quinta-feira, 30 de abril de 2020
IDRIÇA DJALÓ SOBRE O NOVO PGR

IDRIÇA DJALÓ, presidente do PUN
Acabo de tomar conhecimento da nomeação do Dr. Fernando Gomes para as funções de Procurador Geral da República. Venho por este meio felicita-lo. Na verdade, o Presidente Umaro Sissoko Embalo não poderia ter feito melhor escolha.
O Dr. Fernando Gomes foi ministro do Interior e nessa função, o principal responsável pela segurança de pessoas e bens num dos períodos mais sangrentos da história recente do nosso País.
Foi durante o seu consulado que assassinatos de individualidades foram utilizados como método de resolução de contenciosos políticos.
Foi durante esse período que o Presidente da República, João Bernardo Vieira-Nino, foi selvaticamente assassinado, assim como o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, General Tagme Na Waye.
Seguiram-se responsáveis políticos como Hélder Proença, Baciro Dabo, Roberto Cacheu, responsáveis das forças de segurança como Samba Djalo, Yaya Dabo, etc.
Esse período ficará igualmente para a história como aquele onde a corrupção e a pilhagem das riquezas do povo guineense foram escandalosamente realizadas.
Refiro-me ao desvio de dezenas de milhões de dólares, produto do trabalho dos produtores de caju, conhecido pelo nome de FUNPI e o roubo cometido pelos responsáveis governamentais da época, de 12 milhões de dólares concedidos á Guiné-Bissau pelo governo de Angola.
Nenhum destes casos foi julgado até á data presente.
É muito raro na história das Nações que um homem tenha a sorte e a oportunidade de corrigir os seus fracassos anteriores, fazendo justiça aos acontecimentos que marcaram irremediavelmente a consciência coletiva nacional.
Senhor Procurador Geral da República;
Espero, assim como toda a sociedade guineense, que aproveitará a oportunidade que lhe foi oferecida para fazer justiça às infelizes vítimas e ao povo guineense que foi espoliado.
Esperamos que possa corrigir hoje as graves injustiças que não esteve à altura de impedir no passado.
Cordialmente.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Covid-19: Deputado apela a guineenses que levem a sério doença que quase o matou
O deputado guineense Hussein Farath, um dos 19 doentes curados de infeção pela covid-19 na Guiné-Bissau, disse hoje à Lusa que "quase viu a morte" e apelou aos cidadãos a levarem a sério a doença.
Numa entrevista exclusiva, por telefone, à Lusa, Hussei Farath, dirigente desportivo e também empresário do ramo alimentar, explicou "o calvário" que foram os 40 dias em que esteve em isolamento total na sua residência, ao tomar conhecimento de que estava infetado.
"Sem complexos", é desta forma que Hussein Farath prefere falar de uma doença que disse ser de rápido contágio, que está a ceifar vidas aos asiáticos, americanos e europeus, mas que muitos ainda não levam a sério na Guiné-Bissau, observou.
"Fui contaminado, e sem saber, contaminei os meus filhos, alguns dos meus colaboradores e alguns amigos da minha relação", disse o deputado, explicando que perdeu 10 quilos, ficou outros tantos dias sem forças para se levantar da cama para comer e tomar banho.
"Nem sentia o cheiro do meu próprio corpo, não sentia o peso do meu corpo e a comida para mim era como se fosse um veneno que me estavam a dar. Cheguei a ter 41 graus de febre", destacou Hussein Farath, prestes a completar 62 anos.
O político e empresário de origem libanesa, mas nascido na Guiné-Bissau, afirmou ter chegado a pensar que ia morrer. “Até chamei os meus filhos para lhes mostrar o meu testamento e o lugar onde gostaria de ser sepultado", afirmou.
Em parte, Hussein Farath acredita que se não se fosse por ser um praticante de desporto, teria sucumbido à doença.
Antigo presidente do Sporting Clube de Bissau, Hussein Farath pede aos jovens para que "deixem a teimosia e encarem a doença como algo verdadeiro", salientando que mesmo que tenham a imunidade alta, em caso de terem outras patologias "poderão sofrer consequências" da doença caso sejam infetados.
Farath deu o exemplo do seu próprio filho de 21 anos, contaminado por si, para dizer que sendo assintomático poderia ser fonte de contágio para outras pessoas.
Por outro lado, está convencido de que ficou curado por ter tomado dois medicamentos (azitromecina e hidroxicloroquina) que lhe chegaram de familiares, médicos, residentes no Senegal.
Enquanto empresário, Hussein Farath quer mobilizar todos os empresários, comerciantes e empresas da Guiné-Bissau para que contribuam para a constituição de um fundo "de centenas de milhões de francos CFA" para ajudar o Governo a comprar os dois medicamentos e reagentes para "fazer mais testes".
Farath acredita que fazendo testes a pelo menos 250 pessoas por dia, o Ministério da Saúde Pública irá detetar "muito mais pessoas infetadas" na Guiné-Bissau.
Os parceiros de desenvolvimento do país e a Organização Mundial da Saúde (OMS) deveriam ajudar as autoridades em termos de testes, exortou Hussein Farath, deixando um aviso aos europeus.
"Se a Europa resolver o problema e a África não o resolver, rapidamente a doença voltará à Europa", defendeu Farath.
Curado e agradecido pela onda de solidariedade, o empresário disse que vai doar alimentos a todos os hospitais da Guiné-Bissau.
"A nossa empresa vai doar arroz, óleo alimentar, carne, iogurte, ovos e asas de frango para todos os hospitais da Guiné-Bissau em jeito de solidariedade para com os doentes, mas também de agradecimento a Deus", disse.
Hussein Farath pediu aos políticos para "enterrarem o machado de guerra" e arranjarem soluções para a população "que está em risco" e saúda o "gesto responsável do primeiro-ministro, Nuno Nabian" ao anunciar que testou positivo para a covid-19.
O Centro de Operações de Emergência Médica da Guiné-Bissau mais do que duplicou os casos positivos da covid-19 no país, para 197, depois de terem sido confirmados vários casos entre membros do Governo.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 215 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 840 mil doentes foram considerados curados. Lusa
Numa entrevista exclusiva, por telefone, à Lusa, Hussei Farath, dirigente desportivo e também empresário do ramo alimentar, explicou "o calvário" que foram os 40 dias em que esteve em isolamento total na sua residência, ao tomar conhecimento de que estava infetado.
"Sem complexos", é desta forma que Hussein Farath prefere falar de uma doença que disse ser de rápido contágio, que está a ceifar vidas aos asiáticos, americanos e europeus, mas que muitos ainda não levam a sério na Guiné-Bissau, observou.
"Fui contaminado, e sem saber, contaminei os meus filhos, alguns dos meus colaboradores e alguns amigos da minha relação", disse o deputado, explicando que perdeu 10 quilos, ficou outros tantos dias sem forças para se levantar da cama para comer e tomar banho.
"Nem sentia o cheiro do meu próprio corpo, não sentia o peso do meu corpo e a comida para mim era como se fosse um veneno que me estavam a dar. Cheguei a ter 41 graus de febre", destacou Hussein Farath, prestes a completar 62 anos.
O político e empresário de origem libanesa, mas nascido na Guiné-Bissau, afirmou ter chegado a pensar que ia morrer. “Até chamei os meus filhos para lhes mostrar o meu testamento e o lugar onde gostaria de ser sepultado", afirmou.
Em parte, Hussein Farath acredita que se não se fosse por ser um praticante de desporto, teria sucumbido à doença.
Antigo presidente do Sporting Clube de Bissau, Hussein Farath pede aos jovens para que "deixem a teimosia e encarem a doença como algo verdadeiro", salientando que mesmo que tenham a imunidade alta, em caso de terem outras patologias "poderão sofrer consequências" da doença caso sejam infetados.
Farath deu o exemplo do seu próprio filho de 21 anos, contaminado por si, para dizer que sendo assintomático poderia ser fonte de contágio para outras pessoas.
Por outro lado, está convencido de que ficou curado por ter tomado dois medicamentos (azitromecina e hidroxicloroquina) que lhe chegaram de familiares, médicos, residentes no Senegal.
Enquanto empresário, Hussein Farath quer mobilizar todos os empresários, comerciantes e empresas da Guiné-Bissau para que contribuam para a constituição de um fundo "de centenas de milhões de francos CFA" para ajudar o Governo a comprar os dois medicamentos e reagentes para "fazer mais testes".
Farath acredita que fazendo testes a pelo menos 250 pessoas por dia, o Ministério da Saúde Pública irá detetar "muito mais pessoas infetadas" na Guiné-Bissau.
