quarta-feira, 30 de junho de 2021

Ex-presidente do STJ nega que esteja acusado de corrupção

 FONTE: DEUTSCHE WELLE


O ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau, Paulo Sanhá, desmente a Procuradoria-Geral da República (PGR) e esclarece que em nenhum momento foi ouvido pelo Ministério Público (MP) no âmbito da suposta prática de crimes de corrupção e de peculato.

Após a sua audição em 22 de junho, o MP terá aplicado a Paulo Sanhá medidas de coação de termo de identidade e residência e obrigação de permanência no país. Na altura, o MP fez saber que o juiz é suspeito de vários crimes, incluindo corrupção e peculato.

Em nota de esclarecimento enviada à DW África, nesta quarta-feira (30.06), Paulo Sanhá diz que foi prestar declarações na sequência de uma denúncia de prática de abuso de poder, por parte de um funcionário por si demitido.

"O dito denunciante, na sua suposta denúncia, também não consta, mas sim alegara que eu teria cometido abuso de poder, denegação de justiça e prevaricação ao demiti-lo das funções de Diretor de Serviço dos Recursos Humanos, e o crime de administração danosa", esclarece o ex-presidente da instância máxima da justiça da Guiné-Bissau.

"Judicialmente, todos esses supostos crimes que ele me imputa não têm nada a ver com os crimes de corrupção e peculato e nem são idênticos", acrescentou.

Segundo o jurista guineense Fransual Dias, a audição de Paulo Sanhá deveria ocorrer nas instâncias judiciais próprias.

DW África: Como vê este imbróglio que envolve duas entidades máximas da Justiça guineense?

Fransual Dias (FD): É alarmante, porque deveriam ser pessoas com ética inabalável. Quando é a própria autoridade moral das autoridades máximas, das magistraturas judiciais, que está em causa, o que nós podemos esperar é que a Justiça faça algo. É preciso uma intervenção urgente para remodelar todo o quadro que orienta o funcionamento dos tribunais.

DW África: Vários dos seus colegas juízes estão a pedir a demissão do procurador-geral por estar a ser investigado e acusado de corrupção. Acha que Fernando Gomes não tem condições para continuar?

FD: O Procurador-Geral deve ser demitido do exercício das suas funções, porque a função da magistratura é regida por um conjunto de princípios, como a objetividade, parcialidade e isenção. Quando o procurador-geral é objeto de um processo-crime, desde logo compromete a sua própria autoridade ao conduzir o Ministério Público.

DW África: Deveria apresentar-se na Justiça?

FD: Ele poderá perturbar os elementos que constam da sua acusação e eventualmente permitir que se possa ilibar de responsabilidade criminal. 

DW África: Mas ele alega que foi chamado para um tribunal que não tem competência para tal.

FD: O tribunal competente para julgar um procurador-geral da República é o Supremo Tribunal de Justiça. Há aqui uma incompetência do próprio tribunal regional, mas por razões que desconhecemos o processo continua lá. A sua pergunta pode ter alguma lógica, porque podemos não estar perante uma questão de justiça, mas perante uma questão de política. Na verdade, mesmo o próprio Conselho Superior da Magistratura Judicial deveria intervir para alertar o próprio tribunal regional de que não é competente para julgar o procurador-geral.

DW África: Será que o Ministério Público cumpriu a lei no caso da audição do antigo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá?

FD: Também há uma violação da lei. A lei é clara no estatuto dos magistrados judiciais: mesmo um juiz aposentado continua a beneficiar do direito a um fórum judicial e não comparecer perante qualquer autoridade sem o consentimento do Conselho Superior da Magistratura Judicial. A Procuradoria-Geral da República deveria pedir a audição do Paulo Sanhá ao Conselho Superior da Magistratura, ou seja, ele continua a beneficiar do direito a um fórum judicial.

Pedido de ajuda

 AJUDA URGENTE


O grande temporal que passou pela Guiné Bissau arrancou o telhado da escola de Dulombi.


Arrancadas como folhas de papel, as chapas de zinco desapareceram, levando consigo as vigas de palmeira que as sustentavam.


Os alunos que ainda não terminaram as aulas estão neste momento a utilizar o jardim de infância para os exames de final de ano, mas as chuvas de junho e julho, podem fazer desabar as paredes da escola.


Desta forma, vimos pedir a vossa ajuda para a reconstrução do telhado da escola. 



Fizemos um levantamento de necessidades e precisamos de cerca de 1500 euros para reconstruir a escola.


Há várias formas de ajudar.



A compra dos livros das "histórias ao quadrado" é uma dessas formas. Cada livro ajuda com 5 euros para a reconstrução da escola.


Info:


missaodulombi@gmail.com

historiasaoquadrado@gmail.com


WhatsApp: 911019706


Ajudem-nos a reconstruir a escola de Dulombi.


Muito obrigado.

