terça-feira, 31 de agosto de 2021

CARLOS LOPES EM ENTREVISTA À REVISTA “TURI MAGAZINE”

 






Pescadores guineenses lamentam pescado a estragar-se devido a fecho de mercados

Pescadores guineenses criticaram hoje as autoridades do país pela decisão do fecho dos mercados para evitar o alastramento da covid-19 e dizem que têm "muito pescado a estragar-se".

Desde o dia 27 de agosto entrou em vigor um conjunto de medidas restritivas de liberdades de circulação dos guineenses e os pescadores afirmam ter o pescado a estragar-se na lota do Porto de Bandim e em vários mercados da capital.

Desde o dia em que entrou em vigor o estado de calamidade sanitária, as forças de segurança têm impedido o acesso comerciantes do pescado aos mercados, situação criticada por Lamine Mas, porta-voz da Associação de Armadores de pesca artesanal.

"Cerca de trinta pirogas carregadas de pescado não conseguiram descarregar e abastecer o mercado interno, com o agravante de muito pescado estar a estragar-se na lota", observou Mas.

Durante os dias de semana, os mercados funcionam de forma parcial e nos fins de semana são encerrados totalmente, uma situação que os armadores de pesca artesanal e os comerciantes pedem ao Governo que seja revista.

"A maioria das pessoas, em particular os funcionários públicos, preferem deslocar-se ao mercado no sábado ou domingo para comprar o peixe em grande quantidade. Fomos apanhados de surpresa com estas medidas e talvez fosse útil se fossemos informados da decisão muito antes para que pudessem prevenir-nos", salientou Lamine Mas.

Paulina Manga, uma comerciante do pescado na lota do Porto de Bandim, conta os prejuízos em poucos dias desde que entrou em vigor o decreto do Governo de estado de calamidade.

Paulina reconhece que a covid-19 "esteja a matar muita gente", mas pede o Governo que reabra os mercados.

"Fechar o porto de Bandim e mercados não resolve o problema da doença, porque o que acabaria por matar mais as pessoas é a fome, sobretudo os próprios doentes internados ou os que estão infetados não terão nada para comer", defendeu Paulina Manga. LUSA

PAIGC envia condolências

 




OBITUÁRIO: Faleceu o brigadeiro-general Joaozinho Iala. Que descanse em paz. AAS

STJ marca eleições

 


HOMENAGEM A 'MANECAS' SANTOS: O primeiro míssil Strela não falhou

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De como uma arma sofisticada, mas que podia ser manejada por um analfabeto, acabou com o controlo dos céus por parte dos portugueses. E como "Manecas" Santos, o homem responsável pelos míssil Strela, acabaria por se sentar anos depois à mesa de jantar ao lado do militar cuja estratégia ajudou a destruir.

23 DE MARÇO DE 1973, GUIDAJE

No dia em que o primeiro míssil Strela foi disparado, Portugal ficou incapaz de controlar a situação militar na Guiné. Podemos dizer de outra maneira. No dia em que o primeiro míssil Strela abateu um avião português, o 25 de Abril começou. Foi na Guiné, num palco de guerra desesperado, que teve início o movimento dos capitães. Mas é sempre difícil saber quando foi disparado o primeiro míssil. E quando derrubou o primeiro avião Fiat G.91. A Força Aérea Portuguesa diz que os primeiros dois mísseis, disparados a 20 e 23 de março de 1973, falharam. E que só um, lançado a 25, atinge o primeiro caça português na zona do Boé. Manuel “Manecas” Santos, líder do comando Abel Djassi (Mísseis Strela), garante que não houve falhanços. O primeiro míssil disparado fez cair um avião. “Nenhum Fiat tinha capacidade de fazer qualquer manobra evasiva. Aquilo atingia Mach 2. Era uma arma sofisticadíssima, que tinha a vantagem de poder ser operada por um analfabeto.” Segundo “Manecas”, o primeiro míssil é disparado, ao lado dele mesmo, a 23 de março de 1973, vindo de uma base de Cumbamori (Senegal), no norte. E não falhou.