Os parceiros de desenvolvimento do país e a Organização Mundial da Saúde (OMS) deveriam ajudar as autoridades em termos de testes, exortou Hussein Farath, deixando um aviso aos europeus.
"Se a Europa resolver o problema e a África não o resolver, rapidamente a doença voltará à Europa", defendeu Farath.
Curado e agradecido pela onda de solidariedade, o empresário disse que vai doar alimentos a todos os hospitais da Guiné-Bissau.
"A nossa empresa vai doar arroz, óleo alimentar, carne, iogurte, ovos e asas de frango para todos os hospitais da Guiné-Bissau em jeito de solidariedade para com os doentes, mas também de agradecimento a Deus", disse.
Hussein Farath pediu aos políticos para "enterrarem o machado de guerra" e arranjarem soluções para a população "que está em risco" e saúda o "gesto responsável do primeiro-ministro, Nuno Nabian" ao anunciar que testou positivo para a covid-19.
O Centro de Operações de Emergência Médica da Guiné-Bissau mais do que duplicou os casos positivos da covid-19 no país, para 197, depois de terem sido confirmados vários casos entre membros do Governo.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 215 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 840 mil doentes foram considerados curados. Lusa
ENCONTRO SISSOCO/PAIGC

Segundo o PAIGC, na voz da Odete Semedo: "O general Sissoco Embaló chamou-nos para mostrar a sua boa vontade em trabalhar com todos os partidos políticos. O PAIGC tem todo o interesse na resolução dos problemas da Guiné-Bissau, tendo em conta que foi o partido a quem o Povo guineense deu a vitória nas eleições legislativas, que já tinha um governo formado e cujo programa foi aprovado por uma maioria parlamentar, fruto dos acordos na ANP. O PAIGC quer ser parte na busca de soluções. A CEDEAO fez menção, no seu comunicado, que quer um governo até dia 22 de Maio e o PAIGC quer que lhe seja dada a oportunidade de formar esse governo."
OPINIÃO: Covid, 2 – Democracia, 0
Por: João Melo*
In Jornal de Angola
A Guiné-Bissau é o segundo estado a ser vítima do novo coronavírus e um exemplo do que poderá ser a futura ordem internacional (o primeiro foi a Hungria): mais autoritarismo e unilateralismo internos e, simultaneamente, auto – demissão dos organismos internacionais, ou seja, cada um por si e Deus (se existir), por todos, como ensina a máxima popular.
De facto, e como todo o mundo está preocupado com a Covid-19, a comunidade internacional cansou-se, em definitivo (?), do país de Amílcar Cabral. A começar pela Comunidade dos Países da África Ocidental (CEDEAO), que na prática tutela o país desde 2012, resolveu, por isso, lavar as mãos em relação ao impasse político gerado pelas eleições presidenciais realizadas em Dezembro do ano passado, reconhecendo a vitória do candidato Umaro Sissoco Embaló, à revelia do Tribunal Supremo bissau-guineense.
No passado dia 22 de Abril, a CEDEAO emitiu um comunicado com três pontos fundamentais: primeiro, reconheceu Sissoco Embaló como vencedor da segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau; segundo, deu um prazo ao mesmo para formar um governo conforme os resultados das eleições legislativas de 10 de Março de 2019, ganhas pelo PAIGC; terceiro e último, recomendou a realização de um referendo constitucional no prazo de seis meses para clarificar o sistema político do país.
Na prática, a CEDEAO substituiu-se ao Tribunal Supremo da Guiné-Bissau, que ainda não se decidiu sobre o recurso do PAIGC, o qual alega ter havido fraude na segunda volta das eleições presidenciais. Apesar dessa insólita “substituição”, a dita “comunidade internacional” não se comoveu com o facto.
Pelo contrário. O primeiro ministro da antiga potência colonizadora, Portugal, que sofreu na Guiné-Bissau a sua única derrota militar na guerra colonial (ou, para nós, africanos, guerra de libertação nacional), apressou-se a validar a decisão da CEDEAO. Seguiram-se a União Europeia e a CPLP.
Um detalhe semântico: todas essas entidades disseram ter “registado” a posição tomada pela CEDEAO, antes de apelarem à rápida tomada de posse do proclamado presidente, o que representa, para quem tem algumas noções de análise de discurso, a sua envergonhada, mas plena concordância.
Anotemo-la, pois.
Uma palavra que já viveu os seus tempos de glória serve, talvez, e além do cansaço da comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau, agravado presentemente pela necessidade de prestar o máximo de atenção à Covid-19, para explicar tudo isto: real politik.
Para análise futura, contudo, é mister – recupero a seguir o verbo “diplomático” acima referido – registar alguns factos, assim como fazer uma interrogação e uma previsão.
Os factos são, desde logo, que o PAIGC recorreu ao Tribunal Supremo da Guiné-Bissau porque a Comissão Nacional de Eleições do referido país proclamou a vitória de Umaro Sissoco Embaló sem apresentar todas as actas comprovativas do alegado resultado. Tais actas foram apresentadas mais tarde, mas o PAIGC recusou-se a aceitá-las, pois, previsivelmente, durante o “sumiço” das mesmas, podem ter sido adulteradas.
O tribunal acatou o protesto do PAIGC e determinou que a CNE voltasse a proceder ao apuramento dos resultados “ab initio”. O PAIGC interpreta essa decisão como o reconhecimento de que é preciso a recontagem dos votos. Esse era o ponto em discussão, quando a CEDEAO resolveu substituir-se ao Tribunal Supremo da Guiné-Bissau.
A interrogação é: porquê que a candidatura de Sissoco Embaló, se confia de facto na lisura da sua vitória, se opõe à recontagem dos votos? Algumas vozes lembram que a constituição bissau-guineense não o admite. A verdade é que também não o proíbe. Ora, um dos princípios basilares do Direito é que aquilo que a lei não proíbe pode ser permitido. A verdade é que a recontagem dos votos seria a única forma de restabelecer a confiança entre todos.
A minha previsão, por conseguinte, é que a decisão da CEDEAO não resolverá o problema de estabilidade da Guiné-Bissau. Não apenas porque, não tendo sido recontados os votos, a desconfiança entre as partes se mantém, mas também porque os sinais já disponíveis permitem antever que o presidente proclamado pela “comunidade internacional” dificilmente vai formar um governo “conforme os resultados das eleições legislativas de 2019”, como aquela organização candidamente espera. O mais certo é que Umaro Sissoco Embaló dissolva o parlamento guineense e convoque novas eleições, em estreita articulação com a CNE, com o propósito de marginalizar o PAIGC.
Começam a materializar-se os receios de que a futura ordem pós-Covid-19 será marcada pelo retrocesso da democracia em várias partes do mundo?
* Jornalista, escritor e ex-ministro da Comunicação Social de Angola.
In Jornal de Angola
A Guiné-Bissau é o segundo estado a ser vítima do novo coronavírus e um exemplo do que poderá ser a futura ordem internacional (o primeiro foi a Hungria): mais autoritarismo e unilateralismo internos e, simultaneamente, auto – demissão dos organismos internacionais, ou seja, cada um por si e Deus (se existir), por todos, como ensina a máxima popular.
De facto, e como todo o mundo está preocupado com a Covid-19, a comunidade internacional cansou-se, em definitivo (?), do país de Amílcar Cabral. A começar pela Comunidade dos Países da África Ocidental (CEDEAO), que na prática tutela o país desde 2012, resolveu, por isso, lavar as mãos em relação ao impasse político gerado pelas eleições presidenciais realizadas em Dezembro do ano passado, reconhecendo a vitória do candidato Umaro Sissoco Embaló, à revelia do Tribunal Supremo bissau-guineense.
No passado dia 22 de Abril, a CEDEAO emitiu um comunicado com três pontos fundamentais: primeiro, reconheceu Sissoco Embaló como vencedor da segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau; segundo, deu um prazo ao mesmo para formar um governo conforme os resultados das eleições legislativas de 10 de Março de 2019, ganhas pelo PAIGC; terceiro e último, recomendou a realização de um referendo constitucional no prazo de seis meses para clarificar o sistema político do país.
Na prática, a CEDEAO substituiu-se ao Tribunal Supremo da Guiné-Bissau, que ainda não se decidiu sobre o recurso do PAIGC, o qual alega ter havido fraude na segunda volta das eleições presidenciais. Apesar dessa insólita “substituição”, a dita “comunidade internacional” não se comoveu com o facto.