OPINIÃO: NÃO SOMOS TODOS CULPADOS











Por: Nelvina Barreto


O propósito de generalizar a crença de que somos todos culpados pela degradação do nosso Estado, é retirar a responsabilidade aos verdadeiros protagonistas do desastre de décadas de má governação. 


Não, não somos todos culpados!


Não são culpados aqueles que todos os dias, labutam honestamente para levar o pão às suas famílias, recebendo em troca um salário miserável. 


Não o são também, os que num ambiente em que a corrupção é premiada, tentam diariamente, cumprir com zelo e dignidade, as tarefas de que estão incumbidos. 


Muito menos culpados são as crianças, jovens, mulheres e homens, que sofrem por falta de escola, de saúde, de comida e de trabalho.


O discurso de que somos todos culpados, alimenta a impunidade e a ausência de justiça. Favorece a continuação da predação do bem público, a desorganização institucionalizada, permite a manutenção dos abusos de poder e de injustiças de toda a espécie. 


Impede ainda a responsabilização dos autores de crimes ambientais, económicos e sociais, que há muitos anos, sem remorso nem pudor, têm empobrecido a Guiné-Bissau e a sua população. 


Os advogados desta teoria da culpabilidade colectiva, são cúmplices dos que nos enganam com camisolas, cadeiras, zinco e quinquilharias, em troca do nosso voto. 


Os culpados da desgraça da Guiné-Bissau, são aqueles com nomes, cargos, patentes e rostos bem conhecidos.


Não! Não somos todos culpados!


Bissau, 30 de Junho 2021

WANEP agradece ao Candidato Presidencial DSP pela contribuição no bom clima pós-eleitoral de 2020

 

O Presidente do PAIGC manteve hoje no seu Gabinete um encontro com o Encarregado do Programa de Monitoramento Eleitoral da Rede Sub-regional para a Paz, WANEP, o beninense  Romaric Houdou Samson.  

Durante o encontro,  Samson transmitiu, em nome da sua organização, os seus agradecimentos ao Eng. Domingos Simões Pereira, que, enquanto candidato as Presidenciais e Líder do maior partido político na Guiné-Bissau,  "contribuiu para que não tivesse havido incidentes, típicos do período pós-eleitiral  no continente africano e, sobretudo, quando estamos perante reclamações quanto a transparência do Resultado".

"A Guiné-Bissau é  um dos bons exemplos de as Eleições terem culminado com acalmia, pese embora a contestação dos resultados que levou a interposição de um recurso junto do STP. E isso, em parte, isto se deveu ao leadership do Presente do PAIGC, na gestão dos seus militantes e apoiantes em observarem a Lei", sublinhou este Responsável do WANEP.

Por seu lado, DSP agradeceu o gesto, não deixando de exortar ao WANEP, a CI bem como outros actores implicados na observação, quer Internacional, quer doméstica, o seguinte: "Que, doravante, a observação não se limite ao acto eleitoral, devendo cobrir todas as etapas ( recenseamento , votação e apuramento dos dados)".

A WANEP é  umas organizações vocacionadas no apoio a observação  doméstica das Eleições na nossa sub-região. Intervém em 11 países e conta com cerca de 200 observadores. Dispõe há cerca de 20 anos de uma representação na Guiné-Bissau.

Jato particular do Caribe para o Congo interceptado nas Ilhas Canárias com US $ 524 milhões

 FONTE: LE CONGOLAIS

Uma aeronave do tipo Gulfstream G450 registrada nas Ilhas Coca E5 DHJ que fazia a ligação entre as Ilhas Cayman e o Congo foi apreendida pelas autoridades do aeroporto de Arecife, nas Ilhas Canárias, na Espanha, por tráfico ilegal de moeda americana. Na busca do aparelho, a Guarda Civil Espanhola apurou a soma de US $ 524 milhões no valor de 100. a tripulação foi presa e deve ser extraditada para os EUA a pedido de um juiz estadual da Flórida.

Foram os serviços de espionagem dos Estados Unidos que alertaram os espanhóis do voo sobre o seu espaço aéreo deste avião e da sua escala técnica nas Ilhas Canárias. A aeronave decolou das Ilhas Cayman e parou em Havana, Cuba, antes de continuar seu vôo.

Os três tripulantes de origem italiana detidos teriam dito, segundo fontes aeroportuárias, que apenas foram contactados por um intermediário francês para o aluguer da aeronave e desconheciam totalmente o conteúdo da bagagem.

Os serviços americanos suspeitam que esse dinheiro venha do tráfico ou apropriação indébita. O único passageiro francês neste vôo teria estado em contato com cartéis mexicanos do crime organizado por anos. Ele seria um (testafero) nomeado para traficantes e também ditadores africanos.

Os investigadores querem entender por que este avião estava indo para o Congo Brazzaville e se as autoridades deste país têm um vínculo com esse dinheiro. Mais de $ 524 milhões foram apreendidos.