Independentemente do dia, a guerra mudou quando o primeiro caça português se despenhou. Talvez a geração que nasceu e cresceu depois do 25 de Abril não tenha a noção do que foi a guerra da Guiné. O terror puro acontece precisamente de- pois do disparo deste míssil e condensa-se em pouco mais de um ano, entre março de 1973 e abril de 1974. É neste período que a tropa portuguesa perde os céus. Embora a Força Aérea negue, os quartéis longínquos junto às fronteiras ficam isolados, abandonados e sujeitos a um verdadeiro martírio de flagelação contínuo pela artilharia inimiga e, acima de tudo, pelo morteiro soviético de 120 mm. Ataques diários, sistemáticos e a momentos certos do dia, outros de horas contínuas sem parar, que fazem baixas e levam homens à loucura. O primeiro míssil é o momento de viragem que desequilibra a guerra.

O PAIGC estava relativamente desmobilizado com a morte de Amílcar Cabral, ocorrida pouco tempo antes. A presença de Spínola — num misto de estratégia e exuberância desafiadora que mobilizava as tropas portuguesas (que tinham o domínio absoluto dos céus) e tentava desenvolver e conquistar os guineenses contra os cabo-verdianos — obrigava o PAIGC a um dispositivo defensivo típico de guerrilha com ataques essencialmente noturnos.

“Manecas” é um homem enorme com um andar meio desajeitado. Usa camisas com padrões tropicais. Em 1972, era um magricela quando foi escolhido por Amílcar Cabral para liderar o grupo de operacionais que iriam para a Crimeia (URSS), aprender a manejar o Strela — o míssil terra-ar, operado por apenas um homem, que segue o calor do avião e era completamente desconhecido à época. Isto deixou as Forças Armadas portuguesas em estado de choque. Não se sabe como é que Amílcar Cabral convenceu os soviéticos a ceder esta arma secreta e topo de gama à guerrilha guineense. Mas, ao fazê-lo, alterou o curso da história da Guiné e de Portugal. Na zona de Guidaje, um dos homens que começaram a perceber que a guerra não tinha solução foi Salgueiro Maia.

“O 25 de Abril nasceu aqui, na Guiné. Morreram muitos guineenses para que os portugueses hoje vivam em democracia”, diz o antigo comandante dos comandos Abel Djassi na sede do PAIGC, atualmente em obras e a poucos metros de um palácio presidencial pela primeira vez cercado por uma grade metálica. Um partido político em estado de fúria com um Presidente que demitiu o primeiro-ministro da nova geração PAIGC, eleito democraticamente. A palavra golpe de Estado ouviu-se durante o mês de agosto. O PAIGC e a Guiné têm algum hábito nesta coisa dos golpes. Foi o de 80 em que ‘descaboverdianizou’ o regime, com a subida de Nino Vieira, e nunca mais parou a instabilidade, entre golpes e contragolpes. Em 2012, parecia ter estabilizado.

“O 25 de Abril nasceu aqui, na Guiné. Morreram muitos guineenses para que os portugueses hoje vivam em democracia”, diz o antigo comandante dos comandos Abel Djassi na sede do PAIGC, atualmente em obras e a poucos metros de um palácio presidencial pela primeira vez cercado por uma grade metálica. Um partido político em estado de fúria com um Presidente que demitiu o primeiro-ministro da nova geração PAIGC, eleito democraticamente. A palavra golpe de Estado ouviu-se durante o mês de agosto. O PAIGC e a Guiné têm algum hábito nesta coisa dos golpes. Foi o de 80 em que ‘descaboverdianizou’ o regime, com a subida de Nino Vieira, e nunca mais parou a instabilidade, entre golpes e contragolpes. Em 2012, parecia ter estabilizado.

Carlos Lopes - Conferência na 'NOVA School of Business and Economics'

Depois do sucesso do evento na Feira do Livro de Lisboa,  agora é a  vez da Conferência de início do ano académico na 'NOVA School of Business and Economics', em Carcavelos, a 7 de Setembro.  Conto com a presença de amigos e todos interessados nas questões africanas, residentes na área.



segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Fica o aviso

De todos os exames que fiz, 'apenas' dois problemas: um na cabeça (terei de regressar a Lisboa para um Eco-Doppler) e a falha de memória (tenho de tomar 60 ampolas bebiveis durante 2 meses). Portanto fica o aviso para os espancadores e ao mandante: podem bater em todo o lado...menos na cabeça. Cabrões! AAS

COVID-19: A Guiné-Bissau atingiu hoje 117 mortes causadas pelo novo coronavírus e regista 863 casos ativos da doença, revelou o Alto Comissariado contra a covid-19.