Pelo contrário. O primeiro ministro da antiga potência colonizadora, Portugal, que sofreu na Guiné-Bissau a sua única derrota militar na guerra colonial (ou, para nós, africanos, guerra de libertação nacional), apressou-se a validar a decisão da CEDEAO. Seguiram-se a União Europeia e a CPLP.
Um detalhe semântico: todas essas entidades disseram ter “registado” a posição tomada pela CEDEAO, antes de apelarem à rápida tomada de posse do proclamado presidente, o que representa, para quem tem algumas noções de análise de discurso, a sua envergonhada, mas plena concordância.
Anotemo-la, pois.
Uma palavra que já viveu os seus tempos de glória serve, talvez, e além do cansaço da comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau, agravado presentemente pela necessidade de prestar o máximo de atenção à Covid-19, para explicar tudo isto: real politik.
Para análise futura, contudo, é mister – recupero a seguir o verbo “diplomático” acima referido – registar alguns factos, assim como fazer uma interrogação e uma previsão.
Os factos são, desde logo, que o PAIGC recorreu ao Tribunal Supremo da Guiné-Bissau porque a Comissão Nacional de Eleições do referido país proclamou a vitória de Umaro Sissoco Embaló sem apresentar todas as actas comprovativas do alegado resultado. Tais actas foram apresentadas mais tarde, mas o PAIGC recusou-se a aceitá-las, pois, previsivelmente, durante o “sumiço” das mesmas, podem ter sido adulteradas.
O tribunal acatou o protesto do PAIGC e determinou que a CNE voltasse a proceder ao apuramento dos resultados “ab initio”. O PAIGC interpreta essa decisão como o reconhecimento de que é preciso a recontagem dos votos. Esse era o ponto em discussão, quando a CEDEAO resolveu substituir-se ao Tribunal Supremo da Guiné-Bissau.
A interrogação é: porquê que a candidatura de Sissoco Embaló, se confia de facto na lisura da sua vitória, se opõe à recontagem dos votos? Algumas vozes lembram que a constituição bissau-guineense não o admite. A verdade é que também não o proíbe. Ora, um dos princípios basilares do Direito é que aquilo que a lei não proíbe pode ser permitido. A verdade é que a recontagem dos votos seria a única forma de restabelecer a confiança entre todos.
A minha previsão, por conseguinte, é que a decisão da CEDEAO não resolverá o problema de estabilidade da Guiné-Bissau. Não apenas porque, não tendo sido recontados os votos, a desconfiança entre as partes se mantém, mas também porque os sinais já disponíveis permitem antever que o presidente proclamado pela “comunidade internacional” dificilmente vai formar um governo “conforme os resultados das eleições legislativas de 2019”, como aquela organização candidamente espera. O mais certo é que Umaro Sissoco Embaló dissolva o parlamento guineense e convoque novas eleições, em estreita articulação com a CNE, com o propósito de marginalizar o PAIGC.
Começam a materializar-se os receios de que a futura ordem pós-Covid-19 será marcada pelo retrocesso da democracia em várias partes do mundo?
* Jornalista, escritor e ex-ministro da Comunicação Social de Angola.
OPINIÃO: O Dilema de Sissoco
O Sistema Politico guineense - Semi-Presidencialista- não outorga ao Presidente da República poderes executivos em termos de acção governativa.
Contudo, a obsessão de Umaro Sissoco empurou-o para todo o tipo de compromissos e alianças, prometendo em troca o cargo de Primeiro-Ministro. De início, era o Braima Camara a sua preferência. Vendo que a máquina propagandistica e caluniosa do MADEM não fora suficiente para almejar os seus intentos, tendo, inclusive, sido derrotado copiosamente na Primeira Volta pelo candidato Domingos Simões Pereira por uma margem folgada de cerca de 70 mil votos, Sissoco foi obrigado a alterar a estratégia.
Foi neste novo xadrez que surgiu Nuno Gomes Nabian que, não tendo influência e expressão política, contava com apoio da base sociológica Balanta, alicerçada com o "Acordo de Nhoma". Uma espécie de pacto para ascenção dos Balantas ao Poder a todo o custo, mesmo que se faça recurso a poderosa ala militar desta etnia.
Assim, na Segunda Volta das Eleições Presidenciais, com evidências de fraude da candidatura de Embalo, tudo indiciava a nulidade do escrutínio, o que, a acontecer, iria constituir um "soco no estômago" do MADEM e o seu candidato, e, ao mesmo tempo, obstaculizava a implementação do Acordo de Nhoma.
Perante este anunciado descalabro, Sissoco jogou a sua última cartada, com a implicação dos militares, que, guiados pelo senso etnico-balanta e com a complicidade de JOMAV, forjaram a tomada de posse do candidato.
Entretanto,
Segue uma pequena cronologia bem como alguns cenários possíveis desta trapalhada em Sissoco nos meteu, em resultado da dissonância de agendas, que fizeram o seu percurso até chegar assaltar a Presidência e auto-proclamar-se Chefe de Estado.
1. Umaro Sissoco Embalo Chegou ao poder por via da força dos militares, ao serviço de uma causa etnicista;
3. Nuno Nabian foi a personalidade chave para angariar o apoio das Forças Armadas. O objectivo foi de dar a oportunidade à uma ala do PRS e ao Nabian contra o MADEM. Esse objectivo foi fixado após o consenso em Nhoma;
4. Sissoco é só um instrumento dessa estratégia dos etnicistas balantas, que felizmente não contam com o apoio de boa parte das populações balantas;
5. Sissoco não vai poder devolver, de forma legal, o poder executivo ao PAIGC por essas e outras razões...;
6. O poder executivo nas mãos do PAIGC seria uma ameaça contra a venda do nosso país ao Macky /Youssouf;
7. Face a uma eventual dissolução do parlamento, a CEDEAO teria perdido a face porque estaria mediante um colapso...nos esforços que esta organização tinha mobilizado na estabilização do país. Daria lugar as novas Eleições Legislativas que poderiam, de novo, colocar frente a frente Sissoco-PAIGC, com todos os seus inconvenientes ou ameaças para a reedição da crise pos-eleitoral;
8. Fazer novas eleiçoes legislativas em plena crise sanitaria, provocada pela pandemia de COVID-19 e com tanta miséria que esta doença tem causado, teria sido o agravar de uma catastrofe.
Huuff! Não gostaria de estar no lugar de Sissoco. Deve passar muitas horas de insônia, perante o dilema de nomear novo Primeiro-Ministro.
Fraskera di Bardadi
Contudo, a obsessão de Umaro Sissoco empurou-o para todo o tipo de compromissos e alianças, prometendo em troca o cargo de Primeiro-Ministro. De início, era o Braima Camara a sua preferência. Vendo que a máquina propagandistica e caluniosa do MADEM não fora suficiente para almejar os seus intentos, tendo, inclusive, sido derrotado copiosamente na Primeira Volta pelo candidato Domingos Simões Pereira por uma margem folgada de cerca de 70 mil votos, Sissoco foi obrigado a alterar a estratégia.
Foi neste novo xadrez que surgiu Nuno Gomes Nabian que, não tendo influência e expressão política, contava com apoio da base sociológica Balanta, alicerçada com o "Acordo de Nhoma". Uma espécie de pacto para ascenção dos Balantas ao Poder a todo o custo, mesmo que se faça recurso a poderosa ala militar desta etnia.
Assim, na Segunda Volta das Eleições Presidenciais, com evidências de fraude da candidatura de Embalo, tudo indiciava a nulidade do escrutínio, o que, a acontecer, iria constituir um "soco no estômago" do MADEM e o seu candidato, e, ao mesmo tempo, obstaculizava a implementação do Acordo de Nhoma.
Perante este anunciado descalabro, Sissoco jogou a sua última cartada, com a implicação dos militares, que, guiados pelo senso etnico-balanta e com a complicidade de JOMAV, forjaram a tomada de posse do candidato.
Entretanto,
Segue uma pequena cronologia bem como alguns cenários possíveis desta trapalhada em Sissoco nos meteu, em resultado da dissonância de agendas, que fizeram o seu percurso até chegar assaltar a Presidência e auto-proclamar-se Chefe de Estado.