Diversas autoridades congolesas têm contas bancárias offshore no Caribe estimadas em bilhões de dólares, principalmente resultantes do desvio de dinheiro público e da venda ilegal de recursos naturais. Pode ser que, devido ao rastreamento das transferências bancárias, os proprietários tenham preferido repatriar esse dinheiro por esse método.

Perguntar não ofende

 


segunda-feira, 28 de junho de 2021

FAKE NEWS - MENTIRA

 O Muniro NÃO escreveu isto:


Ninguém percebe

O nosso petróleo em negócios alheios.

Ler a notícia completa AQUI




Turcos kuma barco na bin constipa

 


FACTO: Um governo ladrão NÃO merece sentar-se à mesa com o Banco Mundial e menos ainda com o FMI. Guiné-Bissau à porta da bancarrota. AAS


Tráfico internacional de drogas: A apreensão impressionante da Marinha do Senegal

 FONTE: SENENEWS


Mais drogas apreendidas. De acordo com um comunicado da Direcção de Informação e Relações Públicas (DIRPA), na noite de 26 a 27 de junho de 2021, a Marinha Francesa foi informada, no âmbito do sistema internacional de luta contra a droga, da presença de fora de nossas águas de um navio sem bandeira nacional transportando drogas.


“O patrulheiro“ Kedougou ”que se encontrava no mar no âmbito das suas missões de vigilância das nossas águas territoriais, a lancha“ Lac Retba ”e uma equipa das Forças Especiais da Marinha procederam à interceptação do navio no dia 27 de junho em 9 : 30 am a 130 milhas náuticas (240 kms) da costa senegalesa. Com uma tripulação de três pessoas de nacionalidade estrangeira, o navio transporta uma grande quantidade de haxixe. Ele está a caminho da base naval do almirante Faye Gassama, onde sua chegada está prevista para 28 de junho de 2021 ″, disse o comunicado.

De acordo com a Dirpa, de acordo com o protocolo, os testes serão realizados pelos serviços da Divisão de Polícia Científica na presença do Gabinete Central de Repressão ao Tráfico de Drogas (OCRITIS) da Polícia Nacional, unidade contentor misto controle e subdivisão marítima das Alfândegas, Gendarmaria Nacional e Marinha Nacional.

Recorde-se que na noite de 05 a 06 de junho de 2021, a Marinha Nacional do Senegal apreendeu uma grande quantidade de haxixe (8,3 toneladas toneladas) a 140 km de Dakar.

domingo, 27 de junho de 2021

"DSP-Mania" em Quisseth: ANCIÃOS DE BIOMBO CHAMAM MAIS UMA VEZ O SEU LÍDER


Está a tornar-se numa espécie de "DSP-mania" a fama e a idolatria ao Presidente do PAIGC. Todo o povo guineense que ter o Líder do PAIGC por perto, para lhe dar afecto e transmitir o seu carisma.

Depois de Farim, na semana passada, é Biombo, concretamente Quisseth, que "clamou pela visita do seu Líder". O convite veio do Regulo local mas todo o povoado saiu a rua para dar boas vindas ao Eng. Domingos Simões Pereira. Uma autêntica romaria, da entrada da tabanca para o local do encontro com a comunidade local.

Esta é  a terceira  visita do DSP a Região de Biombo, eleitorado  bastião do PAIGC. E "a terceira não vai ser de vez"...Continuam a chover  convites para o Líder visitar aquele conclave e "ficar cada vez mais perto do seu povo". 

Estamos perante  os primeiros contactos do DSP nesta sua reentrée política, após cerca de um Ano de fora do país. Pelo que se vê, "DSP-Mania" ganha força e influência cada vez que o Presidente do PAIGC sai de Bissau!

Texto de Muniro Conte é  com ilustração  fotográfica  de Nhossam Victor da Silva

Conselho Nacional da UDEMU vota, por unanimidade, moção de confiança ao DSP

 




A VII Reunião do Comité Executivo da UDEMU,  alargado ao Conselho Nacional desta organização de massas do PAIGC, renovou durante a sua Sessão Ordinária, realizada  hoje, a sua confiança ao Presidente do Partido, Camarada Eng. Domingos Simões Pereira. Esta confiança foi expressa na base  de uma moção votada por unanimidade dos membros presentes. 

Neste encontro que juntou mais de 200 delegados, a UDEMU votou igualmente uma moção de Solidariedade para com os activistas na Diáspora, que, comungando com os ideais do PAIGC, têm desenvolvido  acções relevantes em defesa  da Democracia na Guiné-Bissau.

sábado, 26 de junho de 2021

DSP sobre o papel das instituições

Ver vídeo AQUI


AC COVID-19 vs números

O Alto Comissariado (AC) para Covid19 realizou (ontem, 25/06) o balanço de um ano de "combate" da Pandemia na Guiné-Bissau.