COVID-19: China doa à Guiné-Bissau 100 mil doses de vacinas Sinopharm

 A China ofereceu hoje à Guiné-Bissau 100 mil doses de vacina Sinopharm, que serão administradas a 50 mil guineenses, disse a alta-comissária contra a covid-19, Magda Robalo, que espera receber do mesmo país outras 200 mil doses.

domingo, 29 de agosto de 2021

Guineenses contestam recolher obrigatório e questionam utilização de fundos pelo AC

 FONTE: ler mais aqui > RFI


As críticas e ataques contra o Alto-Comissariado para o Combate à Covid-19 subiram de tom nos últimos dias na sequência da declaração de estado de calamidade, reforçado pelo recolher obrigatório que paralisou praticamente o país.

Em conferência de imprensa, o Espaço de Concertação, que agrupa várias organizações da sociedade civil, lançou duras críticas ao Governo e exigem que o Alto-Comissariado para Covid-19 apresente contas de gestão dos fundos destinados ao combate da covid-19.

Para além de condenar a decisão do governo de imposição do recolher obrigatório, que consideram inconstitucional, estes representantes dos empresários e da sociedade civil guineenses, exigem uma auditoria aos fundos doados no âmbito de combate a covid-19.

"É incompreensivel a impermeabilidade do Alto Comissariado para a covid-19 na Guiné-Bissau, cujas decisões só se aplicam aos cidadãos comuns", disse Abubacar Ture, vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos e Porta-voz do Espaço de Concertação.

sábado, 28 de agosto de 2021

COVID-19 (outros números): Magda Robalo "de braços abertos" para falar de contas

A Alta Comissária contra a covid-19 na Guiné-Bissau, Magda Robalo, desafiou as organizações da sociedade civil a organizarem um fórum público que explique as origens e o destino dos fundos que tem recebido de parceiros do país.

Organizações da sociedade civil têm criticado a gestão dos fundos e instaram o Tribunal de Contas a fazer uma auditoria ao exercício do Alto Comissariado contra a covid-19.

Em resposta à Lusa, a médica Magda Robalo lamenta as críticas e afirma estar disponível para um esclarecimento público.

"Sei que é preocupação da população sobre o que tem sido feito com os apoios que chegam ao Alto Comissariado. Infelizmente, tem havido muita especulação, calúnia e difamação em relação à minha pessoa, em relação aos materiais e fundos doados pelos parceiros", disse Robalo.

"Desafio as organizações da sociedade civil a se ocuparem da organização de um fórum para que possa pôr a limpo a situação da gestão", acrescentou a médica formada em Portugal.

Em relação à auditoria às contas do Alto Comissariado exigida por um grupo de organizações da sociedade civil, Magda Robalo disse estar de "braços abertos" a qualquer exercício desse tipo tanto a nível interno como externo.

"Alto Comissariado tem livros abertos ou suas portas abertas a qualquer iniciativa que vise fazer uma auditoria às suas contas, bem como a gestão que faz dos apoios tanto materiais como financeiros que recebe", disse a responsável pelo combate à covid-19.

Magda Robalo realçou que a cada três meses apresenta um relatório detalhado de despesas ao ministério das Finanças que, neste momento, tem em curso uma auditoria às contas do Alto Comissariado.

"Enviamos as cópias do nosso relatório ao Tribunal de Contas, à Presidência da República, ao Governo e se não estou em erro, também à Assembleia Nacional Popular" afirmou para acrescentar ainda que os relatórios de contas também são publicados no sítio de internet da organização. LUSS

COVID-19: Guiné-Bissau regista um total de 115 mortos e 5.702 infectados pelo coronavírus. AAS


Lançamento do livro "África em Transformação", do economista guineense Carlos Lopes

 "Para o meu irmão Aly, com respeito e admiração" - Carlos Lopes 




sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Amanhã, na Feira do Livro de Lisboa

 


SINDICATO DO INSTITUTO MARÍTIMO PORTUÁRIO DENUNCIA FUNCIONÁRIOS FANTASMAS NA INSTITUIÇÃO

O Sindicato de Base dos Trabalhadores do Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau denunciou a existência de nomes de pessoas não afectos a esta instituição que nos últimos tempos estão a receber os salários como funcionários, num valor mínimo de cento e trinta e cinco mil fcfa.


A denúncia sobre os alegados funcionários fantasmas foi feita hoje num encontro com a imprensa na sede da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes para esclarecer a situação que o instituto está a enfrentar.