1. Umaro Sissoco Embalo Chegou ao poder por via da força dos militares, ao serviço de uma causa etnicista;
3. Nuno Nabian foi a personalidade chave para angariar o apoio das Forças Armadas. O objectivo foi de dar a oportunidade à uma ala do PRS e ao Nabian contra o MADEM. Esse objectivo foi fixado após o consenso em Nhoma;
4. Sissoco é só um instrumento dessa estratégia dos etnicistas balantas, que felizmente não contam com o apoio de boa parte das populações balantas;
5. Sissoco não vai poder devolver, de forma legal, o poder executivo ao PAIGC por essas e outras razões...;
6. O poder executivo nas mãos do PAIGC seria uma ameaça contra a venda do nosso país ao Macky /Youssouf;
7. Face a uma eventual dissolução do parlamento, a CEDEAO teria perdido a face porque estaria mediante um colapso...nos esforços que esta organização tinha mobilizado na estabilização do país. Daria lugar as novas Eleições Legislativas que poderiam, de novo, colocar frente a frente Sissoco-PAIGC, com todos os seus inconvenientes ou ameaças para a reedição da crise pos-eleitoral;
8. Fazer novas eleiçoes legislativas em plena crise sanitaria, provocada pela pandemia de COVID-19 e com tanta miséria que esta doença tem causado, teria sido o agravar de uma catastrofe.
Huuff! Não gostaria de estar no lugar de Sissoco. Deve passar muitas horas de insônia, perante o dilema de nomear novo Primeiro-Ministro.
Fraskera di Bardadi
COVID-19 - TRATAMENTO VIP
FONTE: NÔ SALVA GUINÉ
Um governo doente pelo poder é “vítima privilegiada” da pandemia que avança contra o povo
Quando políticos chegam ao poder através de atalhos, como através da força das armas, o povo sempre é a primeira vítima. Hoje é notícia que praticamente todos os quadros do Narco Governo Golpista da Guiné-Bissau estão infetados pela Covid-19.
Informações de que Nuno Nabiam e, pelo menos, mais três membros dessa agrupamento golpista contraíram esta doença, são tão subestimadas quanto o verdadeiro números de suspeitos, doentes e mortos em decorrência do Coronavírus no nosso país.
Todos que estão envolvidos nesse abandono do povo e que viram no Estado de Emergência a oportunidade para consolidar um golpe de Estado são culpados pelas mortes e miséria que estão a crescer exponencialmente em todo o Território Nacional.
O Ministério do Interior do Narco Governo Golpista, imposto pelo autoproclamado presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, é o reflexo de como a Guiné-Bissau está a tratar a Pandemia do Coronavírus desde o golpe de 27 de Março.
Relatos de quadros militares é de que praticamente todos os membros daquele ministério estão infectados pela COVID-19. Para piorar, segundo as mesmas fontes, o contágio teria sido feito pelo próprio Botche Candé, chamado de ministro do interior pelos golpistas.
“Somente os chefes estão a fazer testes, mas os quadros da segurança, limpeza e outros sectores do prédio estão totalmente abandonados”, afirmou um funcionário daquele ministério que teme pela própria vida e acredita também estar infetado pela Covid-19.
“Já desinfectaram e fecharam o Ministério e o Comissariado para três dias. Hoje devem desinfetar o PIR e segunda Esquadra”, segundo a mesma fonte. De acordo com o que apuramos, já foram chamados a Bissau todos os que estão nas regiões e que tiveram contactos com a Comitiva do Candé e que são muitos, mas seus parentes e pessoas próximas ficam desassistidos e dão sequência ao contágio descontrolado.
“Não há testes para todos!”, exclama em desespero o quadro do Ministério do Interior com o qual falamos. “Para muitos interessados, foram simplesmente rejeitadas as possibilidades de fazerem os testes”, concluiu a fonte.
Tragédia anunciada
A situação que virou notícia na imprensa omissa e conivente com a degradação do nosso país é apenas a cereja num bolo estragado. A população está abandonada e o número de mortes dentro das próprias casas tem sido uma crescente na rotina de diversas localidades. A causa das mortes é desconhecida, pois não há testes ou acompanhamento de especialistas.
Entre os casos anunciados como “identificados” até o presente momento, há a exposição dos técnicos de saúde. “Aqueles que trabalharam no quarto de médicos onde o Comodoro Bion Nantchongo, vítima fatal da Covid-19, esteve por algum tempo, não fizeram testes por falta de tempo da equipa de intervenção”, denunciou um médico que pediu para não ser identificado.
Sectores da imprensa - que ajudaram a construir esse quadro de catástrofe - anunciam acriticamente que “o ‘governo’ vai requisitar uma unidade hoteleira para instalar as pessoas do elenco governamental que estão infetadas com a covid-19”. Um absurdo!
Enquanto quadros do Narco Governo Golpista são tratados como “vítimas privilegiadas”, o povo morre no abandono e sob o vergonhoso aplauso da CEDEAO e o eco daqueles que se dizem “cansados da Guiné-Bissau” e apoiam essa tragédia humanitária iniciada num golpe de Estado.
O Governo eleito nas urnas nas eleições de Março de 2019 teve o seu plano de prevenção ao coronavírus interrompido após o golpe. A mesma Comunidade Internacional que falsamente invocou o foco nos trabalhos contra a Covid-19 é a que se apressa a legitimar e participar desta sequência de violações à soberania do nosso país, agora traduzida numa tragédia humanitária.
Todos são cúmplices!
Um governo doente pelo poder é “vítima privilegiada” da pandemia que avança contra o povo
Quando políticos chegam ao poder através de atalhos, como através da força das armas, o povo sempre é a primeira vítima. Hoje é notícia que praticamente todos os quadros do Narco Governo Golpista da Guiné-Bissau estão infetados pela Covid-19.
Informações de que Nuno Nabiam e, pelo menos, mais três membros dessa agrupamento golpista contraíram esta doença, são tão subestimadas quanto o verdadeiro números de suspeitos, doentes e mortos em decorrência do Coronavírus no nosso país.
Todos que estão envolvidos nesse abandono do povo e que viram no Estado de Emergência a oportunidade para consolidar um golpe de Estado são culpados pelas mortes e miséria que estão a crescer exponencialmente em todo o Território Nacional.
O Ministério do Interior do Narco Governo Golpista, imposto pelo autoproclamado presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, é o reflexo de como a Guiné-Bissau está a tratar a Pandemia do Coronavírus desde o golpe de 27 de Março.
Relatos de quadros militares é de que praticamente todos os membros daquele ministério estão infectados pela COVID-19. Para piorar, segundo as mesmas fontes, o contágio teria sido feito pelo próprio Botche Candé, chamado de ministro do interior pelos golpistas.
“Somente os chefes estão a fazer testes, mas os quadros da segurança, limpeza e outros sectores do prédio estão totalmente abandonados”, afirmou um funcionário daquele ministério que teme pela própria vida e acredita também estar infetado pela Covid-19.
“Já desinfectaram e fecharam o Ministério e o Comissariado para três dias. Hoje devem desinfetar o PIR e segunda Esquadra”, segundo a mesma fonte. De acordo com o que apuramos, já foram chamados a Bissau todos os que estão nas regiões e que tiveram contactos com a Comitiva do Candé e que são muitos, mas seus parentes e pessoas próximas ficam desassistidos e dão sequência ao contágio descontrolado.
“Não há testes para todos!”, exclama em desespero o quadro do Ministério do Interior com o qual falamos. “Para muitos interessados, foram simplesmente rejeitadas as possibilidades de fazerem os testes”, concluiu a fonte.
Tragédia anunciada
A situação que virou notícia na imprensa omissa e conivente com a degradação do nosso país é apenas a cereja num bolo estragado. A população está abandonada e o número de mortes dentro das próprias casas tem sido uma crescente na rotina de diversas localidades. A causa das mortes é desconhecida, pois não há testes ou acompanhamento de especialistas.
Entre os casos anunciados como “identificados” até o presente momento, há a exposição dos técnicos de saúde. “Aqueles que trabalharam no quarto de médicos onde o Comodoro Bion Nantchongo, vítima fatal da Covid-19, esteve por algum tempo, não fizeram testes por falta de tempo da equipa de intervenção”, denunciou um médico que pediu para não ser identificado.
Sectores da imprensa - que ajudaram a construir esse quadro de catástrofe - anunciam acriticamente que “o ‘governo’ vai requisitar uma unidade hoteleira para instalar as pessoas do elenco governamental que estão infetadas com a covid-19”. Um absurdo!
Enquanto quadros do Narco Governo Golpista são tratados como “vítimas privilegiadas”, o povo morre no abandono e sob o vergonhoso aplauso da CEDEAO e o eco daqueles que se dizem “cansados da Guiné-Bissau” e apoiam essa tragédia humanitária iniciada num golpe de Estado.
O Governo eleito nas urnas nas eleições de Março de 2019 teve o seu plano de prevenção ao coronavírus interrompido após o golpe. A mesma Comunidade Internacional que falsamente invocou o foco nos trabalhos contra a Covid-19 é a que se apressa a legitimar e participar desta sequência de violações à soberania do nosso país, agora traduzida numa tragédia humanitária.