Algumas questões não saíram da minha cabeça:


- O AC recebeu 4.237,862,573 fcfa (4 BILHÕES...), 74,13% destes recursos foram disponibilizados pelo Governo da Guiné-Bissau, ou seja, dinheiro PÚBLICO;

- AC gastou 3.125,376,867 (3 BILHÕES...), 85,94% dos recursos recebidos para pagar os subsídios da seus agentes;

- AC reduziu a testagem doméstica (agora faz mais para viajantes) por causa da greve no Ministério da Saúde, ou seja, por falta de agentes;

- A Covid19 teve 69 vítimas mortais na Guiné-Bissau;


Como um órgão de combate à Pandemia pode gastar 85,94% dos seus recursos nos subsídios, não nas medidas de prevenção e combate?


O AC existe em função dos subsídios ou em função da Covid19?


Como o AC investe mais de 3 BILHÕES de FCFA em subsídios dos seus agentes e ainda depende do pessoal do Ministério da Saúde para testagem doméstica? Quem foi beneficiado com este subsídio bilionário? Quantas pessoas foram? Quanto receberam?


Não tenho dados de vítimas da malária/paludismo na Guiné-Bissau, mas, duvido que não seja superior a 69 pessoas anualmente. Quanto o governo investe (iu) nestas doenças?


Obs: Publiquei um artigo nesta rede explicando como poderíamos ter vacinado TODOS os Guineenses (inclusive no estrangeiro) só com 3 BILHÕES de FCFA. Mas o combate a Covid19 não é o nosso foco. O Coronavírus é um negócio bilionário na Guiné-Bissau. Combate-lo é combater os subsídios. 


Magno Da Costa

Bissau, 26/06/2021

GREVE - UNTG ACENA COM MAIS 30 DIAS: A UNTG entregou um pré-aviso de greve que começa no dia 1 e estende-se pelos 30 dias seguintes. "Insensibilidade" para com as exigências dos trabalhadores, diz a central sindical. AAS


DSP não permitirá que os seus direitos sejam violados

 FONTE: CNEWS






sexta-feira, 25 de junho de 2021

Guiné-Bissau deve ou não adotar um regime presidencialista?

 FONTE: DEUTSCHE WELLE


O Presidente Umaro Sissoco Embaló quer instalar um regime presidencialista na Guiné-Bissau, mas juristas e cidadãos reprovam a ideia e alertam para o "perigo" de concentrar poderes numa única entidade.

Desde que Umaro Sissoco Embaló chegou ao poder, há mais de um ano, o assunto do sistema de governação tem sido tema de debate em diferentes momentos. O chefe de Estado não esconde a sua preferência pelo sistema presidencialista, um regime político em vigor na maioria dos países da África Ocidental, mas que tem desvantagens.

Ao reportar aos jornalistas as recomendações da última Conferência dos Chefes de Estados e de Governos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que teve lugar na capital do Gana, Accra, o Presidente Umaro Sissoco Embaló afirmou, no sábado (19.06), que os estadistas da sub-região recomendaram a revisão da Constituição guineense e a sua adaptação às dos países da zona.

"Falamos também da revisão constitucional na Guiné-Bissau e entendemos que é imperativo que haja a revisão constitucional adaptada à nossa sub-região. Brevemente, virão técnicos e grandes constitucionalistas da zona, para se sentarem com os juristas, para ver e discutir o sistema melhor. E o sistema que todo o mundo quer é o sistema da zona", disse.

Cabo Verde, um regime semipresidencialista

Luís Vaz Martins duvida das declarações do Presidente da República e afirma que não compete à CEDEAO promover a revisão da Constituição guineense.

"Mesmo admitindo, sem consentir, que isso fosse uma preocupação da CEDEAO, que não me parece ser, a CEDEAO não tem [...] prerrogativas para impor um sistema à Guiné-Bissau, mesmo que a esmagadora maioria dos países da CEDEAO tenha como vivência o presidencialismo", sublinhou.

"Nós temos um exemplo aqui perto, também da CEDEAO, onde o semipresidencialismo funciona perfeitamente. Refiro-me a Cabo Verde, que é uma questão da cultura democrática", exemplificou.

Desde 1994, ano em que foram realizadas as primeiras eleições multipartidárias na Guiné-Bissau, nenhum Governo completou a legislatura de quatro anos e só uma vez um Presidente da República terminou o mandato de cinco anos, sem qualquer sublevação - foi José Mário Vaz.

Os conflitos entre o Presidente e o primeiro-ministro do país são persistentes, o que tem levado a Guiné-Bissau a mergulhar em crises institucionais, por muitos associadas às "lacunas e imprecisões" da Constituição.

É preciso rever a Constituição?

Para Cabi Sanhá, a Constituição da República deveria ser revista, mas o jurista discorda da mudança de sistema.

"Há toda a necessidade da revisão da nossa Constituição, porque é uma Constituição desatualizada e desadequada à realidade atual. Se formos dar um passeio no interior da própria Constituição, vamos constatar muitas lacunas e incongruências. Não quer significar, naturalmente, que essa revisão terá necessariamente que incidir na mudança do sistema do Governo, de semipresidencialismo para o presidencialismo", frisou.