O vice-presidente do sindicado de base Ícaro Incas questionou o porque deste processo de pagamento, acrescentando que “temos folha de pagamento de salário onde constam nomes dos funcionários fantasma mas que não são funcionários do Instituto Marítimo, como nome de Armando Tchoba dos Santos que recebe 360 mil fcfa, Januário Té Coreia com 270 mil fcfa, Fernando Saldanha 225 mil fcfa, Emiliano Mendes com 225 mil fcfa, e temos Zique Shoaibe que recebe 135 mil fcfa.

Relativamente ao montante de 25 milhões de fcfa que foi desbloqueado no dia 25 do mês de Abril para compra de lanchas antes da saída de Jorge Mandinga como ministro dos Transportes, o presidente do Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau Alexandre Epifânio Bate lamentou o facto.

“Deveriam comprar 4 viaturas mas compraram somente dois que foram entregues ao primeiro e segundo vogal, e restantes compras desconhecemos”, diz adiantando que “ queremos saber se o dinheiro é para compra da viatura pessoal ou para instituição. Sobre lanchas, o dinheiro foi desbloqueado na conta da instituição num montante de 25 Milhões de fcfa, mas até a data presente, não temos lanchas para primeiro socorro”.

Contactado pela rádio sol mansi a direcção do instituto remeteu qualquer pronunciamento sobre o caso após uma consulta com o gabinete jurídico.

Sindicato de Base dos Trabalhadores do Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau considera de alarmante o que está acontecer nesta instituição nos últimos tempos. RSM

COVID-19 - Variante Delta detectada na Guiné-Bissau

 


Sociedade civil guineense exige auditoria à gestão de fundos doados por parceiros internacionais

 As organizações da sociedade civil guineense exigiram hoje ao Tribunal de Contas do país para abrir um processo de auditoria aos fundos e apoios doados por parceiros internacionais para o combate à covid-19.

A posição consta de um comunicado do chamado espaço de concertação que esteve reunido para analisar as novas medidas anunciadas pelo Governo para conter o avanço de infeção pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau.

Após críticas à atuação do Alto Comissariado contra a Covid-19, que entre outras, é acusado de nada ter feito perante atitudes que potenciam o alastramento da doença, as organizações da sociedade civil querem uma auditoria à forma como os fundos são geridos na instituição.

"Exigir uma auditoria do Tribunal de Contas e demais entidades competentes sobre a gestão dos fundos e materiais doados pelos parceiros internacionais no âmbito dos esforços de combate" à covid-19, lê-se no comunicado.

Para as organizações da sociedade civil guineense "é incompreensível a impermeabilidade" do Alto Comissariado contra a Covid-19 e "constatar que as suas recomendações só se aplicam ao cidadão comum".

"São as autoridades públicas que estiveram no surgimento da terceira vaga da covid-19 na Guiné-Bissau pela promoção criminosa de eventos que implicam ajuntamentos públicos, sem observância de medidas de prevenção, nomeadamente reuniões partidárias, comícios, concertos e visitas oficiais de chefes de Estado estrangeiros", notaram as organizações da sociedade civil.

Consideram ainda que o recolher obrigatório decretado pelo Governo, como uma das medidas para conter o alastramento da covid-19, é inconstitucional, porque a Constituição do país só o permite em sede de estado de sítio ou de emergência e devidamente aprovado pelo parlamento.Atualmente, a Guiné-Bissau observa o estado de calamidade à saúde pública motivado pelo nível de infeção pelo novo coronavírus.

As organizações dizem ainda que antes de o decreto do Governo que institui o estado de calamidade ter sido publicado no Boletim Oficial (Diário da República) já estava em vigor, o que consideram outra inconstitucionalidade.

Também referem ser desproporcionais as medidas decretadas pelo Governo de fechar os mercados ao fim de semana e ainda de impor cercas sanitárias em todas as regiões do país.

Para as organizações da sociedade civil as medidas vão agravar ainda mais as condições de vida da população guineense, pelo que exortam o Governo a repensá-las.

A Guiné-Bissau registou desde o início da pandemia 5.676 casos, dos quais 115 óbitos.

A covid-19 provocou pelo menos 4.472.486 mortes em todo o mundo, entre mais de 214,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru. LUSA

Estado de calamidade leva à reacção da sociedade civil

As organizações da sociedade civil agrupadas no Espaço de Concertação registaram com bastante apreensão as medidas ilegais e despropositadas decretadas pelo Governo no dia 26 de Agosto de 2021, dando corpo à nova fase de Estado de calamidade.   


