e dizem ser “único caminho” para “se acabar, de forma definitiva” com a crise no país.
Na quarta-feira, o Presidente guineense reuniu-se com o mesmo propósito com os partidos sem representação no Parlamento, as confissões religiosas e os líderes tradicionais. LUSA
A TAP - DE NOVO!: Os passageiros que viajaram esta semana na TAP na rota Lisboa/Bissau para passar o período das festas com a família, estão com os cabelos em pé! Pagaram uma pipa de massa, chegaram bem a Bissau... mas as bagagens - como tem sido habitual - ficaram em 'quarentena' no aeroporto de Lisboa. Assim, amanhã de manhã, preparam uma pequena manifestação de desagrado junto aos escritórios da companhia aérea, em Bissau, na praça dos Heróis Nacionais. AAS
Artigo: JOMAV e os Momentos Dramáticos/Cimeira da Cedeao
O que aconteceu na última cimeira do Cedeao, os preparativos (as movimentações em Bissau), concertacoes(véspera ) e dia da cimeira, foi um filme digno e revelador da Mediocridade e Pequenez da impreparacao do presidente JOMAV.
Ficou claro como azeite na água que o JOMAV está entregue a um grupos de Ganguesteres políticos extremamente perigosos. O JOMAV está amarado ao seu compromisso até pescoço e não há como desatar o Nó.
O JOMAV está pagar muito caro a sua ambição desmedida projeto político quando chegou à presidência. Assinou compromissos com o PRS e criou um braço armado/15 dentro de Paigc.
Ouve promessas e juras das três partes, vejamos: O JOMAV, cumpriu, afastando sucessivamente o Paigc do poder. O PRS, suportando e apoiando as constantes ilegalidades constitucionais do JOMAV e controlando os quartéis. Os 15, não conseguirão até o momento o principal objetivo, afastar o Engenheiro Domingos Simão Pereira da liderança do Paigc.
Diz uma fonte credível, que nas reuniões JOMAV, PRS e os 15, no acaloramento das discussões, a maior defesa do JOMAV contra os 15, são: Ami cumpri nha parti, tira Domingos. Abós gora(os 15), até aos bo cá consegui toma Paigc.
Os 15(principalmente) e o PRS, recusam liminarmente que o JOMAV os descarta e entregue às suas sortes. Porque, afirmam categoricamente que foi o JOMAV que os meteu nessa alheada toda. Os elementos dos 15 a frustração é maior e sentem-se perdidos e riscos de acabarem politicamente e saírem do palco político.
Quantas vezes o JOMAV tentou libertar destas escumalhas e na última hora recua sempre. O que aconteceu na última semana as movimentações antes da cimeira, veio confirmar o sequestro do nosso Estado por um grupo de malfeitores .
O JOMAV viajou para Nigéria convicto de cumprir o acordo de Conacri, apesar de apertos de grupos de pressão em Bissau. Na Nigéria, nas concertacoes/bastidores, o JOMAV, deu sinal claro que ia cumprir Conacri.
Os 15 e o PRS, quando sentirão pela primeira vez que o JOMAV estava determinado a retirar-lhes o Tapete, usarão a Bomba Atômica. Golpe de Estado. O JOMAV ficou bloqueado porque do outro lado da linha do longínquo Abuja para Bissau com o telefone na Mão , só ele(JOMAV), pode nos contar o que ouviu/aviso/ameaça.
Tudo mudou porque, o JOMAV voltou atrás com a palavra dada nos preparativos/concertacoes com gabinetes de trabalho do presidente do Togo(ver declarações do Ministro de Negócios Estrangeiros do Togo). Além da estupefeccao ,
Foi imagem deplorável deixada por JOMAV em Abuja.
Isto explica em parte a patética carta documento apelidado de Roteiro que o JOMAV quis introduzir na discussão da cimeira. Foi prontamente rejeitado e não mereceu nenhuma discussão. Esta carta faz parte da ameaça dos 15 , PRS e o tal telefonema de Bissau. Foi obrigado publicar/ler o conteúdo da carta. Foi penoso ver um presidente da república a ler um documento tão mal feito com erros crassos e contradições e a pedir o Paigc o que negou o Paigc.
Estamos perante a mais grave situação política do país. Hoje ninguém tem dúvida que temos um presidente refém de um cartel. O país está sequestrado, as instituições do estado assobiam de lado e a comunidade internacional finge cega até a Bomba rebentar nas Mãos.
Alguém disse e é verdade, nos anos 80 quando muitos países da América Latina/Estados/presidentes estiveram sob controlo/sequestro de grandes cartéis de Droga(lembram de Noriega)?, foi preciso intervenções de estados democráticos/Estados Unidos para libertarem e salvar democracia.
Leitor Nao Identificado
Ficou claro como azeite na água que o JOMAV está entregue a um grupos de Ganguesteres políticos extremamente perigosos. O JOMAV está amarado ao seu compromisso até pescoço e não há como desatar o Nó.
O JOMAV está pagar muito caro a sua ambição desmedida projeto político quando chegou à presidência. Assinou compromissos com o PRS e criou um braço armado/15 dentro de Paigc.
Ouve promessas e juras das três partes, vejamos: O JOMAV, cumpriu, afastando sucessivamente o Paigc do poder. O PRS, suportando e apoiando as constantes ilegalidades constitucionais do JOMAV e controlando os quartéis. Os 15, não conseguirão até o momento o principal objetivo, afastar o Engenheiro Domingos Simão Pereira da liderança do Paigc.
Diz uma fonte credível, que nas reuniões JOMAV, PRS e os 15, no acaloramento das discussões, a maior defesa do JOMAV contra os 15, são: Ami cumpri nha parti, tira Domingos. Abós gora(os 15), até aos bo cá consegui toma Paigc.
Os 15(principalmente) e o PRS, recusam liminarmente que o JOMAV os descarta e entregue às suas sortes. Porque, afirmam categoricamente que foi o JOMAV que os meteu nessa alheada toda. Os elementos dos 15 a frustração é maior e sentem-se perdidos e riscos de acabarem politicamente e saírem do palco político.
Quantas vezes o JOMAV tentou libertar destas escumalhas e na última hora recua sempre. O que aconteceu na última semana as movimentações antes da cimeira, veio confirmar o sequestro do nosso Estado por um grupo de malfeitores .
O JOMAV viajou para Nigéria convicto de cumprir o acordo de Conacri, apesar de apertos de grupos de pressão em Bissau. Na Nigéria, nas concertacoes/bastidores, o JOMAV, deu sinal claro que ia cumprir Conacri.
Os 15 e o PRS, quando sentirão pela primeira vez que o JOMAV estava determinado a retirar-lhes o Tapete, usarão a Bomba Atômica. Golpe de Estado. O JOMAV ficou bloqueado porque do outro lado da linha do longínquo Abuja para Bissau com o telefone na Mão , só ele(JOMAV), pode nos contar o que ouviu/aviso/ameaça.
Tudo mudou porque, o JOMAV voltou atrás com a palavra dada nos preparativos/concertacoes com gabinetes de trabalho do presidente do Togo(ver declarações do Ministro de Negócios Estrangeiros do Togo). Além da estupefeccao ,
Foi imagem deplorável deixada por JOMAV em Abuja.