"Modestamente, não acho que o problema da Guiné-Bissau resida nesta perspetiva. Este sistema [semipresidencialismo] funciona e muito bem em vários países do mundo e um exemplo paradigmático é Cabo Verde, em que funciona com toda a naturalidade", indicou.

Recentemente, os deputados da Assembleia Nacional Popular (ANP) rejeitaram agendar para debate o projeto da Constituição da República recomendado por Umaro Sissoco Embaló, que chegou a afirmar que só a lei magna que ele recomendou será aplicada.

Segundo o jornalista guineense Lassana Camará, os constantes problemas da Guiné-Bissau estão assentes nas pessoas e não na Constituição da República.

"Todas as constituições do mundo não são perfeitas. Cada constituição tem o seu problema e o grande problema é respeitar exatamente o que lá está escrito. O problema aqui são as instituições da República. [É preciso] cada um respeitar a baliza que a própria Constituição lhe dá. Para mim, o sistema não é o problema, mas sim as pessoas que não respeitam as regras impostas pela própria Constituição", opina.

A revisão constitucional parece não ser o problema, já que vários juristas concordam com alterações pontuais, mas a eventual mudança do sistema semipresidencialista para presidencialista tem sido contestada por várias vozes.

Dívida está a tornar-se "insustentável"

 FONTE: DEUTSCHE WELLE


O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, João Mamadu Fadiá, confirmou esta sexta-feira (25.06) que o "stock" da dívida pública do país situa-se na ordem de 79% do Produto Interno Bruto (PIB), o que ultrapassa o teto máximo de 70% fixado pela União Económica Monetária da África Ocidental (UEMOA) e diz que a situação pode tonar-se insustentável.


"A situação é resultante das dívidas que o país foi contraindo, não obstante o alívio. Mas hoje, em boa verdade, esta situação está a caminhar para a insustentabilidade", disse o ministro das Finanças da Guiné-Bissau citado pela imprensa guineense.


O ministro diz que o Governo já está a negociar com o FMI e Banco Mundial para o financiamento de um programa alargado. "Não temos outras alternativas". 

JAAC REGIÃO CACHEU

 


FUNDAÇÃO CATARINA TABORDA ASSINA PROTOCOLOS

 






quinta-feira, 24 de junho de 2021

OPINIÃO: Umaru Embalo da Guiné-Bissau ou a arte de procurar brigas desnecessárias

Presidente Umaru Embalo da Guiné-Bissau e a sua atitude real dentro da CEDEAO acabarão, se nada não for feito, provocando um consenso de razão contra o nome aptamente.


É absolutamente lamentável que a este nível de responsabilidade, o Chefe de Estado da Guiné-Bissau não consiga controlar os seus impulsos juvenis na praça pública, cuide da sua língua e tenha em conta os hábitos de uma casa antiga como a CEDEAO que acabou de completar 46 anos no passado mês de maio. O Presidente Embalo fará 49 em breve.


Umaru Embalo deveria rever a sua forma frontal de perturbar a sua face, porque ele aborrece até mesmo os seus apoiantes mais taciturnos e precoces. Ele desacredita das suas crenças e arruina as suas chances de encontrar um acordo com os seus vizinhos e parceiros no interesse do seu país, a Guiné-Bissau. É óbvio que ele coloca todos os seus pares desconfortáveis ao redor da mesa da CEDEAO.


A Guiné-Bissau, um país em ruínas nas décadas de 1980 e 1990, deu um salto qualitativo em várias áreas após a sua adesão salutar, em 1997, ao Tratado da União Monetária da África Ocidental (Umoa) que rege o franco CFA de África do Oeste.


Subscrito em golpes e assassinatos políticos, este país estagnou e depois recuou diplomaticamente e socioeconómico. Então agora não é a altura de priorizar as inimizades do bairro. Um Chefe de Estado deve saber como manter a calma no interesse da Nação. A República não tem nada a ver com infantilidade ou mudanças de humor.


Na África, o direito de nascimento é um valor sacrossanto que relega ao fundo toda a lógica moral baseada no princípio de quem está certo e quem está errado. Umaru Embalo parece ter-se afastado dele, o que explica parcialmente as suas decepções.


Ele não ganha nada, nem para si mesmo, nem para a Guiné-Bissau, nem para a opinião pública ao desviar-se dos códigos e costumes diplomáticos e culturais. Pelo contrário, ao não jogar atrevimento, depois dois e nunca sem três anciãos que têm idade suficiente para ser seu pai, ele só acrescenta à lista dos seus inimigos. Até Emmanuel Macron, o presidente francês está silenciosamente à frente do seu ministro Le Driant, de idade e experiência respeitáveis.


Umaru Embalo deveria reconsiderar o tom e o conteúdo do seu discurso público que se derrama um pouco no estilo de dar lições; ele é jovem e o seu país é pequeno e em dificuldades notórias de todos os tipos. Geopoliticamente, não tem meios para sua auto-suficiência.