Em conformidade com a Constituição da República, as decisões restritivas de direitos fundamentais devem ter esteios legais e serem absolutamente necessárias e proporcionais. Reza a lei magna que o recolher obrigatório só pode ter lugar na vigência de estado de sítio ou de emergência devidamente decretado pelo Presidente da República, após o pronunciamento favorável da Assembleia Nacional Popular. Pois, o recolher obrigatório anunciado pelo Governo em sede de Estado de Calamidade constitui uma violação clamorosa da constituição. 


Ademais, as medidas de proibição de circulação entre áreas de residência, encerramento de mercados aos fins de semana são imprudentes sendo que irão agravar ainda mais o custo de vida de milhares de famílias guineenses que lutam diariamente para a sobrevivência e aumentar aglomeração dos cidadãos nos principais mercados do país. 


É incompreensível a impermeabilidade do Alto Comissariado para COVID-19 na Guiné-Bissau cujas recomendações só se aplicam aos cidadãos comuns. Com efeito, são as autoridades públicas que estiveram na origem do surgimento da terceira vaga de COVID-19 na Guiné-Bissau devido a promoção criminosa de eventos que implicam ajuntamentos públicos, sem observância de medidas de prevenção, nomeadamente, reuniões partidárias, comícios, concertos, visitas oficiais de chefes de Estados estrangeiros e campanhas político-partidárias. 


Perante esta tamanha violação da constituição e gritante insensibilidade para com o sofrimento dos guineenses, as organizações membros do Espaço de concertação decidem o seguinte:


1. Condenar a decisão inconstitucional do Governo em decretar o recolher obrigatório no âmbito de estado de calamidade e com o agravante de ainda não ter sido publicado no Boletim oficial mas infelizmente está a ser implementado;


2. Manifestar estranheza pelas medidas despropositadas anunciadas pelo Governo nomeadamente, o encerramento de mercados aos fins de semana e cerca sanitária em todo o território nacional;


3. Exortar o Governo a reapreciar as medidas anunciadas cujas consequências implicarão o agravamento de sacrifício a milhares famílias guineenses;


4. Lamentar a indiferença das autoridades nacionais em relação à crise socioeconómica no país devido à deriva governativa, associada à subida galopante de inflação e a ausência de uma estratégia nacional coerente para estimular a economia e apoiar socialmente as famílias mais vulneráveis; 


5. Exigir uma auditoria do Tribunal de Contas e demais entidades competentes, sobre gestão dos fundos e materiais doados pelos parceiros internacionais, no âmbito dos esforços de combate ao COVID-19;


6. Lançar um vibrante apelo aos cidadãos no sentido de cumprirem com as regras sanitárias de prevenção do COVID-19, nomeadamente, uso obrigatório das mascaras, distanciamento social, higienização das mãos, entre outros;


7. Igualmente, as organizações membros do espaço de concertação exortam os cidadãos no sentido de aderirem massivamente ao processo de vacinação em curso no país.


8. Anunciar que de acordo com as informações fornecidas pelo Alto Comissariado Para COVID-19, não houve aumento de custos de testes para os viajantes, embora o texto do decreto de estado de calamidade deixa margens de duvidas para a sua interpretação.


9. Exigir do governo a adopção de medidas compensatórias aos cidadãos e empresas cujas atividades continuam a ser profundamente afectadas pela crise sanitária;


10. Encorajar o Alto Comissariado para Covid-19 no sentido de intensificar as ações de informação e sensibilização dos cidadãos sobre a pandemia na Guiné-Bissau.


11. As organizações de Sociedade Civil reiteram o seu firme compromisso de trabalhar diretamente com as comunidades na prevenção, gestão das respostas sanitárias, bem como o apoio socioeconómico para mitigar os efeitos da crise sanitária.  


Bissau, 27 de Agosto de 2021.


As organizações membros do Espaço de Concertação 

EUA APONTAM O DEDO AO REGIME REPRESSIVO DE EMBALÓ

 Ler a notícia completa AQUI 


Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu uma demonstração de que não está isolado no mundo. Enviou um avião da FAB para buscar o presidente de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que está no país para uma visita oficial. Chamando o líder africano de "irmão", Bolsonaro deixou claro que questões de direitos humanos não fizeram parte dos debates.


Mas documentos oficiais da ONU e do governo americano revelam uma gestão repleta de acusações contra o presidente de Guiné-Bissau. Num documento preparado pelo Departamento de Estado norte-americano em março de 2021, Washington faz um raio-X das condições de direitos humanos no país e constata: "casos de tratamento cruel…




𝐓𝐫𝐢𝐛𝐮𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐧u𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐢𝐫𝐫𝐞𝐠𝐮𝐥𝐚𝐫𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐧𝐚𝐬 𝐨𝐛𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐭𝐚çã𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬.