Todos são cúmplices!
Mais voos simbólicos
No dia 24/04/2020 aterrou um avião às 17h02, também proveniente do Burkina Faso - Matricula LX-LIZ.

REPAREM: Mais caixas de esferovite embarcam...

E a mala...para quem veio para um par de horas...






FOTOS: ©DC/2020
Trouxe a bordo três passageiros, delegação da Presidência do Burkina Faso:
Mahamadou Bonkoungou
Oumar Bonkoungou
Boureima Sanga
Foram recebidos por Califa Soares Cassama e um segurança do Sissoco Embalo, com quem mantiveram um encontro. O avião descolou às dezanove horas. AAS

REPAREM: Mais caixas de esferovite embarcam...

E a mala...para quem veio para um par de horas...






FOTOS: ©DC/2020
Trouxe a bordo três passageiros, delegação da Presidência do Burkina Faso:
Mahamadou Bonkoungou
Oumar Bonkoungou
Boureima Sanga
Foram recebidos por Califa Soares Cassama e um segurança do Sissoco Embalo, com quem mantiveram um encontro. O avião descolou às dezanove horas. AAS
Voos simbólicos


FOTOS: ©DC/2020 - O 'peixe' seguiu em caixas de esferovite...
Ontem, por volta da 16 horas, aterrou em Bissau um avião proveniente do Burkina Faso. Desceu um tripulante com uma mala cor de rosa, que foi recebido pelo Califa Soares Cassama.
No regresso, por volta das 17:20h,segundo uma fonte do DC, levou dez caixas de 'peixe'. Embarcaram também o ministro da Defesa, Sandji Fati, e o Califa Soares Cassama. AAS
É o terceiro voo proveniente desse país a aterrar em Bissau. Não houve, ainda segundo a mesma fonte, qualquer interferência dos serviços aeroportuarios, nem alfândegas, nem qualquer outra autoridade. "Ultimamente tem sido assim, chegam, ninguém se aproxima, e partem sem que se saiba coisa alguma." AAS
terça-feira, 28 de abril de 2020
ÚLTIMA HORA: Finalmente a ministra Ruth Monteiro viajou esta tarde para Lisboa
COVID-19: Depois da primeira e até agora única morte por coronavírus na Guiné-Bissau, o Ministério do Interior foi fechado e todo o pessoal está em quarentena. A vítima era Comissário geral da Polícia de Ordem Pública. Outro infectado foi o comandante dos Bombeiros Voluntários de Bissau, que se encontra a recuperar em casa. O outro infectado continua hospitalizado. AAS
AVIÃO!, AVIÃO: Ontem, pouco depois das 21 h, uma avioneta sobrevoou a cidade de Bissau... mas não terá aterrado no aeroporto, segundo apurou o DC. Que avião era esse? O que veio fazer a Bissau? Trouxe o quê? Levou o quê? São perguntas que precisam de respostas. DC sabe que algumas ilhas no arquipélago dos Bijagós estão ACTIVAS e a FERVER!!! O que faz a UNODC na Guiné-Bissau? E a Interpol? AAS
segunda-feira, 27 de abril de 2020
ESCLARECIMENTO: Mãe do músico Charbel não morreu de coronavírus--Ministério da Saúde
O ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau, através do Centro de Operação de Emergência da Saúde (COES) informou ontem, 22 de abril de 2020, que os resultados de testes de coronavírus realizados ao pessoal da "clínica madrugada" em Bissau, deram negativos, e que a mãe do músico Charbel não morreu de coronavírus.
"Felizmente os resultados dos indivíduos que estavam confirmados na clínica madrugada, todos deram negativos, logo já foram libertados e regressaram hoje às suas casas", informou o porta-voz da COES.
Questionado se a morte da mãe de estava ligada ao coronavírus, o porta-voz da COES respondeu: "Nós nunca dissemos que aquela senhora estava infectada, só que a senha era da cadeia daquele português (um cidadão português contaminado), portanto era suspeitada porque teve contacto com um dos infectados; tendo contacto com um dos infectados, entrando no serviço da medicina dum estabelecimento, então, nós suspeitamos que eventualmente depois da sua morte, podia ter transmitido, daí que tínhamos que tomar medidas sanitárias epidemiológicas conforme ordena o protocolo, que é de mandar desenfectar o local, isolar os que tiveram contactos para evitar a propagação. Foram essas as medidas que tomamos, felizmente, os resultados deram negativos e tudo terminou", explicou.
As autoridades informaram ainda que vão produzir um despacho para autorizar a clínica madrugada, a retoma das suas atividades.
"Vamos fazer um despacho do ministério da Saúde hoje, para autorizar que amanhã ou depois da amanhã, a clínica remote as suas funções", acrescentou.
De recordar que as autoridades sanitárias da Guiné-Bissau obrigaram na passada quarta-feira, 15 de Abril do ano em curso, o encerramento da "clínica madrugada", em Bissau, por suspeitar que a morte de uma senhora idosa de Noad Aziz Harfouche, a mãe do artista guineense Charbel Pinto, naquela clínica poderia ser causada pelo Coronavírus. Contudo, na óptica de Charbel Pinto, a mãe dele estaria a ser utilizada como bode expiatório.
O músico, natural de Canchungo, localidade situada a cerca de 80 quilómetros a norte da Guiné-Bissau, diz que é tudo uma farsa das autoridades que pretendem obter dinheiro junto da comunidade internacional, daí estarem a inventar que existe o novo coronavírus na Guiné-Bissau.
Charbel Pinto sugere na sua página de Facebook que para dar consistência à tese, as autoridades estão agora a alegar que a sua mãe faleceu daquela doença e por via disso mandaram encerrar a clínica da Madrugada.
O cantor promete dar mais detalhes do que chama de "invenções das autoridades", numa declaração em directo na rede Facebook no próximo dia 27, sendo que as autoridades de saúde pública convocaram o cantor para um esclarecimento.
"Felizmente os resultados dos indivíduos que estavam confirmados na clínica madrugada, todos deram negativos, logo já foram libertados e regressaram hoje às suas casas", informou o porta-voz da COES.
Questionado se a morte da mãe de estava ligada ao coronavírus, o porta-voz da COES respondeu: "Nós nunca dissemos que aquela senhora estava infectada, só que a senha era da cadeia daquele português (um cidadão português contaminado), portanto era suspeitada porque teve contacto com um dos infectados; tendo contacto com um dos infectados, entrando no serviço da medicina dum estabelecimento, então, nós suspeitamos que eventualmente depois da sua morte, podia ter transmitido, daí que tínhamos que tomar medidas sanitárias epidemiológicas conforme ordena o protocolo, que é de mandar desenfectar o local, isolar os que tiveram contactos para evitar a propagação. Foram essas as medidas que tomamos, felizmente, os resultados deram negativos e tudo terminou", explicou.
As autoridades informaram ainda que vão produzir um despacho para autorizar a clínica madrugada, a retoma das suas atividades.
"Vamos fazer um despacho do ministério da Saúde hoje, para autorizar que amanhã ou depois da amanhã, a clínica remote as suas funções", acrescentou.
De recordar que as autoridades sanitárias da Guiné-Bissau obrigaram na passada quarta-feira, 15 de Abril do ano em curso, o encerramento da "clínica madrugada", em Bissau, por suspeitar que a morte de uma senhora idosa de Noad Aziz Harfouche, a mãe do artista guineense Charbel Pinto, naquela clínica poderia ser causada pelo Coronavírus. Contudo, na óptica de Charbel Pinto, a mãe dele estaria a ser utilizada como bode expiatório.
O músico, natural de Canchungo, localidade situada a cerca de 80 quilómetros a norte da Guiné-Bissau, diz que é tudo uma farsa das autoridades que pretendem obter dinheiro junto da comunidade internacional, daí estarem a inventar que existe o novo coronavírus na Guiné-Bissau.
Charbel Pinto sugere na sua página de Facebook que para dar consistência à tese, as autoridades estão agora a alegar que a sua mãe faleceu daquela doença e por via disso mandaram encerrar a clínica da Madrugada.
O cantor promete dar mais detalhes do que chama de "invenções das autoridades", numa declaração em directo na rede Facebook no próximo dia 27, sendo que as autoridades de saúde pública convocaram o cantor para um esclarecimento.
OPINIÃO: GUINÉ-BISSAU E A ILOGICIDADE DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS EM TEMPOS DO COVID 19
POR: José Maria Pereira Neves
Ex-primeiro-ministro de Cabo Verde

Visita à Guiné-Bissau
Tenho uma grande amizade e simpatia pelo povo da Guiné-Bissau.