Isto explica em parte a patética carta documento apelidado de Roteiro que o JOMAV quis introduzir na discussão da cimeira. Foi prontamente rejeitado e não mereceu nenhuma discussão. Esta carta faz parte da ameaça dos 15 , PRS e o tal telefonema de Bissau. Foi obrigado publicar/ler o conteúdo da carta. Foi penoso ver um presidente da república a ler um documento tão mal feito com erros crassos e contradições e a pedir o Paigc o que negou o Paigc.
Estamos perante a mais grave situação política do país. Hoje ninguém tem dúvida que temos um presidente refém de um cartel. O país está sequestrado, as instituições do estado assobiam de lado e a comunidade internacional finge cega até a Bomba rebentar nas Mãos.
Alguém disse e é verdade, nos anos 80 quando muitos países da América Latina/Estados/presidentes estiveram sob controlo/sequestro de grandes cartéis de Droga(lembram de Noriega)?, foi preciso intervenções de estados democráticos/Estados Unidos para libertarem e salvar democracia.
Leitor Nao Identificado
OPINIÃO: ROTEIRO DA MENTIRA
Depois de várias malandrices sem resultados por conta do seu clã para tentar justificar a usurpação do poder, o Presidente Mario Vaz, volta mais uma vez à cena, como um reles Chefe de gangue, assumindo um papel vergonhoso de um mentiroso compulsivo e psicopata incontrolável.
Pergunto, o que vai na cabeca desse homem para tentar ludibriar os guineenses com um estratagema tão torpe e de baixo nível como a que adoptou depois da ultima Cimeira?
Ir à Cimeira dos Chefes de Estado, saber-se ter sido chamado em privado perante dois dos seus pares, os presidentes A. Condé e F. Gnassingbe e ter aceite solenemente e de cabeça baixa implementar o Acordo de Conakri, deixando nestes a convicção de um sincero engajamento e palavra de honra de um Presidente da Republica consciente e responsável.
Hoje, sabe-se o incrédulo, de que o presidente M. Vaz opta pelo jogo mais simples e sujo dos grandes Chefes de cla. Com a falsa conviccao angariada junto aos dois Chefes de Estado da existência de um roteiro serio e responsável parametrado nas directrizes do Acordo de Conakry, o Presidente-Refém abandona precipitadamente com os seus comparsas Abuja e vem tentar convencer o Povo guineense com um falso roteiro que nunca mereceu, nem a analise, nem tao pouco o aval da Cimeira. Um roteiro feito à medida e a conveniência do seu séquito de sequestradores e da sua cabeça pensante.
Com mais este gesto desesperado e de baixo nível o Presidente M. Vaz brinda a CEDEAO com mais um comportamento e mostra de caracter de homem sem palavra e de um manipulador sem escrupulos. Alias, comportamento reincidente que apenas demostra que ambos se merecem, pois ambos se estao marimbando para este povo martirizado e desrespeitado de forma consecutiva e abusiva.
Porem, como ele bem disse numa das suas ultimas contradições: o problema dos guineenses tem que ser resolvido internamente, ele que em tempos, pensando ter ganho de causa externa, promoveu a mediação externa. Entao, não nos resta outra opcao, senao a de tomar o nosso destino em maos e correr definitivamente com o presidente-cambalachero e a sua orda de malfeitores, porque da CEDEAO, nunca tivemos bons ventos, nem bons casamentos, digo Acordos. De certeza que a ECOMIG aplaudiria sorrateiramente. Venha mais um que seria BOM.
F.P.
Pergunto, o que vai na cabeca desse homem para tentar ludibriar os guineenses com um estratagema tão torpe e de baixo nível como a que adoptou depois da ultima Cimeira?
Ir à Cimeira dos Chefes de Estado, saber-se ter sido chamado em privado perante dois dos seus pares, os presidentes A. Condé e F. Gnassingbe e ter aceite solenemente e de cabeça baixa implementar o Acordo de Conakri, deixando nestes a convicção de um sincero engajamento e palavra de honra de um Presidente da Republica consciente e responsável.
Hoje, sabe-se o incrédulo, de que o presidente M. Vaz opta pelo jogo mais simples e sujo dos grandes Chefes de cla. Com a falsa conviccao angariada junto aos dois Chefes de Estado da existência de um roteiro serio e responsável parametrado nas directrizes do Acordo de Conakry, o Presidente-Refém abandona precipitadamente com os seus comparsas Abuja e vem tentar convencer o Povo guineense com um falso roteiro que nunca mereceu, nem a analise, nem tao pouco o aval da Cimeira. Um roteiro feito à medida e a conveniência do seu séquito de sequestradores e da sua cabeça pensante.
Com mais este gesto desesperado e de baixo nível o Presidente M. Vaz brinda a CEDEAO com mais um comportamento e mostra de caracter de homem sem palavra e de um manipulador sem escrupulos. Alias, comportamento reincidente que apenas demostra que ambos se merecem, pois ambos se estao marimbando para este povo martirizado e desrespeitado de forma consecutiva e abusiva.
Porem, como ele bem disse numa das suas ultimas contradições: o problema dos guineenses tem que ser resolvido internamente, ele que em tempos, pensando ter ganho de causa externa, promoveu a mediação externa. Entao, não nos resta outra opcao, senao a de tomar o nosso destino em maos e correr definitivamente com o presidente-cambalachero e a sua orda de malfeitores, porque da CEDEAO, nunca tivemos bons ventos, nem bons casamentos, digo Acordos. De certeza que a ECOMIG aplaudiria sorrateiramente. Venha mais um que seria BOM.
F.P.
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
ÚLTIMO ADEUS: Dura despedida
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
GUINEENSES + 1 DESMONTAGEM: Descansem. NÃO HÁ lista nenhuma com nomes de políticos ENVOLVIDOS em não sei quê. Nem coisa que o valha! É tudo delírio de um semi-analfabeto, e gay, que devemos simplesmente vetar ao abandono, encostá-lo a um canto ou fechá-lo dentro de uma gaveta para apanhar bolor e ir desta para melhor, asfixiado! Irra, que burro, esse cabrão!!! Não há pachorra! AAS
Tudo delírios de quem, mesmo não tendo culpa, teve a sorte de nascer esquizofrénico!
OPINIÃO AAS: José Mário Vaz, o presidente dos 15
José Mário Vaz continua a actuar como um chefe de clã e não um Presidente da República. O seu roteiro para a saída da crise política é uma ilustração perfeita da sua obsessão quase doentia pelo destino dos 15 e não pelo do seu povo.
É verdade que o roteiro não foi nem aprovado, nem sequer foi discutido pelos Chefes de Estado em Abuja, mas ele revela um Presidente inepto, perdido e até infantil.
Ao contrário do Acordo de Conakry em que a nomeação de um Primeiro-ministro consensual e de confiança do Chefe de Estado é o acto que desencadeia a implementação do Acordo, José Mário Vaz inverte o prisma e coloca a reintegração dos 15 no PAIGC como o acto que desencadeia a implementação do seu roteiro.
O ridículo, porém, é que José Mário Vaz vai mais longe e determina os termos precisos em que essa reintegração deve ser feita. Ela deve ser incondicional, com anulação de todas as sanções (ignorando os Estatutos do PAIGC); deve proceder-se do topo à base dos escalões do partido; e deve acarretar a anulação de todas as Assembleias de Base, Conferências de Secção e Conferências Sectoriais e Regionais já realizadas no âmbito da preparação do IX Congresso do PAIGC.