Ele beneficiaria se falar como estadista e não como colunista político, que dá a impressão ser. Ele também beneficiaria se focar as suas observações sobre fortes orientações para deixar espaço para os seus ministros e outros colaboradores fazerem o trabalho de campo, a montante e a jusante. Finalmente, que ele pare de desconstruir sua imagem como estadista em favor das críticas públicas menos gratificantes aos seus pares.


Umaru Embalo deveria finalmente aprender sobre a forma como os outros se comportam para um Estado-Membro da CEDEAO ainda mais pilantra do que o seu vizinho que fechou as suas fronteiras e note a este respeito, que a diplomacia boa ou má vizinha tem razões que a razão desconhece.


Falar sem observar as reações do outro é um erro que resulta da cegueira, parafrasear parcialmente o filósofo chinês Confúcio. O Presidente Umaro Embalo deveria meditar sobre a citação completa de Confúcio durante a sua participação nas sessões da CEDEAO, a saber: ′′ Temos de nos preocupar com três falhas: falar sem ser convidado, que é impertinência; não falar quando estamos lá. é convidado, que é ocultação; falar sem observar as reações do outro, que é a cegueira.′′


V.D.

PAIGC de luto

 





EXCLUSIVO DC/COSSÉ: Régulo imposto é amigo do Botche Candé

Botche Candé, ministro do Interior e o amigo (hoje régulo imposto em Cossé - com direito a gás lacrimogêneo e tudo) - na cidade Santa de Meca...

FOTO: DR/DC 2021


Toda a conversa telefónica (DC tem a gravação em áudio, na língua fula):


- Maudo: menino nunca foi regulo em Cossé, e também nao haverá pela primeira vez


Nhalim: Botché ligou pelo comandante da polícia e este falou lhe sobre o comportamento de Alfa Como como regulo dizendo que Alfa não respeita ninguém desde que assumiu o regulado de Cossé diminuiu a intervenção das autoridades,  modou vários chefes de tabanca ( djargas)


Maudo: está a ver nao tinha dito isso?


Nhalim: sim


Maudo: foi próprio polícia que lhe informou isso?


Nhalim: sim


Maudo: Amado quem nos atraiu, afinal nunca esteve connosco


Nhalim tu sabes que eu nao tenho ambição de nada, muitos colegas ja têm seus carros, mas eu nao, faço isso com a minha vontade, por isso deve ficar entre nós


Maudo: ok


Maudo: entao dá me um tempinho vemos tratar este assunto mesmo que seja uma viatura velha vou lhe arranjar uma, sabe que não gosto de mentir, viu esta semana já perdi muito dinheiro num valor de 6 milhões e quinhentos, isso não é nada fácil para mim, mas farei tudo para lhe agradar dentro de semanas


Maudo: hoje estavam ali junto com Mussa?


Nhalim: sim, eu Mussa, Tcherno, Calido, Fali, Amadu Candé e Botché Candé e já determinamos tudo nada vai alterar


Maudo : isso foi no local do tchoro?


Nhalim: sim, até Fali disse que o Mussa estava demasiadamente satisfeito


Maudo: sabe que o meu comportamento com Botché ajudou muito nesse processo?


Nhalim: sim


Maudo: ele falou de mim?


Nhalim: disse que Mussa e seu irmao têm grande respeito por mim, só que ouvi as pessoas dizeram que se empossamos Mussa vamos perder os nossos eleitores em Cossé,  e disse mesmo perdendo Mussa será regulo em Cossé. Ainda disse Botché que já  falou com Mussa de que qualquer chefe de tabanca que vier rejeitar ele como sendo regulo de Cossé que lhe retira aquele cargo


Maudo: eu tive questao com Botché muitas pessoas tinham dito para eu queixar ou denunciar dele nos órgãos de comunicação social,  mas nao liguei


Nhalim: ante de sua ida para Dubai Mussa tinha me dito que querias me ver, mas eu disse lhe que devias esperar depois falamos e marquei encontro com Botché primeiramente tinha rejeitado,  depois disse paraele que apoiaria um a pessoa que nunca lhe apoiou pense bem nisso, dias depois voltamos a encontrar desta vez tomou decisão aceitou minha propsta e ligou tcherno dizendo que Mussa será regulo, temos que chamar todos membros e movimentos, então foi tudo assim apartir de hoje Mussa é regulo de Cossé Alfa jamais será regulo e nenhuma atividade pode fazer ali se quiser que volte para Bissau com Iaia ou ficarem quietos ali


Maudo: Alfa nao tem direito de ser regulo de Cossé.  Ok obrigado irmão



DROGA - A WIKILEAKS já revelara as precupações do Aristides Gomes...