Gosto do seu crioulo, da sua comida, da sua música, das suas gentes, da sua fina generosidade e sincera irmandade para com os caboverdianos. A tremenda beleza paisagística da Guiné-Bissau - o Arquipélago dos Bijagós (88 ilhas) é escandalosamente lindo - e a riqueza da biodiversidade são filões de ouro para o turismo.
Sempre que visitei aquele país irmão senti-me emocionado. Em vários momentos vieram-me lágrimas aos olhos e não pude conter a emoção por pisar o solo de uma das pátrias de Amílcar Cabral. Os guineenses consentiram enormes sacrifícios para a nossa libertação do jugo colonial.
É eterna, pois, a nossa gratidão.
O primeiro das ex-colónias portuguesas em África a ascender a independência (24 de Setembro de 1973), ainda antes da Revolução dos Cravos em Portugal.
Aliás, a luta armada de libertação da Guiné e Cabo Verde conduzida pelo PAIGC foi decisiva para a mobilização dos Capitães de Abril e para o derrube do regime salazarista.
Mas, desde a independência, a Guiné-Bissau nunca teve estabilidade. Golpes de Estado, assassinatos de adversários políticos, crises económicas e instabilidades governativas caracterizam o quotidiano da vida política naquele país vizinho.
As instituições são frágeis, não há nem tolerância nem paciência para o exercício sereno e estável do poder político em democracia. As Forças Armadas não são apolíticas e republicanas e interferem amiúde nos processos político-partidários e eleitorais.
As disputas políticas são uma questão de vida ou morte. Quem ganha ganha tudo, quem perde perde tudo.
Ninguém está disposto a fazer a penosa travessia do deserto na oposição. Quem perde começa a conspirar no dia seguinte para não ficar arredado da mesa do poder. Tudo é líquido. Desfazem-se alianças, conspira-se e derrubam-se governos. A Constituição não conta, serve tudo e o seu contrário, conforme os interesses interpretativos de cada um. O processo político é ilógico e irracional. Os atores políticos não se entendem, a violência grassa e os desacordos são irreconciliáveis.
Nos meus três mandatos como Primeiro Ministro, trabalhei com os Presidentes Kumba Yalá, Henrique Rosa, Malan Bacai Sanha, Nino Vieira, Raimundo Pereira, Serifo Nhamadjo e José Mário Vaz.
Perdi a conta dos Primeiros Ministros. Em Cabo Verde, recebi as visitas de Alamara Nhasé, Carlos Gomes Júnior e Domingos Simões Pereira. Fiz três visitas oficiais, duas nos mandatos de Carlos Gomes Júnior e uma no de Domingos Simões Pereira.
As perspetivas de cooperação sempre foram muito boas, mas a instabilidade política não permitiu que se fizesse nada.
Do meu ponto de vista, verifica-se um cansaço da comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau.
Há algumas semanas disse a um amigo que as instituições internacionais acabariam por reconhecer Umaru Sissoko Embaló e o status quo por ele criado.
Só assumiu o poder naquelas circunstâncias porque tem fortes cumplicidades e apoios no seio da CEDEAO. Logo após a divulgação dos resultados eleitorais provisórios, visitou vários países africanos, entre os quais Cabo Verde, para agradecer aos amigos o apoio concedido durante a campanha eleitoral.
Na sequência da posse “simbólica”, perante os seus apoiantes, fez visitas de Estado ao Senegal, Níger e Nigéria.
Para mim, conhecendo a forma como a CEDEAO funciona, o reconhecimento oficial de Umaru Sissoko Embaló era uma questão de tempo.
A comunidade internacional, a braços com a mais devastadora crise sanitária dos últimos cem anos, com graves consequências políticas, económicas e sociais, para além de cansada, já não tem tempo nem recursos para analisar e apoiar na resolução da questão da Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo.
A solução encontrada, como previra, foi deixar tudo como está para ver como é que fica.
Assim, foi sem surpresa que recebi as decisões da CEDEAO e de vários outros organismos internacionais e países. Nem vale a pena tentar identificar incoerências nos comunicados divulgados nos últimos dias. Infelizmente, nesse plano, não há lógica nem racionalidade. As medidas da CEDEAO, que viabilizaram a permanência de José Mário Vaz na presidência, após ter terminado o mandato, a nomeação do Governo de Aristides Gomes e as eleições presidenciais, também foram tomadas à revelia da Constituição e continham muitas contradições.
Do meu ponto de vista, a solução dos problemas da Guiné-Bissau passa pelos próprios guineenses. “Por mais quente que seja a água da fonte, ela não cozerá o teu arroz”, já tinha dito Amílcar Cabral. Os desafios desse país não são de natureza jurídico-constitucional, mas sim eminentemente político-institucional.
Os principais protagonistas políticos terão, pois, que sentar-se em torno de uma mesa de reconciliação nacional, em busca de acordos e consensos fundamentais, que lhes permitam refundar o estado, garantir a paz e a estabilidade, reconstruir o país, abrir os caboucos e lançar os alicerces do desenvolvimento político-institucional e económico.
O povo da Guiné-Bissau merece esse “sacrifício” da sua elite política.
Ex-primeiro-ministro de Cabo Verde

Visita à Guiné-Bissau
Tenho uma grande amizade e simpatia pelo povo da Guiné-Bissau.
Gosto do seu crioulo, da sua comida, da sua música, das suas gentes, da sua fina generosidade e sincera irmandade para com os caboverdianos. A tremenda beleza paisagística da Guiné-Bissau - o Arquipélago dos Bijagós (88 ilhas) é escandalosamente lindo - e a riqueza da biodiversidade são filões de ouro para o turismo.
Sempre que visitei aquele país irmão senti-me emocionado. Em vários momentos vieram-me lágrimas aos olhos e não pude conter a emoção por pisar o solo de uma das pátrias de Amílcar Cabral. Os guineenses consentiram enormes sacrifícios para a nossa libertação do jugo colonial.
É eterna, pois, a nossa gratidão.
O primeiro das ex-colónias portuguesas em África a ascender a independência (24 de Setembro de 1973), ainda antes da Revolução dos Cravos em Portugal.
Aliás, a luta armada de libertação da Guiné e Cabo Verde conduzida pelo PAIGC foi decisiva para a mobilização dos Capitães de Abril e para o derrube do regime salazarista.
Mas, desde a independência, a Guiné-Bissau nunca teve estabilidade. Golpes de Estado, assassinatos de adversários políticos, crises económicas e instabilidades governativas caracterizam o quotidiano da vida política naquele país vizinho.
As instituições são frágeis, não há nem tolerância nem paciência para o exercício sereno e estável do poder político em democracia. As Forças Armadas não são apolíticas e republicanas e interferem amiúde nos processos político-partidários e eleitorais.
As disputas políticas são uma questão de vida ou morte. Quem ganha ganha tudo, quem perde perde tudo.
Ninguém está disposto a fazer a penosa travessia do deserto na oposição. Quem perde começa a conspirar no dia seguinte para não ficar arredado da mesa do poder. Tudo é líquido. Desfazem-se alianças, conspira-se e derrubam-se governos. A Constituição não conta, serve tudo e o seu contrário, conforme os interesses interpretativos de cada um. O processo político é ilógico e irracional. Os atores políticos não se entendem, a violência grassa e os desacordos são irreconciliáveis.
Nos meus três mandatos como Primeiro Ministro, trabalhei com os Presidentes Kumba Yalá, Henrique Rosa, Malan Bacai Sanha, Nino Vieira, Raimundo Pereira, Serifo Nhamadjo e José Mário Vaz.
Perdi a conta dos Primeiros Ministros. Em Cabo Verde, recebi as visitas de Alamara Nhasé, Carlos Gomes Júnior e Domingos Simões Pereira. Fiz três visitas oficiais, duas nos mandatos de Carlos Gomes Júnior e uma no de Domingos Simões Pereira.
As perspetivas de cooperação sempre foram muito boas, mas a instabilidade política não permitiu que se fizesse nada.
Do meu ponto de vista, verifica-se um cansaço da comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau.
Há algumas semanas disse a um amigo que as instituições internacionais acabariam por reconhecer Umaru Sissoko Embaló e o status quo por ele criado.
Só assumiu o poder naquelas circunstâncias porque tem fortes cumplicidades e apoios no seio da CEDEAO. Logo após a divulgação dos resultados eleitorais provisórios, visitou vários países africanos, entre os quais Cabo Verde, para agradecer aos amigos o apoio concedido durante a campanha eleitoral.