No roteiro que só cabe na cabeça do José Mário Vaz, só faltou dizer quais são os lugares, na hierarquia do PAIGC, que devem ser atribuídos a cada um dos elementos reintegrados. Nunca na história política da Guiné-Bissau se viu um Presidente da República imiscuir-se tão profundamente na vida interna de um partido político.
De ridículo em ridículo, José Mário Vaz cai numa contradição insanável. Uma vez reintegrados no PAIGC, os 15 deixam logicamente de existir como grupo. Não para José Mário Vaz. Segundo o seu roteiro, já depois de estarem reintegrados no PAIGC, eles continuarão a existir como grupo e devem ser consultados e tidos em conta em todas as importantes decisões políticas, incluindo a escolha do Primeiro-ministro, ao lado dos demais partidos políticos.
Ou seja, para José Mário Vaz, os 15 vieram para ficar, são autónomos, representam uma força com um poder de influência e de decisão próprios, em paralelo com o PAIGC e outras formações políticas.
Este é o roteiro de José Mário Vaz para a saída da crise política. Um roteiro que não foi discutido nem aprovado por ninguém; que José Mário Vaz apenas discutiu com o JOMAV e, quiçá, com os 15; um roteiro que apresenta contradições e equívocos; que contradiz e anula o Acordo de Conakry, invocando ao mesmo tempo o Acordo de Conakry; e que qualquer homem de Estado em seu perfeito juízo teria vergonha de apresentar mesmo numa reunião de clube.
Mas não. Estamos perante José Mário Vaz, o Presidente dos 15. Que mais se pode esperar? Apesar de tudo, não deve haver equívocos. José Mário Vaz tem consciência do que está a fazer e sabe quais são os riscos associados ao não cumprimento do Acordo de Conakry. A dúvida que fica é se ele está a tentar fintar o seu destino ou se, desta feita, quis fintar o destino daqueles que o mantêm como refém. JOMAV, JOMAV... AAS
É verdade que o roteiro não foi nem aprovado, nem sequer foi discutido pelos Chefes de Estado em Abuja, mas ele revela um Presidente inepto, perdido e até infantil.
Ao contrário do Acordo de Conakry em que a nomeação de um Primeiro-ministro consensual e de confiança do Chefe de Estado é o acto que desencadeia a implementação do Acordo, José Mário Vaz inverte o prisma e coloca a reintegração dos 15 no PAIGC como o acto que desencadeia a implementação do seu roteiro.
O ridículo, porém, é que José Mário Vaz vai mais longe e determina os termos precisos em que essa reintegração deve ser feita. Ela deve ser incondicional, com anulação de todas as sanções (ignorando os Estatutos do PAIGC); deve proceder-se do topo à base dos escalões do partido; e deve acarretar a anulação de todas as Assembleias de Base, Conferências de Secção e Conferências Sectoriais e Regionais já realizadas no âmbito da preparação do IX Congresso do PAIGC.
No roteiro que só cabe na cabeça do José Mário Vaz, só faltou dizer quais são os lugares, na hierarquia do PAIGC, que devem ser atribuídos a cada um dos elementos reintegrados. Nunca na história política da Guiné-Bissau se viu um Presidente da República imiscuir-se tão profundamente na vida interna de um partido político.
De ridículo em ridículo, José Mário Vaz cai numa contradição insanável. Uma vez reintegrados no PAIGC, os 15 deixam logicamente de existir como grupo. Não para José Mário Vaz. Segundo o seu roteiro, já depois de estarem reintegrados no PAIGC, eles continuarão a existir como grupo e devem ser consultados e tidos em conta em todas as importantes decisões políticas, incluindo a escolha do Primeiro-ministro, ao lado dos demais partidos políticos.
Ou seja, para José Mário Vaz, os 15 vieram para ficar, são autónomos, representam uma força com um poder de influência e de decisão próprios, em paralelo com o PAIGC e outras formações políticas.
Este é o roteiro de José Mário Vaz para a saída da crise política. Um roteiro que não foi discutido nem aprovado por ninguém; que José Mário Vaz apenas discutiu com o JOMAV e, quiçá, com os 15; um roteiro que apresenta contradições e equívocos; que contradiz e anula o Acordo de Conakry, invocando ao mesmo tempo o Acordo de Conakry; e que qualquer homem de Estado em seu perfeito juízo teria vergonha de apresentar mesmo numa reunião de clube.
Mas não. Estamos perante José Mário Vaz, o Presidente dos 15. Que mais se pode esperar? Apesar de tudo, não deve haver equívocos. José Mário Vaz tem consciência do que está a fazer e sabe quais são os riscos associados ao não cumprimento do Acordo de Conakry. A dúvida que fica é se ele está a tentar fintar o seu destino ou se, desta feita, quis fintar o destino daqueles que o mantêm como refém. JOMAV, JOMAV... AAS
CEDEAO CANSADA DO JOMAV: O presidente que conhecemos está cada vez pior
RFI/Afrique: CEDEAO descobre a careca:

Ver AQUI



EMBUSTE: Ou seja JOMAV e sus muchachos fizeram passar COMO VERDADEIRO um 'roteiro' TOTALMENTE DIFERENTE. Como diz o ditado: Mais depressa se apanha um mentiroso, que um coxo...

Ver AQUI



EMBUSTE: Ou seja JOMAV e sus muchachos fizeram passar COMO VERDADEIRO um 'roteiro' TOTALMENTE DIFERENTE. Como diz o ditado: Mais depressa se apanha um mentiroso, que um coxo...
domingo, 17 de dezembro de 2017
CIMEIRA DA CEDEAO deixa guineenses (ainda) mais baralhados
Em Abuja, Nigéria, a cimeira da Cedeao discutiu, entre outros assuntos, a persistência do impasse político na Guiné-Bissau e anunciou um prazo de 30 dias para que os líderes guineenses cheguem a um entendimento. Caso contrário, a Cedeao irá aplicar sanções aos que estão a dificultar o diálogo.
O prazo dado pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental para o cumprimento do Acordo de Conacri termina a 16 de Janeiro. Na capital nigeriana, José Mário Vaz, presidente da Guiné-Bissau, afirma ter apresentado um roteiro para a saída da crise, documento que garante ter sido aceite pelos seus homólogos.
O chefe de Estado guineense, condiciona a nomeação de um novo primeiro-ministro para a Guiné-Bissau à reintegração dos deputados expulsos do PAIGC.
Porém a Bissau, chegam mais dúvidas do que certezas resultantes deste encontro.
O Presidente José Mário Vaz e Braima Camara, coordenador do grupo dos 15 deputados desavindos com a direção do PAIGC, defendem que a saída da crise terá que passar por um roteiro apresentado pelo chefe do Estado que, grosso modo, recomenda a integração plena dos deputados expulsos e os seus seguidores no PAIGC.