 O Tribunal de Contas da Guiné-Bissau denuncia que as obras de reabilitação de 254 km das estradas em terra da Rede Rodoviária Nacional não cumprem as exigências do caderno de encargo.


    Esta informação consta no boletim “Nobas do Tribunal” produzido no dia 04 do corrente mês, que a Rádio Sol Mansi tem em mãos.


    Segundo a Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo as Obras nestas condições são dos troços Mansabá, Bafatá, Gabú, Mampata Forea, Cacine, Cassaca e Beli, ambas executadas pela empresa “Group Santy – Comercial Santy”.


    Ainda segundo o mesmo boletim informativo, os trabalhos de fiscalização realizados de 15 a 20 do mês de Junho desde ano, abrangeram o troço de Nova Sintra à São João sob a responsabilidade da empresa “Ercano Construções”, cujas obras ainda estão em curso.


    As imagens partilhadas no boletim do Tribunal de Contas mostram as vias - terra batida - em péssimas condições e cheias de buracos e águas paradas.


    A instituição encarregue de fiscalização disse, no entanto, que o tipo de solo aplicado neste troço é “muito alterado” e com “grande concentração” de hidróxido de ferro e alumínio, portanto, não tem a qualidade devido a percentagem “muito elevada” a argila que não facilita a filtração normal das águas pluviais tornando-se o elemento da degradação rápida da estrada.


    Segundo o mesmo documento, uma outra situação que mereceu a atenção dos técnicos é o desrespeito às regras de artes e normas técnicas.


    Diante desta situação de irregularidade, o Tribunal de Contas alerta que não deve ser feita a recepção definitiva dos troços para permitir a empresa efectuar as correcções.


    A equipa da fiscalização Prévia e Concomitante do Tribunal de Contas, chefiada pelo seu Diretor, Zaías José Ramalho, avisa que é imprescindível construir as valetas, divergentes e fossas em terra na medida adequada para permitir um escoamento normal de águas pluviais, segundo as regras existentes.


>Rádio Sol Mansi<

PAIGC - Artur Silva recebe nota de culpa






Fala o próximo presidente do Brasil

 


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

ESTADO POLICIAL: Um boa pergunta

 


PAIGC - Homenagem póstuma ao major-general Humberto Gomes

O Major-General Humberto Gomes,  falecido  recentemente, foi homenageado hoje no Salão Amilcar Cabral na Sede Nacional do PAIGC.

Uma homenagem póstuma em reconhecimento para aquele que foi um dos Guerrilheiros mais destacados na Luta.

O malogrado atingiu o topo da hierarquia militar em 1998, após uma progressão na carreira que começou como Membro do Conselho de Guerra e Comandante de Frente nos primórdios da Luta.

Presidiu a cerimônia de Homenagem Póstuma do Major-General Humberto Gomes foi presidida pelo Camarada Aly Hijazi, Secretário Nacional do PAIGC na presença da Camarada Teodora Inácio Gomes, Coordenadora da Associação dos Antigos Combatentes.

Palmas do aprendiz de feiticeiro para o ditadorzeco e genocida? O Brasil paga para ver...

 


FEIRA DO LIVRO DE LISBOA - O stand da Nimba Edições





terça-feira, 24 de agosto de 2021

OPINIÃO: Teatro em Brasília

 


FACTO - A propósito de gaffes: Não é "a Guiné-Bissau não RECTIFICOU" o Acordo de Roma, mas sim "não RATIFICOU"… AAS


OLHA QUE DOIS!: Na diplomacia...

... Isto é um rotundo... NÃO!



Carlos Lopes na RTP

 Ouvir AQUI



GAFFE I: Ai, a nossa independência foi proclamada "em 1974"?!?! Atcha, dianti ki kaminhu...AAS

É por estas e por outras que é um presidente autoproclamado. E faltam ainda 5 dias para o fim da 'visita'...kuma BOLSONÁRIO...:


O ex-presidente do Chade e ditador, Hissène Habré, morreu numa prisão no Senegal. AAS

Páginas da Minha Vida na FIL

De Renato Moura, chancela Nimba Edições, a partir do dia 26.
Parque Ed. VII - Nascente - PAVILHÃO C20

HOMENAGEM do próximo Presidente de Cabo Verde ao Eng. Carlos Correia

 


Bolsonaro é um mentiroso compulsivo que será derrotado nas próximas eleições presidenciais

A campanha do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, contra o voto electrónico foi inundada de informações falsas, o que levou a Justiça Eleitoral e o STF a incluí-lo nas investigações sobre a disseminação de mentiras nas redes sociais que alegadamente minam a democracia.