Na sequência da posse “simbólica”, perante os seus apoiantes, fez visitas de Estado ao Senegal, Níger e Nigéria.
Para mim, conhecendo a forma como a CEDEAO funciona, o reconhecimento oficial de Umaru Sissoko Embaló era uma questão de tempo.
A comunidade internacional, a braços com a mais devastadora crise sanitária dos últimos cem anos, com graves consequências políticas, económicas e sociais, para além de cansada, já não tem tempo nem recursos para analisar e apoiar na resolução da questão da Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo.
A solução encontrada, como previra, foi deixar tudo como está para ver como é que fica.
Assim, foi sem surpresa que recebi as decisões da CEDEAO e de vários outros organismos internacionais e países. Nem vale a pena tentar identificar incoerências nos comunicados divulgados nos últimos dias. Infelizmente, nesse plano, não há lógica nem racionalidade. As medidas da CEDEAO, que viabilizaram a permanência de José Mário Vaz na presidência, após ter terminado o mandato, a nomeação do Governo de Aristides Gomes e as eleições presidenciais, também foram tomadas à revelia da Constituição e continham muitas contradições.
Do meu ponto de vista, a solução dos problemas da Guiné-Bissau passa pelos próprios guineenses. “Por mais quente que seja a água da fonte, ela não cozerá o teu arroz”, já tinha dito Amílcar Cabral. Os desafios desse país não são de natureza jurídico-constitucional, mas sim eminentemente político-institucional.
Os principais protagonistas políticos terão, pois, que sentar-se em torno de uma mesa de reconciliação nacional, em busca de acordos e consensos fundamentais, que lhes permitam refundar o estado, garantir a paz e a estabilidade, reconstruir o país, abrir os caboucos e lançar os alicerces do desenvolvimento político-institucional e económico.
O povo da Guiné-Bissau merece esse “sacrifício” da sua elite política.
OPINIÃO: A CEDEAO de Macky Sall e Mahamadou Issoufou morreu na Guiné-Bissau (por CERAS)
Fonte: SENENEWS
Este é um momento muito sério para a Guiné-Bissau, para a África, para os países de língua portuguesa e para todas as democracias!
Numa época em que todos os países do mundo enfrentam um único bloco, uma única nação contra a maior crise de saúde do século passado, a pandemia de CORONAVIRUS, que está ganhando terreno todos os dias no continente africano com a multiplicação de contaminação e morte, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) escolhe nesta quinta-feira 23/04/2020 para declarar o golpista Umaro Sissoco Embalo como Presidente da República da Guiné-Bissau, desprezando suas próprias prerrogativas, esmagando nossa soberania nacional e humilhando nossas mais altas instituições jurídicas nacionais, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Este Sybillin CEDEAO se tornaria uma ameaça democrática, cultural, linguística, social e institucional para a Guiné-Bissau devido à sua falta de imparcialidade?
Apesar das recomendações firmes da 33ª Cúpula Anual Ordinária, organizada pela União Africana e pela CEDEAO, realizada em Adis Abeba de 21 de janeiro a 10 de fevereiro de 2020 "Silenciar armas (tolerância zero diante dos golpes de Estado) é um compromisso para realizar as aspirações da Agenda 2063 da África, em particular a aspiração 4, que prevê uma África pacífica e segura, tornando assim a paz e a democracia uma realidade de desenvolvimento para o povo africano. "Ao assumir esta posição, a CEDEAO está indo na direção de legitimar um poder que é proclamado pela força, pela violência e é um grande revés para o que a África faz", disse Domingos Simões Pereira, Presidente. Vencedor do PAIGC das eleições legislativas de 2019.
Apesar das recomendações do Secretário-Geral das Nações Unidas, "No momento, um processo está em andamento na Guiné-Bissau e aguardamos com calma os resultados para que o processo eleitoral possa ser concluído. É por isso que as Nações Unidas não tomarão nenhuma iniciativa por enquanto, enquanto se aguarda a decisão final ". Ao contrário da declaração do Ministério das Relações Exteriores da França, que afirma esperar os resultados finais da mais alta jurisdição do país, o Supremo Tribunal de Justiça (SJT).
Ao contrário das recentes declarações do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, que requerem tempo devido à grave situação prioritária na COVID 19, que exige um surto nacional de todo o povo e condições de segurança ainda difíceis dos vários órgãos institucionais do país. . Você ignorou a ausência de uma decisão final do Supremo Tribunal de Justiça em nosso país sobre os recursos interpostos pelo Sr. Domingos Simões Pereira, que denuncia fraude durante a votação e solicita uma recontagem das votações por um mecanismo legal, l 'autorização.
Como você sabe, uma vez que um candidato apelou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) contestando os resultados com evidências de irregularidades manifestas, qualquer declaração da CNE torna-se suspensiva até a decisão judicial final de nossa mais alto tribunal.
Apesar do apelo dos principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau para uma resolução da crise com base na lei e na constituição do país, enfatizando a importância de uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o recurso em disputas eleitorais conhecidas.
Hoje devido às contradições recorrentes da CEDEAO desde o início do processo eleitoral, incluindo o apoio ao golpe de estado dos presidentes do Senegal, Níger, Nigéria, Gâmbia e Congo, o povo da Guiné Bissau tem o direito de denunciar as manipulações político-étnicas e a óbvia parcialidade da CEDEAO, que são contrárias ao Protocolo Adicional sobre democracia, boa governança e vigilância dos processos eleitorais com toda a imparcialidade, estabelecido pelo Tratado de Lagos em 28/05/1975. Este protocolo confere à CEDEAO obrigações "de garantir a imparcialidade, transparência e credibilidade dos processos eleitorais". Você fracassou em sua missão na Guiné-Bissau e, de fato, perdeu toda a credibilidade por ousar formular uma declaração tão sibilina e enigmática, cujo único objetivo é vender todos os recursos da Guiné-Bissau a grupos da máfia e do narcotráfico, incluindo Umaro Sissoco é o representante de vendas ideal. Você acabou de assinar sua morte iminente na República da Guiné-Bissau! Você se desacreditou!
Povo da Guiné-Bissau! Levante-se! Devido à soberania do povo guineense de Bissau, a soberania da lei garantida pelo Supremo Tribunal de Justiça são as duas bases fundamentais nas quais nossa República se baseia. Contrariamente às recomendações da CEDEAO, o povo da Guiné-Bissau não pode trabalhar com um candidato que chegou ao poder por armas e, portanto, por golpe. Como podemos visualizar grandes projetos nacionais em um ambiente inconstitucional?
Tivemos 11 anos de luta armada para ganhar nossa independência para ser hoje dependente da colonização ou subordinação moderna de qualquer país ou organização etno-religiosa sub-regional? Não chegou a hora de renunciarmos à nossa participação na área da UEMOA da CEDEAO, contratada em 5 de março de 1997 durante a conferência de Chefes de Estado realizada em Ouagadougou? Chegou a altura de a Guiné-Bissau reforçar a sua identidade de língua portuguesa emergindo da subordinação ditatorial e humilhante da CEDEAO. Levante-se Pessoas da Guiné-Bissau!
Com este golpe, estamos cientes de que perderemos nossa identidade cultural, social e com o trio de seguidores de Macky Sall - Mahamadou Issoufou - Umaro Sissoco Embalo da invasão e subordinação de Peulh, "fulanismo sub-regional"?
Você sabia que os ditadores modernos são ótimos apenas porque as pessoas permanecem de joelhos e em silêncio? Não! Vamos nos unir para registrar uma queixa contra a CEDEAO junto ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia!
Temos que vender nosso país, nossa República, porque algumas pessoas não querem ver Domingos Simões Pereira legal e democraticamente acessar a Presidência da República da Guiné-Bissau?
Levante-se Pessoas da Guiné-Bissau! A CEDEAO de Macky Sall e Mahamadou Issoufou está morta na Guiné-Bissau!
Este é um momento muito sério para a Guiné-Bissau, para a África, para os países de língua portuguesa e para todas as democracias!
Numa época em que todos os países do mundo enfrentam um único bloco, uma única nação contra a maior crise de saúde do século passado, a pandemia de CORONAVIRUS, que está ganhando terreno todos os dias no continente africano com a multiplicação de contaminação e morte, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) escolhe nesta quinta-feira 23/04/2020 para declarar o golpista Umaro Sissoco Embalo como Presidente da República da Guiné-Bissau, desprezando suas próprias prerrogativas, esmagando nossa soberania nacional e humilhando nossas mais altas instituições jurídicas nacionais, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Este Sybillin CEDEAO se tornaria uma ameaça democrática, cultural, linguística, social e institucional para a Guiné-Bissau devido à sua falta de imparcialidade?