Por outro lado, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, garante que em Abuja ficou expresso que José Mário Vaz iria nomear, no imediato, Augusto Olivais para primeiro-ministro. OIÇA AQUI RFI
O prazo dado pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental para o cumprimento do Acordo de Conacri termina a 16 de Janeiro. Na capital nigeriana, José Mário Vaz, presidente da Guiné-Bissau, afirma ter apresentado um roteiro para a saída da crise, documento que garante ter sido aceite pelos seus homólogos.
O chefe de Estado guineense, condiciona a nomeação de um novo primeiro-ministro para a Guiné-Bissau à reintegração dos deputados expulsos do PAIGC.
Porém a Bissau, chegam mais dúvidas do que certezas resultantes deste encontro.
O Presidente José Mário Vaz e Braima Camara, coordenador do grupo dos 15 deputados desavindos com a direção do PAIGC, defendem que a saída da crise terá que passar por um roteiro apresentado pelo chefe do Estado que, grosso modo, recomenda a integração plena dos deputados expulsos e os seus seguidores no PAIGC.
Por outro lado, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, garante que em Abuja ficou expresso que José Mário Vaz iria nomear, no imediato, Augusto Olivais para primeiro-ministro. OIÇA AQUI RFI
sábado, 16 de dezembro de 2017
ROTEIRO FALSO
Caros leitores,
Fui induzido em erro, quando me enviaram o 'roteiro' para a crise, supostamente apresentado pelo PR JOMAV na cimeira da CEDEAO em Abuja. Pois bem, AFINAL esse roteiro foi DESCARTADO.
Lamento, mas quando recebo documentos parto do principio que são reais - até porque a fonte, neste caso, devia estar mais ATENTA. deixei-me enganar? Não. Não custava à pessoa em causa, em duas linhas, acrescentar "esse roteiro foi apresentado mas foi recusado". Boa noite
Fui induzido em erro, quando me enviaram o 'roteiro' para a crise, supostamente apresentado pelo PR JOMAV na cimeira da CEDEAO em Abuja. Pois bem, AFINAL esse roteiro foi DESCARTADO.
Lamento, mas quando recebo documentos parto do principio que são reais - até porque a fonte, neste caso, devia estar mais ATENTA. deixei-me enganar? Não. Não custava à pessoa em causa, em duas linhas, acrescentar "esse roteiro foi apresentado mas foi recusado". Boa noite
NOTÍCIA DC: CEDEAO, COMUNICADO FINAL/GUINÉ-BISSAU
ÚLTIMA HORA/CIMEIRA CEDEAO: Mais do mesmo. A montanha voltou a parir um rato...AAS
Mais 1 mês ao JOMAV não ajuda o Povo da Guiné-Bissau. AAS
OPINIÃO: Mulher Guineense e o Exercício da Cidadania
Por: Nelvina Barreto

Gestora de projetos de desenvolvimento,
Consultora e antigo quadro do Banco Africano de Desenvolvimento-BAD
A cidadania é o exercício prático dos direitos e deveres de um indivíduo num determinado Estado. O combate pela cidadania é um fenómeno recente na Guiné-Bissau, no qual as mulheres têm tomado parte cada vez mais ativa. A participação das mulheres na luta de libertação nacional, sob a liderança de Amílcar Cabral, teve o grande mérito de já nessa época, introduzir conceitos de justiça social e de igualdade de género no processo da luta e revelou-se determinante para o reconhecimento da importância da participação da mulher na vida política e social da Guiné-Bissau.
Infelizmente a visão de Cabral na luta pela emancipação da mulher, não foi secundado, no período pós-independência, pela consolidação da posição feminina na sociedade guineense. A esfera pública esteve até há pouco tempo, completamente ocupada pelo Estado e pelos partidos políticos, numa representação quase que exclusivamente masculina. Salvo a rara e honrosa excepção de Carmen Pereira, única mulher a desempenhar, até hoje, o cargo de presidente da Assembleia Nacional Popular.
Na Guiné-Bissau, a Lei Fundamental consagra o princípio da igualdade entre o homem e a mulher, que é salvaguardado no artigo 25º da Constituição da República e que consta de várias convenções internacionais das quais o Estado Guineense e signatário, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, e não obstante as mulheres representarem perto de 51% da população, continuam relegadas a papéis secundários na esfera política, económica e social. As mulheres constituem o grupo humano que concentra todos os males de que sofre a sociedade guineense.
São as vítimas mais frequentes de violações de direitos humanos; casamento precoce e forcado, violência doméstica, mutilação genital feminina, violência sexual e abusos de todo o género, passando pelo assédio sexual nos locais de trabalho. Os indicadores económicos e sociais demonstram a difícil e por vezes mesmo dramática situação vivida pelas mulheres na Guiné-Bissau.
De acordo com os dados do último Inquérito aos Indicadores Múltiplos-MICS 2014:
A Guiné-Bissau é um dos piores países do mundo para ser mãe: a fraca cobertura nacional em termos de recursos humanos e financeiros no setor da saúde, a falta de informação e a não gratuitidade dos cuidados de saúde materno-infantil, resultam numa taxa de mortalidade materna extremamente elevada, uma em cada 13 mulheres morre durante ou em resultado de complica coes do parto.
37% das mulheres da Guiné-Bissau são sujeitas ao casamento precoce. A idade mais ou menos comum do casamento para as meninas, dependendo da etnia e da situação económica das famílias, situa-se entre os 12 e os 16 anos, sendo que quanto mais jovem for a menina menor a possibilidade de esta recusar o casamento. São cada vez mais os casos de raparigas que fogem ao casamento forçado, umas com maior sucesso que outras.
Mais de 44% de mulheres são submetidas a mutilação genital, o que leva a uma vida de sofrimento. Na maioria dos casos a excisão é feita em péssimas condições sanitárias e sem recurso a anestesia, resultando frequentemente em problemas de saúde e até na morte, em caso extremo.
A taxa de analfabetismo e de 66% para as mulheres em comparação com 48% para os homens. A situação degradante da mulher na sociedade guineense encontra respaldo nos agregados familiares, nas comunidades e nas estruturas do Estado.
Nas famílias: A maior parte das famílias guineenses reserva um lugar privilegiado aos rapazes em detrimento das meninas, a estas é-lhes negado o acesso à educação (os rapazes em geral completam o ciclo básico de escolaridade, as meninas frequentam os dois ou três primeiros anos de escolaridade e só em caso de a família possuir recursos suficientes), ficando confinadas ao trabalho doméstico e ao papel de esposas e de reprodutoras, permitindo assim a instalação de uma espécie de ciclo vicioso em que a pobreza é transmitida de mãe para filha;
Nas comunidades: Os centros de poder são tradicionalmente ocupados por homens, são eles os líderes religiosos, os chefes e representantes da comunidade. Quase todos os diferentes grupos que compõem o mosaico étnico e religioso da Guiné, reservam um lugar subalterno às mulheres, (salvo algumas excepções não significativas dos bijagós- que têm uma sociedade matriarcal), sobretudo nas zonas rurais onde representam 52% da forca de trabalho no campo. São as primeiras a levantar-se e as últimas a dormir, depois de desempenhar múltiplos e duros trabalhos durante o dia, desde pilar, cozinhar, carregar água, tratar do gado e da lavoura e ainda depois desta longa jornada, assumir os seus deveres conjugais a noite, não lhe sobrando nem tempo nem energia para qualquer outra atividade de ordem cívica ou social.