O Presidente brasileiro já é alvo de investigações também sobre supostas fraudes com vacinas contra a covid-19 e outras irregularidades que têm mergulhado o país num sério conflito institucional contra o qual até empresários e bancos já se manifestaram, condenando as ameaças da extrema-direita à democracia.

Carlos Lopes na feira do livro de Lisboa

 


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

OPINIÃO: A decepção maior

Por: Juspel Cabral

A Magda Robalo foi minha decepção. Disse que não está ao serviço de partido político, mas está ao serviço de um regime criminoso que derrubou o governo do qual ela fazia parte.

Magda Robalo, ambos somos guineenses, patriotas (?) e técnicos de saúde. As epidemias, as grandes endemias e pandemias, são casos de maior responsabilidade dos políticos que apenas ouvem os técnicos de saúde para ponderar algumas medidas.

 Não é como tratar de um doente numa enfermaria, clínica ou em família. São as grandes decisões políticas que resolvem as pandemias. Um médico não trata com países limítrofes, com laboratórios, industrias farmacêuticas, diplomacia e intercâmbios entre governos e tão pouco interfere no parlamento sem ser chamado.

São o presidente da república, o chefe do governo e o parlamento com partidos e seus líderes e deputados eleitos. Quem decide os estados de emergência, calamidade, contingência, sítio e de guerra são os políticos (Presidente da república,ouvida a Assembleia Nacional) e não os técnicos da saúde.

Sem vontade política o nacionalismo e patriotismo dos quadros técnicos da saúde não têm nem força nem peso.

Em regimes ditatoriais como aquele que a senhora está a servir, com humilhação e perda de dignidade, respeito e admiração que vinha angariando no regime democraticamente instalado através de eleições. A senhora se queimou.

Recusar esse tipo de missão/responsabilidade é tão natural e inteligente, porque a senhora é para a maioria dos habitantes da Guiné Bissau em particular da capital, a responsável pelas medidas abusivas, desajustadas, de terror e uma fabricante de dinheiro para sustentar os que dominam o aparelho do Estado.

E não nos esquecemos das festas no palácio e nos hotéis a rebentar pelas costuras…as estatísticas não são fiáveis. Sou técnico de saúde e trabalhei mais de dez anos em Bioestatística e saúde pública. Os testes foram postos em causa a sua garantia por um médico encarregado da Unidade Cuidados Intensivos do hospital Simão Mendes. Foi através da RTP que vi a declaração desse médico e acho (?) que foi demitido das suas funções. 

A senhora é conselheira-mor do autoproclamado presidente porque é ele que emite decretos sem ouvir deputados em matéria de estados de emergência que são utilizados para benefícios políticos do regime em detrimento de outras formações políticas, a sociedade civil e as populações.

Guineenses,

Vamos todos juntos, Guineenses do eixo do bem, seguir Joe Biden no Facebook e começar a fazer denúncias escritas (em português) e imagens das atrocidades que são infligidas as populações da Guiné Bissau desde abusos policiais aos diversos tráficos.

Basta escreverem Joe Biden, aparece, no Facebook e carregar em SEGUIR e prontos. Ele faz publicações hora a hora de todas as suas actividades e decisões e faz anúncios e relatos da sua administração. Vamos, irmãos. 

Façam como eu, escrevam na página do presidente dos EUA. Ele vai ler. 

I na sibidu

 



Sissoco desafia os EUA depois da trapalhada

 Umaro Sissoco Embaló, garantiu hoje que o ex-chefe das Forças Armadas, general António Indjai, não será extraditado para os Estados Unidos de América (EUA), que oferecem uma recompensa por acusações de tráfico de droga.

Em declarações aos jornalistas, momentos antes de viajar para o Brasil, em visita oficial de cinco dias, Sissoco Embaló afirmou que a existir algum crime praticado por António Indjai, este terá de ser julgado na Guiné-Bissau.