Apesar das recomendações firmes da 33ª Cúpula Anual Ordinária, organizada pela União Africana e pela CEDEAO, realizada em Adis Abeba de 21 de janeiro a 10 de fevereiro de 2020 "Silenciar armas (tolerância zero diante dos golpes de Estado) é um compromisso para realizar as aspirações da Agenda 2063 da África, em particular a aspiração 4, que prevê uma África pacífica e segura, tornando assim a paz e a democracia uma realidade de desenvolvimento para o povo africano. "Ao assumir esta posição, a CEDEAO está indo na direção de legitimar um poder que é proclamado pela força, pela violência e é um grande revés para o que a África faz", disse Domingos Simões Pereira, Presidente. Vencedor do PAIGC das eleições legislativas de 2019.
Apesar das recomendações do Secretário-Geral das Nações Unidas, "No momento, um processo está em andamento na Guiné-Bissau e aguardamos com calma os resultados para que o processo eleitoral possa ser concluído. É por isso que as Nações Unidas não tomarão nenhuma iniciativa por enquanto, enquanto se aguarda a decisão final ". Ao contrário da declaração do Ministério das Relações Exteriores da França, que afirma esperar os resultados finais da mais alta jurisdição do país, o Supremo Tribunal de Justiça (SJT).
Ao contrário das recentes declarações do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, que requerem tempo devido à grave situação prioritária na COVID 19, que exige um surto nacional de todo o povo e condições de segurança ainda difíceis dos vários órgãos institucionais do país. . Você ignorou a ausência de uma decisão final do Supremo Tribunal de Justiça em nosso país sobre os recursos interpostos pelo Sr. Domingos Simões Pereira, que denuncia fraude durante a votação e solicita uma recontagem das votações por um mecanismo legal, l 'autorização.
Como você sabe, uma vez que um candidato apelou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) contestando os resultados com evidências de irregularidades manifestas, qualquer declaração da CNE torna-se suspensiva até a decisão judicial final de nossa mais alto tribunal.
Apesar do apelo dos principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau para uma resolução da crise com base na lei e na constituição do país, enfatizando a importância de uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o recurso em disputas eleitorais conhecidas.
Hoje devido às contradições recorrentes da CEDEAO desde o início do processo eleitoral, incluindo o apoio ao golpe de estado dos presidentes do Senegal, Níger, Nigéria, Gâmbia e Congo, o povo da Guiné Bissau tem o direito de denunciar as manipulações político-étnicas e a óbvia parcialidade da CEDEAO, que são contrárias ao Protocolo Adicional sobre democracia, boa governança e vigilância dos processos eleitorais com toda a imparcialidade, estabelecido pelo Tratado de Lagos em 28/05/1975. Este protocolo confere à CEDEAO obrigações "de garantir a imparcialidade, transparência e credibilidade dos processos eleitorais". Você fracassou em sua missão na Guiné-Bissau e, de fato, perdeu toda a credibilidade por ousar formular uma declaração tão sibilina e enigmática, cujo único objetivo é vender todos os recursos da Guiné-Bissau a grupos da máfia e do narcotráfico, incluindo Umaro Sissoco é o representante de vendas ideal. Você acabou de assinar sua morte iminente na República da Guiné-Bissau! Você se desacreditou!
Povo da Guiné-Bissau! Levante-se! Devido à soberania do povo guineense de Bissau, a soberania da lei garantida pelo Supremo Tribunal de Justiça são as duas bases fundamentais nas quais nossa República se baseia. Contrariamente às recomendações da CEDEAO, o povo da Guiné-Bissau não pode trabalhar com um candidato que chegou ao poder por armas e, portanto, por golpe. Como podemos visualizar grandes projetos nacionais em um ambiente inconstitucional?
Tivemos 11 anos de luta armada para ganhar nossa independência para ser hoje dependente da colonização ou subordinação moderna de qualquer país ou organização etno-religiosa sub-regional? Não chegou a hora de renunciarmos à nossa participação na área da UEMOA da CEDEAO, contratada em 5 de março de 1997 durante a conferência de Chefes de Estado realizada em Ouagadougou? Chegou a altura de a Guiné-Bissau reforçar a sua identidade de língua portuguesa emergindo da subordinação ditatorial e humilhante da CEDEAO. Levante-se Pessoas da Guiné-Bissau!
Com este golpe, estamos cientes de que perderemos nossa identidade cultural, social e com o trio de seguidores de Macky Sall - Mahamadou Issoufou - Umaro Sissoco Embalo da invasão e subordinação de Peulh, "fulanismo sub-regional"?
Você sabia que os ditadores modernos são ótimos apenas porque as pessoas permanecem de joelhos e em silêncio? Não! Vamos nos unir para registrar uma queixa contra a CEDEAO junto ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia!
Temos que vender nosso país, nossa República, porque algumas pessoas não querem ver Domingos Simões Pereira legal e democraticamente acessar a Presidência da República da Guiné-Bissau?
Levante-se Pessoas da Guiné-Bissau! A CEDEAO de Macky Sall e Mahamadou Issoufou está morta na Guiné-Bissau!
domingo, 26 de abril de 2020
COVID-19/GUINÉ-BISSAU - Registada primeira morte no país

BION NANTCHONGO, Comissário geral da polícia de Ordem Pública, foi a primeira vítima mortal por Covid-19 (SARS-2) na Guiné-Bissau.
O oficial general deu entrada no hospital Simão Mendes na passada sexta-feira, tendo morrido ontem, sábado. À família enlutada o editor do DC envia o seu mais profundo pesar. AAS
sábado, 25 de abril de 2020
TRÁFICO DE DROGAS: DENÚNCIA
O Ministério do Interior expulsou esta manhã os agentes da PJ e dos tribunais quando estavam a fazer diligências na casa de um dos condenados na "Operação Navarra" (mais de 2 toneladas de cocaína) no Bairro de Hafia.
Antes de 27 de Fevereiro, a PJ e os tribunais sempre trabalharam nesse prédio. Hoje, mandaram homens da PIR para expulsar PJ e os oficiais do tribunal.
Antes de 27 de Fevereiro, a PJ e os tribunais sempre trabalharam nesse prédio. Hoje, mandaram homens da PIR para expulsar PJ e os oficiais do tribunal.
ONU SOBRE A GUINÉ-BISSAU
Declaração atribuível ao Porta-voz do Secretário-Geral da ONU sobre a Guiné-Bissau
O Secretário-Geral toma nota da decisão da Autoridade de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), no dia 22 de abril, de reconhecer Úmaro Sissoco Embaló como vencedor das eleições presidenciais de dezembro de 2019 na Guiné-Bissau.
O Secretário-Geral encoraja todos os atores da Guiné-Bissau a trabalharem de maneira inclusiva e construtiva na implementação das decisões relevantes da CEDEAO, particularmente no que diz respeito à nomeação de um Primeiro Ministro e à formação de um novo Governo, em total conformidade com a Constituição, e tendo em conta os resultados da as eleições legislativas de março de 2019.
O Secretário-Geral reitera o compromisso das Nações Unidas de continuar a acompanhar os guineenses nos seus esforços para consolidar a paz, a democracia e o desenvolvimento sustentável.
Stephane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral
Nova York, 24 de abril de 2020
https://www.un.org/sg/en/content/sg/statement/2020-04-24/statement-attributable-the-spokesman-for-the-secretary-general-guinea-bissau
O Secretário-Geral toma nota da decisão da Autoridade de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), no dia 22 de abril, de reconhecer Úmaro Sissoco Embaló como vencedor das eleições presidenciais de dezembro de 2019 na Guiné-Bissau.
O Secretário-Geral encoraja todos os atores da Guiné-Bissau a trabalharem de maneira inclusiva e construtiva na implementação das decisões relevantes da CEDEAO, particularmente no que diz respeito à nomeação de um Primeiro Ministro e à formação de um novo Governo, em total conformidade com a Constituição, e tendo em conta os resultados da as eleições legislativas de março de 2019.
O Secretário-Geral reitera o compromisso das Nações Unidas de continuar a acompanhar os guineenses nos seus esforços para consolidar a paz, a democracia e o desenvolvimento sustentável.
Stephane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral
Nova York, 24 de abril de 2020
https://www.un.org/sg/en/content/sg/statement/2020-04-24/statement-attributable-the-spokesman-for-the-secretary-general-guinea-bissau
sexta-feira, 24 de abril de 2020
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O meu desejo é que possas brilhar no maior palco do futebol mundial. Boa sorte!
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Um dos implicados algemado pela policoa