Nas zonas urbanas a situação é semelhante pois são elas que desde cedo, providenciam o sustento dos respetivos agregados, com o seu pequeno comércio, constituindo mesmo as principais agentes económicas, embora a sua atuação seja limitada ao setor informal. Graças a sua capacidade de resiliência face as adversidades, a mulher guineense representa, na sua grande maioria, o pilar e a principal força de trabalho nas respetivas famílias e comunidades.
Hoje, 23% das famílias guineenses são chefiadas por mulheres, sendo que nos grandes centros urbanos como a capital Bissau sobe para 31%. Outro fator curioso e que o nível de incidência da pobreza tende a ser menor em agregados dirigidos por mulheres – 56% de índice de pobreza em comparação com domicílios chefiados por homens que apresenta níveis de pobreza perto dos 68%. Nos últimos anos, as mulheres têm tido um papel extraordinário na definição das estratégias de luta pela sobrevivência familiar, têm resistido muito melhor que os homens a choques externos e cada vez que a nossa sociedade cai, são elas sempre as primeiras a levantarem-se.
As estruturas do Estado naturalmente reproduzem os cenários existentes a nível das famílias e das comunidades, repetindo a discriminação relativa as mulheres pois, não existe uma base sociocultural para aceitar a liderança feminina, justificando assim a sub-representação política das mulheres. Veja-se a fraca representação feminina-14%, na atual configuração da Assembleia Nacional Popular – no universo de 102 deputados, apenas 9 são mulheres.
Uma das explicações possíveis e o facto das sucessivas turbulências existentes a nível das estruturas políticas do Estado, com o lote de violência que por vezes as acompanham, afugentarem as mulheres do espaço público.
Para reforçar a tese de que a violência afasta as mulheres da esfera política, basta analisar a representação feminina na ANP nas eleições realizadas imediatamente depois do conflito político-militar de 1998; o número de mulheres eleitas deputadas diminuiu significativamente, somente 7 mulheres num universo de 95 homens.
Na verdade, apesar do quadro geral ainda ser bastante negativo, um grande esforço tem sido feito pelas organizações da sociedade civil, nomeadamente as redes associativas femininas, que com ações de sensibilização, de formação e de informação aos deputados, obtiveram a aprovação pela Assembleia Nacional Popular, de leis protetoras da integridade física e moral da mulher, como a lei contra a violência doméstica a lei contra a mutilação genital feminina, que hoje é penalizada, já tendo sido condenadas algumas fanatecas pelo crime de prática de excisão. Foi aprovada igualmente a política nacional para a Equidade e Igualdade de género
As redes associativas femininas trabalham também na criação e manutenção de estruturas de apoio às vítimas de excisão e das raparigas que fogem do casamento forçado. Estão igualmente empenhadas em ações de pressão e sensibilização para fazer aprovar a proposta de instauração de um sistema de quotas a nível das listas eleitorais dos partidos políticos – 40% reservado as mulheres em lugares elegíveis. Contudo e apesar destes esforços, a regulamentação e aplicação prática dessas leis constituem um desafio permanente.
Neste contexto, a participação das mulheres na Guiné-Bissau, enquanto cidadãs de parte inteira, constitui ainda um longo caminho a per correr. Não se pode pretender que elas tenham uma participação cívica ativa, consciente e responsável, sem que as premissas básicas constituídas pela educação, pela saúde, pela gravidez acompanhada, pelo planeamento familiar, pela segurança social, por um rendimento condigno e pelo emprego, estejam garantidas. O Estado tem uma responsabilidade acrescida na realização destes direitos mas reconhecemos que o peso negativo da tradição, dos valores culturais e da religião são frequentemente utilizados para restringir os direitos das mulheres e impedir que sejam autónomas. É utópico pensar em alterar a realidade que afeta mais de 50% da população somente com medidas legislativas, será necessária uma profunda transformação da sociedade a todos os níveis; económico, social e cultural.
Enquanto se mantiverem as relações injustas e desequilibradas entre cidadãos e governantes, a condição deplorável das mulheres não será alterada. São as mulheres e os jovens, as grandes vítimas do sistema disfuncional em vigor no País. Um sistema feito do binómio-político/militar que criou uma rede de corrupção e clientelismo, parasitando uma grande parte das instituições públicas e privadas. Hoje, este sistema entrou em convulsão, minado pelas suas próprias contradições e incompetências.
A transparência na gestão de fundos públicos e a obrigação de prestação de contas, permitiria poupar e afetar recursos materiais e financeiros que serviriam para melhorar o atual quadro socioeconómico da Guine Bissau e principalmente a condição da mulher guineense.
Nas zonas rurais, é necessário que elas sejam libertas das tarefas penosas do campo, através de acções praticas que promovam e encorajem o seu acesso a terra e a propriedade, que sejam criados programas de aquisição de máquinas de pilar, de debulhar, de criação de animais de ciclo curto, com o objetivo de aliviar a carga de trabalho a que estão sujeitas e permitir a melhoria das condições de saúde, sanitárias e nutricionais para elas e para as crianças.
Nos centros urbanos, são necessários programas específicos de treinamento de gestão de pequenos negócios, para ajudá-las a reduzir o risco ligado as suas atividades e inseri-las posteriormente no circuito bancário, apoiando-as assim a integrarem o sistema económico formal.
Por todo o País, campanhas de comunicação, de informação e de sensibilização nas rádios- principalmente as comunitárias, nos jornais, nas redes sociais, deverão sustentar e acompanhar estes programas de longa duração (no mínimo 5 anos). No meu entender, estes são alguns elementos que poderão favorecer a autonomização da mulher e permitir a sua plena participação na sociedade.
O combate pela cidadania levado a cabo pelas mulheres deve revestir uma exigência de transformação económica, social e cultural do Pais, servindo igualmente de viveiro para a emergência de lideranças femininas.
Este e o grande desafio que deve ser enfrentado solidariamente pelas mulheres na afirmação da sua autonomia e participação enquanto cidadãs, na construção de uma sociedade portadora de valores democráticos, baseada na justiça social, na igualdade de género e na liberdade de expressão.

Gestora de projetos de desenvolvimento,
Consultora e antigo quadro do Banco Africano de Desenvolvimento-BAD
A cidadania é o exercício prático dos direitos e deveres de um indivíduo num determinado Estado. O combate pela cidadania é um fenómeno recente na Guiné-Bissau, no qual as mulheres têm tomado parte cada vez mais ativa. A participação das mulheres na luta de libertação nacional, sob a liderança de Amílcar Cabral, teve o grande mérito de já nessa época, introduzir conceitos de justiça social e de igualdade de género no processo da luta e revelou-se determinante para o reconhecimento da importância da participação da mulher na vida política e social da Guiné-Bissau.
Infelizmente a visão de Cabral na luta pela emancipação da mulher, não foi secundado, no período pós-independência, pela consolidação da posição feminina na sociedade guineense. A esfera pública esteve até há pouco tempo, completamente ocupada pelo Estado e pelos partidos políticos, numa representação quase que exclusivamente masculina. Salvo a rara e honrosa excepção de Carmen Pereira, única mulher a desempenhar, até hoje, o cargo de presidente da Assembleia Nacional Popular.