A carta do na altura Primeiro-Ministro Aristides Gomes é datada de novembro 2005:




PAIGC RENDE HOMENAGEM PÓSTUMA AO CAPITÃO ADÃO SAMBU

 


Falecido aos 84 anos, vítima de doença prolongada, este combatente da guerrilha continua a ser alvo de louvor e reconhecimento no seio dos militantes e dirigentes do PAIGC, que projetam render-lhe uma homenagem póstuma no dia 20 de Julho de 2021. 

Adão Sambu é  natural da Secção de Cudoco, Sector de Catio. Iniciou, como tropa na Base de Timbó, tendo progredido na carreira nas Bases de  Gã Salla, Cubisseco  e Forea, até a sua ascensão como Chefe de Pelotão. Antes de ser promovido as funções de Exército passou pela base Cubucaré , tendo se destacado na especialidade de Infantaria.

Nos primeiros da Independência, concretamente em 1976, Major Adão Sambu foi vítima de um acidente de viação que lhe deixou paraplégico, passando desde então a gozar do Estatuto de Combatente da Liberdade da Pátria. 

Adão Sambu faleceu aos 84 anos, deixando o legado de Combatente e de guerrilheiro tenaz e corajoso.

Nesta ocasião de homenagem póstuma, o PAIGC  e o seu Presidente Camarada Domingos Simões Pereira  associam-se, mais uma vez, a família, reiterando-a a sua solidariedade pelo desaparecimento físico do seu ente querido.

Bissau, 24 de Junho de 2021

O Secretariado Nacional

MODA - Bibas sustentável

 


quarta-feira, 23 de junho de 2021

DENÚNCIAS - País a saque

 




DE BERLIM COM AMOR: Dona Ana, uma mulher de raízes

FONTE: BERLINDA 

"Ana Cândida Correia Andrade Tavares Coelho de Mendonça (risos). É um nome grande, porque eu fiquei com o nome do pai, da mãe e do casamento. Normalmente, tira-se e fica-se com o do casamento, mas eu fiz questão de manter o meu nome todo”, diz Dona Ana.




Dois nomes e cinco sobrenomes são uma metáfora da ligação dessa senhora, nascida na Guiné-Bissau há 60 anos, com a sua história. “Mas a família e os amigos me chamam de Eta”, acrescenta. Ela elegeu Berlim seu lugar de morada, mas não esquece o lugar onde nasceu. É como uma árvore cheia de raízes.

Em um final de tarde de verão, nos encontramos na Katharinenstift, uma igreja católica que fica na Greifswalder Straße, no bairro de Prenzlauer Berg. O espaço, que vez ou outra Dona Ana frequenta para assistir às missas, agrega a Comunidade Católica de Língua Portuguesa em Berlim.

- Você não conhece? E uma igreja com missa em português. Tem um padre brasileiro, padre Tarcísio, que é mesmo muito bom. Vem gente da Guiné-Bissau, do Brasil, de Angola, de Moçambique e de Portugal. Em cada sábado do mês, uma das comunidades é responsável pela celebração.

No pátio da igreja, cercados por plantas e tranquilidade, conversamos por quase duas horas. Vestindo um casaco verde-água, que combinava com a vegetação do jardim, Dona Ana parecia familiarizada com aquele lugar. Aliás, família é um traço importante na vida dessa senhora simpática e cheia de entusiasmo.

Filha de Donana Correia e Alfredo Tavares, Dona Ana nasceu em Bigene, uma pequena cidade da Guiné-Bissau. Mas foi com as ilhas de Bijagós que construiu maior identificação. “É o paraíso guineense, com muitas praias”. Foi em uma das cidades do arquipélago, Bubaque, que cresceu e estudou. Antes de arrumar as malas e partir para o mundo, no entanto, Dona Ana morou na capital do país, Bissau.

- De lá, fui para Portugal. Primeiro para Lisboa, depois para Coimbra, onde fiz um curso técnico de análises clínicas e saúde pública. Depois, consegui trabalho em Portimão, no Algarve.

A passagem por Portugal foi como uma lufada de ar para se encher de coragem e ficar de vez na Europa. Era tempo de se mudar para a Alemanha.

Família e Berlim

Em cada um dos três países onde viveu, Dona Ana gerou frutos, consolidando sua passagem. O filho mais velho, Ricardo Alfredo, de 38 anos, nasceu na Guiné-Bissau. Luana Patrícia, hoje com 29, é portuguesa. A caçula, Désirée, de 22 anos, é alemã.

Numa dessas reviravoltas da vida, Dona Ana se separou do primeiro marido, pai do casal de filhos mais velhos, e mudou de país. Em 1994, armou-se de coragem e de fé no futuro e decidiu viver em Berlim, onde está há quase 25 anos.

- Primeiro, comecei a aprender a língua alemã. Mas, assim que fiz a língua, logo comecei a trabalhar. Não tive problema com isso. Fiz a tradução dos documentos, entreguei e deram-me equivalência.

Na Alemanha, ela também arrumou um novo amor. Seu Manuel, que sempre estivera na sua vida como amigo, estava para se tornar seu marido. “O nome dele, na verdade, é Manuel Coelho de Mendonça, mas toda gente só o conhece como Nhomba”.