Na Guiné-Bissau, a Lei Fundamental consagra o princípio da igualdade entre o homem e a mulher, que é salvaguardado no artigo 25º da Constituição da República e que consta de várias convenções internacionais das quais o Estado Guineense e signatário, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, e não obstante as mulheres representarem perto de 51% da população, continuam relegadas a papéis secundários na esfera política, económica e social. As mulheres constituem o grupo humano que concentra todos os males de que sofre a sociedade guineense.
São as vítimas mais frequentes de violações de direitos humanos; casamento precoce e forcado, violência doméstica, mutilação genital feminina, violência sexual e abusos de todo o género, passando pelo assédio sexual nos locais de trabalho. Os indicadores económicos e sociais demonstram a difícil e por vezes mesmo dramática situação vivida pelas mulheres na Guiné-Bissau.
De acordo com os dados do último Inquérito aos Indicadores Múltiplos-MICS 2014:
A Guiné-Bissau é um dos piores países do mundo para ser mãe: a fraca cobertura nacional em termos de recursos humanos e financeiros no setor da saúde, a falta de informação e a não gratuitidade dos cuidados de saúde materno-infantil, resultam numa taxa de mortalidade materna extremamente elevada, uma em cada 13 mulheres morre durante ou em resultado de complica coes do parto.
37% das mulheres da Guiné-Bissau são sujeitas ao casamento precoce. A idade mais ou menos comum do casamento para as meninas, dependendo da etnia e da situação económica das famílias, situa-se entre os 12 e os 16 anos, sendo que quanto mais jovem for a menina menor a possibilidade de esta recusar o casamento. São cada vez mais os casos de raparigas que fogem ao casamento forçado, umas com maior sucesso que outras.
Mais de 44% de mulheres são submetidas a mutilação genital, o que leva a uma vida de sofrimento. Na maioria dos casos a excisão é feita em péssimas condições sanitárias e sem recurso a anestesia, resultando frequentemente em problemas de saúde e até na morte, em caso extremo.
A taxa de analfabetismo e de 66% para as mulheres em comparação com 48% para os homens. A situação degradante da mulher na sociedade guineense encontra respaldo nos agregados familiares, nas comunidades e nas estruturas do Estado.
Nas famílias: A maior parte das famílias guineenses reserva um lugar privilegiado aos rapazes em detrimento das meninas, a estas é-lhes negado o acesso à educação (os rapazes em geral completam o ciclo básico de escolaridade, as meninas frequentam os dois ou três primeiros anos de escolaridade e só em caso de a família possuir recursos suficientes), ficando confinadas ao trabalho doméstico e ao papel de esposas e de reprodutoras, permitindo assim a instalação de uma espécie de ciclo vicioso em que a pobreza é transmitida de mãe para filha;
Nas comunidades: Os centros de poder são tradicionalmente ocupados por homens, são eles os líderes religiosos, os chefes e representantes da comunidade. Quase todos os diferentes grupos que compõem o mosaico étnico e religioso da Guiné, reservam um lugar subalterno às mulheres, (salvo algumas excepções não significativas dos bijagós- que têm uma sociedade matriarcal), sobretudo nas zonas rurais onde representam 52% da forca de trabalho no campo. São as primeiras a levantar-se e as últimas a dormir, depois de desempenhar múltiplos e duros trabalhos durante o dia, desde pilar, cozinhar, carregar água, tratar do gado e da lavoura e ainda depois desta longa jornada, assumir os seus deveres conjugais a noite, não lhe sobrando nem tempo nem energia para qualquer outra atividade de ordem cívica ou social.
Nas zonas urbanas a situação é semelhante pois são elas que desde cedo, providenciam o sustento dos respetivos agregados, com o seu pequeno comércio, constituindo mesmo as principais agentes económicas, embora a sua atuação seja limitada ao setor informal. Graças a sua capacidade de resiliência face as adversidades, a mulher guineense representa, na sua grande maioria, o pilar e a principal força de trabalho nas respetivas famílias e comunidades.
Hoje, 23% das famílias guineenses são chefiadas por mulheres, sendo que nos grandes centros urbanos como a capital Bissau sobe para 31%. Outro fator curioso e que o nível de incidência da pobreza tende a ser menor em agregados dirigidos por mulheres – 56% de índice de pobreza em comparação com domicílios chefiados por homens que apresenta níveis de pobreza perto dos 68%. Nos últimos anos, as mulheres têm tido um papel extraordinário na definição das estratégias de luta pela sobrevivência familiar, têm resistido muito melhor que os homens a choques externos e cada vez que a nossa sociedade cai, são elas sempre as primeiras a levantarem-se.
As estruturas do Estado naturalmente reproduzem os cenários existentes a nível das famílias e das comunidades, repetindo a discriminação relativa as mulheres pois, não existe uma base sociocultural para aceitar a liderança feminina, justificando assim a sub-representação política das mulheres. Veja-se a fraca representação feminina-14%, na atual configuração da Assembleia Nacional Popular – no universo de 102 deputados, apenas 9 são mulheres.
Uma das explicações possíveis e o facto das sucessivas turbulências existentes a nível das estruturas políticas do Estado, com o lote de violência que por vezes as acompanham, afugentarem as mulheres do espaço público.
Para reforçar a tese de que a violência afasta as mulheres da esfera política, basta analisar a representação feminina na ANP nas eleições realizadas imediatamente depois do conflito político-militar de 1998; o número de mulheres eleitas deputadas diminuiu significativamente, somente 7 mulheres num universo de 95 homens.
Na verdade, apesar do quadro geral ainda ser bastante negativo, um grande esforço tem sido feito pelas organizações da sociedade civil, nomeadamente as redes associativas femininas, que com ações de sensibilização, de formação e de informação aos deputados, obtiveram a aprovação pela Assembleia Nacional Popular, de leis protetoras da integridade física e moral da mulher, como a lei contra a violência doméstica a lei contra a mutilação genital feminina, que hoje é penalizada, já tendo sido condenadas algumas fanatecas pelo crime de prática de excisão. Foi aprovada igualmente a política nacional para a Equidade e Igualdade de género
As redes associativas femininas trabalham também na criação e manutenção de estruturas de apoio às vítimas de excisão e das raparigas que fogem do casamento forçado. Estão igualmente empenhadas em ações de pressão e sensibilização para fazer aprovar a proposta de instauração de um sistema de quotas a nível das listas eleitorais dos partidos políticos – 40% reservado as mulheres em lugares elegíveis. Contudo e apesar destes esforços, a regulamentação e aplicação prática dessas leis constituem um desafio permanente.
Neste contexto, a participação das mulheres na Guiné-Bissau, enquanto cidadãs de parte inteira, constitui ainda um longo caminho a per correr. Não se pode pretender que elas tenham uma participação cívica ativa, consciente e responsável, sem que as premissas básicas constituídas pela educação, pela saúde, pela gravidez acompanhada, pelo planeamento familiar, pela segurança social, por um rendimento condigno e pelo emprego, estejam garantidas. O Estado tem uma responsabilidade acrescida na realização destes direitos mas reconhecemos que o peso negativo da tradição, dos valores culturais e da religião são frequentemente utilizados para restringir os direitos das mulheres e impedir que sejam autónomas. É utópico pensar em alterar a realidade que afeta mais de 50% da população somente com medidas legislativas, será necessária uma profunda transformação da sociedade a todos os níveis; económico, social e cultural.
Enquanto se mantiverem as relações injustas e desequilibradas entre cidadãos e governantes, a condição deplorável das mulheres não será alterada. São as mulheres e os jovens, as grandes vítimas do sistema disfuncional em vigor no País. Um sistema feito do binómio-político/militar que criou uma rede de corrupção e clientelismo, parasitando uma grande parte das instituições públicas e privadas. Hoje, este sistema entrou em convulsão, minado pelas suas próprias contradições e incompetências.
A transparência na gestão de fundos públicos e a obrigação de prestação de contas, permitiria poupar e afetar recursos materiais e financeiros que serviriam para melhorar o atual quadro socioeconómico da Guine Bissau e principalmente a condição da mulher guineense.
Nas zonas rurais, é necessário que elas sejam libertas das tarefas penosas do campo, através de acções praticas que promovam e encorajem o seu acesso a terra e a propriedade, que sejam criados programas de aquisição de máquinas de pilar, de debulhar, de criação de animais de ciclo curto, com o objetivo de aliviar a carga de trabalho a que estão sujeitas e permitir a melhoria das condições de saúde, sanitárias e nutricionais para elas e para as crianças.
Nos centros urbanos, são necessários programas específicos de treinamento de gestão de pequenos negócios, para ajudá-las a reduzir o risco ligado as suas atividades e inseri-las posteriormente no circuito bancário, apoiando-as assim a integrarem o sistema económico formal.
Por todo o País, campanhas de comunicação, de informação e de sensibilização nas rádios- principalmente as comunitárias, nos jornais, nas redes sociais, deverão sustentar e acompanhar estes programas de longa duração (no mínimo 5 anos). No meu entender, estes são alguns elementos que poderão favorecer a autonomização da mulher e permitir a sua plena participação na sociedade.
O combate pela cidadania levado a cabo pelas mulheres deve revestir uma exigência de transformação económica, social e cultural do Pais, servindo igualmente de viveiro para a emergência de lideranças femininas.
Este e o grande desafio que deve ser enfrentado solidariamente pelas mulheres na afirmação da sua autonomia e participação enquanto cidadãs, na construção de uma sociedade portadora de valores democráticos, baseada na justiça social, na igualdade de género e na liberdade de expressão.
OPINIÃO: Entregar o poder ao PAIGC
"É espantoso ouvir muitos palhaços deste país a defenderem que o problema da Guiné-Bissau deve ser resolvida pelos guineenses. ..ora porque não pedem então a retirada da ONU, da CPLP, da UA e da CEDEAO que se encontram aqui para a estabilização política do nosso país? Quantos conflitos internacionais foram resolvidos pela ONU? E outras organizações internacionais?
A crise guineense só pode ser resolvida por intervenção firme da comunidade internacional. Ora, se os autores desta crise nem têm capacidade para respeitar a democracia e a constituição da República, qual o poder de milagre que eles possuem para resolver o problema?
Então não e mais barato e fácil resolver esta crise com uma só palavra: "democracia"?, e entregar o poder ao PAIGC como vencedor das eleições com maioria absoluta? Sem o respeito pela democracia tudo o que vocês falam é pura mentira.
Arlindo Mendes
A crise guineense só pode ser resolvida por intervenção firme da comunidade internacional. Ora, se os autores desta crise nem têm capacidade para respeitar a democracia e a constituição da República, qual o poder de milagre que eles possuem para resolver o problema?
Então não e mais barato e fácil resolver esta crise com uma só palavra: "democracia"?, e entregar o poder ao PAIGC como vencedor das eleições com maioria absoluta? Sem o respeito pela democracia tudo o que vocês falam é pura mentira.
Arlindo Mendes
CEDEAO: Cabo Verde perde presidência para Costa do Marfim
Cabo Verde perdeu hoje, para a Costa do Marfim, a presidência da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) durante a cimeira de chefes de Estado da organização, que ainda decorre em Abuja, Nigéria.
A informação foi avançada à agência Lusa por fonte da Presidência da República de Cabo Verde, por telefone, a partir da Nigéria. A mesma fonte remeteu para mais tarde pormenores sobre a argumentação apresentada por Cabo Verde e sobre a votação.
Cabo Verde manifestou a intenção de assumir a presidência rotativa da Comissão da CEDEAO, mas, apesar de estatutariamente ser a sua vez, o facto de o país ter dívidas à organização terá pesado na decisão. LUSA
A informação foi avançada à agência Lusa por fonte da Presidência da República de Cabo Verde, por telefone, a partir da Nigéria. A mesma fonte remeteu para mais tarde pormenores sobre a argumentação apresentada por Cabo Verde e sobre a votação.
Cabo Verde manifestou a intenção de assumir a presidência rotativa da Comissão da CEDEAO, mas, apesar de estatutariamente ser a sua vez, o facto de o país ter dívidas à organização terá pesado na decisão. LUSA
OPINIÃO: Sobre organizações criminosas
Organizações Criminosas dentro de Estado, Ministério das Forças Armadas/Antigos Combatentes, Estado Maior das Forças Armadas, Ministério de Interior e Ministério das Finanças.
Há quem diga que estas organizações criminosas são as mais poderosas dentro do estado da Guiné Bissau. Organograma: Chefes das tesourarias, chefes de Gabinetes e Ministros.
Aí está a razão e a verdadeira luta do JOMAV para o golpe de estado constitucional maquiavelicamente concebida por ele e pela sua entourage para o assalto da estado.
As últimas notícias vindas a público sobre os saques no Ministério das Finanças é a demostração inequívoca e a face mais visível da organização criminosa do estado.
Diz-se que há muitos anos é que esta prática foi instalada nos Ministérios de Interior e das Forcas Armadas depois da guerra de 7 de Junho. Estes ministérios conheceram vários ministros ao longo de anos. Gente perita em criar factos políticos e responsáveis por muitos golpes de estados com o único objectivos de roubar dinheiro.
Todas estas instituições acima citadas, tornaram-se numas autênticas máquinas de fazer dinheiro depois da queda do Nino Vieira/7 de Junho de 1998 e depois da sua morte. A grande coincidência, o JOMAV era e foi o ministro das finanças durante estes consulados da má memória para os guinienses.
É do conhecimento geral e há várias histórias de como as instabilidade políticas fizeram novos ricos na Guiné Bissau. Os enfants terrible do estado na época, foram useiros e vezeiros nas criações de factos políticos com objectivos financeiros. Eram os famosas sacos azuis/fundos de maneios ilimitadas.
Os últimos chefes de Estados Maiores foram os que mais usaram a instituição militar e a transformaram numa autêntica máquina de fazer dinheiro. Foi os que melhor tiraram partido das fragilidades das instituições do estado para roubo de dinheiro. As histórias do general Injai e as suas famosas 'prevenções', renderam-lhe milhões e também à sua entourage.
JOMAV/Botchê Candé e Fadia,
A continuação dessa prática criminosa por este trio, veem confirmar aquilo que alguém apelidou do golpe de estado económico de JOMAV quando derrubou o Domingos Simões Pereira/Paigc.