Doutor em medicina veterinária pela Karl Marx Universität, em Leipzig, Nhomba é um homem apaixonado. Chapéu na cabeça, vestindo uma camisa jeans e bastante atencioso, ele se diz feliz ao lado da esposa. "Ela tem defeitos, como todos os seres humanos, mas tem também qualidades. Muitas".

Nhomba relembra uma canção que cantou para Dona Ana no dia do casamento. “Era uma música brasileira que dizia: ‘procurei em todas as mulheres a felicidade...’”. A canção, uma das mais populares do sambista Martinho da Vila, resume o sentimento de um homem devotado à mulher amada e termina com um verso que é pura declaração de amor: “você é tudo que um dia eu sonhei pra mim”.

Dona Ana reconhece que a presença de Nhomba foi sempre fundamental na sua vida na Alemanha. Ela conta que, assim que a filha do casal, Désirée, nasceu, foi ele quem assumiu grande parte dos cuidados com o bebê.




- Ele tinha horários flexíveis no trabalho e me ajudou muito, porque eu havia encontrado um emprego e estava ansiosa para trabalhar. O meu medo era não poder ser, na Alemanha, ativa como sempre fui.

Dona Ana confessa que o seu principal elo com Berlim está no marido e nos filhos. “Eu sou muito família. Está é a força para estar aqui. O ambiente familiar, além dos amigos que eu criei, ajuda”.

Para a técnica de análises clínicas, a integração ao mundo do trabalho sempre foi fundamental para se sentir em casa – na medida do possível – na cidade. Hoje, Dona Ana engrossa o grupo de profissionais da saúde, uma categoria muito valorizada na Alemanha. Há 18 anos, ela trabalha no requisitado laboratório IFLB, em Charlottenburg.

A guineense reconhece que as quase duas décadas e meia de vida no novo país moldaram seu jeito de ser:

- Uma coisa que eu acho muito interessante da minha vivência na Alemanha é a mistura da minha cultura, a cultura africana e portuguesa, que sempre está integrada a nós, e a alemã. Aqui, eles são práticos e não perdem tempo com pormenores. Essa mistura, em mim, fez-me hoje ser uma mulher mais solta, mais liberta e mais determinada.


- Meus pais já faleceram e praticamente todos os irmãos estão espalhados pelo mundo. A mais velha esteve muito tempo fora, viveu em Nova Iorque, e agora está em Portugal. A seguir sou eu, a segunda. A terceira, faleceu. O quarto é meu irmão, que está em Angola. Depois, tem um que vive na Guiné e trabalha na área de música. E tem uma, a mais nova, que está na Suíça.

As visitas ao continente africano e à Guiné-Bissau lhe permitem regar com a água do afeto a árvore familiar cujos galhos insistem em crescer e se espalhar.

- Em junho passado, casou-se uma sobrinha, filha de minha falecida irmã. Como naquele preciso momento não havia nenhum familiar por lá – porque o meu irmão que vive em Bissau estava em Portugal – deram-me apoio para eu ir ao casamento.

Claudia Cristina, a sobrinha em questão, é mãe da pequena Ayanna, de quase um ano de idade. A jovem vive em Bissau e trabalha no Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas. “Tê-la no meu casamento era o que eu mais queria. Foi uma surpresa linda”.

A sobrinha não esconde o carinho especial que nutre pela tia:

- Temos uma relação muito forte, mais do que tia e sobrinha. Ela esteve presente no meu parto e me amparou como uma mãe. Não tenho palavras para agradecer o carinho e a atenção que tem comigo e com a minha filha, que ela ama de paixão. Ela é uma mãe para mim e uma avó “babada” para a minha filha.

Em Dona Ana, aliás, a ligação com a terra natal e com a família se percebe em todos os ângulos por onde se olhe. É como contemplar o céu estando sob a copa de uma árvore: os galhos são vistos de qualquer jeito!

- O meu sonho é voltar para a minha terra. Eu quero ir e fazer qualquer coisa por meu país. Quero dar uma contribuição, ajudar, diz, reconhecendo que a Guiné-Bissau vive um clima de conflitos e incertezas.

A doce Dona Ana é uma mulher politizada. Apesar de viver em Berlim, ela participa de grupos que discutem a política guineense e integra o Miguilan - Minjderis di Guiné No Lanta (Mulheres da Guiné-Bissau, levantemo-nos). A organização tem como objetivo lutar contra a instabilidade política e a pobreza na Guiné-Bissau.

Certamente, é a ligação com as origens que, mais uma vez, faz com que Dona Ana tenha um carinho especial pela Comunidade Católica de Katharinenstift. É onde ela rega suas raízes, encontra pessoas que falam a sua língua e que, mesmo distantes de sua terra, tentam se sentir em casa. Ali, como na vida em família, Dona Ana pode ser Eta.

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