A movimentação de dinheiro no Ministério de Interior com pretextos de Prevenção e segurança nacional, é a maneira mais fácil e bandida de roubar dinheiro do estado por este Trio de maquiavélicos. Vejam só: As constantes campanhas no interior da Guiné leste do país protagonizadas por Botchê Candé, é paga com o dinheiro de quem? Estas campanhas eleitorais (já iniciadas pelo 'ministro') é Prevenção de quê?
Definitivamente o JOMAV perdeu rumo e qualquer credibilidade de acusar seja quem for de corrupção.
Leitor NAO Identificado
Há quem diga que estas organizações criminosas são as mais poderosas dentro do estado da Guiné Bissau. Organograma: Chefes das tesourarias, chefes de Gabinetes e Ministros.
Aí está a razão e a verdadeira luta do JOMAV para o golpe de estado constitucional maquiavelicamente concebida por ele e pela sua entourage para o assalto da estado.
As últimas notícias vindas a público sobre os saques no Ministério das Finanças é a demostração inequívoca e a face mais visível da organização criminosa do estado.
Diz-se que há muitos anos é que esta prática foi instalada nos Ministérios de Interior e das Forcas Armadas depois da guerra de 7 de Junho. Estes ministérios conheceram vários ministros ao longo de anos. Gente perita em criar factos políticos e responsáveis por muitos golpes de estados com o único objectivos de roubar dinheiro.
Todas estas instituições acima citadas, tornaram-se numas autênticas máquinas de fazer dinheiro depois da queda do Nino Vieira/7 de Junho de 1998 e depois da sua morte. A grande coincidência, o JOMAV era e foi o ministro das finanças durante estes consulados da má memória para os guinienses.
É do conhecimento geral e há várias histórias de como as instabilidade políticas fizeram novos ricos na Guiné Bissau. Os enfants terrible do estado na época, foram useiros e vezeiros nas criações de factos políticos com objectivos financeiros. Eram os famosas sacos azuis/fundos de maneios ilimitadas.
Os últimos chefes de Estados Maiores foram os que mais usaram a instituição militar e a transformaram numa autêntica máquina de fazer dinheiro. Foi os que melhor tiraram partido das fragilidades das instituições do estado para roubo de dinheiro. As histórias do general Injai e as suas famosas 'prevenções', renderam-lhe milhões e também à sua entourage.
JOMAV/Botchê Candé e Fadia,
A continuação dessa prática criminosa por este trio, veem confirmar aquilo que alguém apelidou do golpe de estado económico de JOMAV quando derrubou o Domingos Simões Pereira/Paigc.
A movimentação de dinheiro no Ministério de Interior com pretextos de Prevenção e segurança nacional, é a maneira mais fácil e bandida de roubar dinheiro do estado por este Trio de maquiavélicos. Vejam só: As constantes campanhas no interior da Guiné leste do país protagonizadas por Botchê Candé, é paga com o dinheiro de quem? Estas campanhas eleitorais (já iniciadas pelo 'ministro') é Prevenção de quê?
Definitivamente o JOMAV perdeu rumo e qualquer credibilidade de acusar seja quem for de corrupção.
Leitor NAO Identificado
DESMONTAGEM: O Manuel Macedo, para além de ser um filho da puta, é também mentiroso

BOCA ABERTA: Ou entra MOSCA ou sai ASNEIRA
Este texto NÃO é meu, e foi escrito depois de o meu blogue ter sido pirateado. Cá está o texto copiado pelo Manuel Macedo:

E cá esta prova - com data e tudo. Manuel Macedo, és um cabrão e cornudo:

Mas quem é mesmo o ESCROQUE Manuel Macedo? Clique AQUI e leia
MADEIRAS: 1.500 contentores já saíram de Bissau
O 'governo' guineense autorizou, em apenas um ano, a exportação de 1.500 contentores de madeira. Em comunicado, o Conselho de Ministros evocou a Comissão Interministerial de Madeiras.
Ainda de acordo ainda com o 'governo' - que está de saída - a venda está relacionada com as recomendações do Secretariado do Comércio Internacional de Espécie da Fauna e da Floresta Ameaçada de Extinção (CITES), que EXPULSOU a Guiné-Bissau da organização...:

Cada contentor de madeira foi vendido por 4.500.000 fcfa (cerda de 9 mil€). AAS
Ainda de acordo ainda com o 'governo' - que está de saída - a venda está relacionada com as recomendações do Secretariado do Comércio Internacional de Espécie da Fauna e da Floresta Ameaçada de Extinção (CITES), que EXPULSOU a Guiné-Bissau da organização...:

Cada contentor de madeira foi vendido por 4.500.000 fcfa (cerda de 9 mil€). AAS
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
CIMEIRA CEDEAO - NIGÉRIA QUER CRISE RESOLVIDA DE MANEIRA CONSTITUCIONAL
O Presidente da Nigéria, Muhammad Buhari, solicitou ao Presidente da Comissão da CEDEAO o "retorno das tropas nigerianas ao seu país". Bihari pediu responsabilidade e boa vizinhança na sub-região e no continente africano. "Obrigado pela firmeza e por insistir na transparência e responsabilidade no seio da CEDEAO", disse, referindo-se a Marcel de Souza.
Deixou ainda um aviso: "Espero um relatório formal e concreto sobre a situação na Guiné-Bissau". Pediu também o regresso a casa dos militares nigerianos (a maioria do contingente da ECOMIB no país)...
e deixou uma mensagem ao presidente José Mário Vaz: "Precisamos de trazer as nossas tropas de volta a casa e espero que o Presidente desse país (Guiné-Bissau) aceite uma maneira constitucional de resolver a situação lá". AAS
Deixou ainda um aviso: "Espero um relatório formal e concreto sobre a situação na Guiné-Bissau". Pediu também o regresso a casa dos militares nigerianos (a maioria do contingente da ECOMIB no país)...
e deixou uma mensagem ao presidente José Mário Vaz: "Precisamos de trazer as nossas tropas de volta a casa e espero que o Presidente desse país (Guiné-Bissau) aceite uma maneira constitucional de resolver a situação lá". AAS
ALERTA: Finalmente, a oportunidade por que Macky Sall, o padrinho do JOMAV, esperava. A retirada dos nigerianos (o grosso da força da ECOMIB em Bissau) para reforçar os seus homens. Nô na sukutau...Se as nossas forças armada se deixarem levar, será o bom e o bonito. Sall correu com o Yahya Jammeh e é o que se vê: falta constante de energia em Banjul, estradas esburacadas, ladrões em cada esquina; o descontentamento total. É o que acontece quando o Senegal mete as patas num país! AAS
EXCLUSIVO DC: ORGIA NAS FINANÇAS COM O DINHEIRO DO ESTADO
Furto gritante nas Financas publicas da Guiné-Bissau. Existe uma rede entre o 'ministro' das Finanças, Aladje Fadia, o 'tesoureiro' das Finanças, Mamadu Balde, o 'ministro' do Interior, Botche Cande e o CEMGFA Biague Nan Tam. Nos últimos meses movimentaram um total de 351 milhões de francos cfa. Cá estão os documentos:





























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O meu desejo é que possas brilhar no maior palco do futebol mundial. Boa sorte!
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Um dos implicados algemado pela policoa