"As acusações de crimes contra António Indjai têm validade apenas nos Estados Unidos da América, não na Guiné-Bissau. Nenhum cidadão guineense será capturado no país para ser julgado noutra parte do mundo. Se um cidadão guineense cometer algum crime, o que deveriam fazer é notificar as autoridades da Guiné-Bissau", disse Embaló.

O departamento de Estado norte-americano acusou, na semana passada, António Indjai de envolvimento no "narco-terrorismo, conspiração para importar cocaína, conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e conspiração para adquirir e transferir mísseis antiaéreos para os rebeldes de FARC da Colômbia".

Os EUA colocaram à disposição de quem fornecer informações que levem à captura de Indjai, uma soma de cinco milhões de dólares americanos.

"Os americanos sabem que o general António Indjai é guineense e está na Guiné-Bissau", frisou Umaro Sissoco Embaló, salientando que as acusações contra o general também afetam a imagem do país.

Embaló notou que os dois países não são signatários do tratado de Roma.

"A Guiné-Bissau é um Estado como os Estados Unidos da América. Se o general Indjai cometer na verdade os crimes de que está a ser imputado e se os mesmos forem provados, podemos julgar o António Indjai na Guiné-Bissau sem problema" assegurou, recordando que tanto a Guiné-Bissau quanto os EUA não ratificaram o tratado de Roma.

"O cidadão norte-americano não é extraditado para outros países, e da mesma forma que não permitiremos também que os cidadãos guineenses sejam extraditados para outros países. António Indjai é livre de circular em todo o território nacional na Guiné-Bissau", afirmou o Presidente guineense.

Umaro Sissoco Embaló disse já ter instruído o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país para pedir "explicações claras" ao Governo norte-americano sobre a situação de António Indjai.

"O Estados Unidos não têm o direito de colocar a prémio a cabeça de António Indjai por cinco milhões de dólares, porque o general Indjai não é terrorista", observou Sissoco Embaló, salientando ainda que, a existir qualquer acusação, as autoridades judiciais deveriam ser contactadas, assim como a Interpol.

O Presidente guineense fez um paralelismo com Bubo Na Tchuto, antigo chefe da Armada guineense, capturado, julgado, condenado e detido nos Estados Unidos entre de abril 2013 e outubro de 2016, com a situação de António Indjai, também acusado de narcotráfico.

"Vimos a situação de género que passou com Bubo Na Tchuto, mas isto já faz parte do passado. António Indjai vai circular livremente no país. Creio que ninguém ousará vir ao nosso país teimosamente para capturá-lo", enfatizou Embaló. LUSA


Recolher obrigatório vs Setembro Vitorioso

PAIGC dá início às comemorações do SETEMBRO VITORIOSO, durante 1 mês. Mais uma afronta para os ilegais.


É por demais evidente que, a ser instituído o recolher obrigatório, as comemorações sofrerão um abalo - ma i ka na maina.


Mais. Os ilegais estão sempre a viajar (quer à conta do erário público quer com as esmolas de outros e estão nem aí para o cumprimento das regras que eles mesmos instituem).


Poderão querer cercear a programação do PAIGC, ora inventando novas regras ora impondo limitações. I ka na pega. 


Bô n'terga son nhu Ndjai, dipus... nô pintcha! AAS

COVID-19: Postos de vacinação no sector autónomo de Bissau

 


RECOLHER OBRIGATÓRIO igual a FARSA...e MEDO

A patética sugestão do recolher obrigatório soa a encomenda. Primeiro manda-se a Alta Comissária para que sugira a tomada de tais medidas, logo, o governo - que fala com a voz do dono - não tem outra alternativa que não ir na conversa e acatar.


Mas tudo isto tem um propósito: o medo...e controlar as pessoas, saber quem são, para onde vão e com quem se encontrarão parece ser um trunfo em vésperas da viagem ao Brasil. O exílio não é patria que convém a ninguém...

E o teatro de NÃO  entregar o acossado António Indjai aos EUA é para amansar a fera durante a prolongada ausência do autoproclamado na visita ao maluco do Bolsonaro. 


Era só. Boa noite e que os vossos deuses abençoem a Guiné-Bissau que é de todos nós.  Viva Nô Terra. AAS

Adiamento da homenagem póstuma

 


Alto Comissariado quer recolher obrigatório

 


MAJOR HUMBERTO GOMES/HOMENAGEM PÓSTUMA

 CONVITE 


O Secretariado Nacional do PAIGC tem a honra de convidar o vosso Órgão de Informação para a cerimônia de Homenagem Póstuma ao Major General Humberto Gomes, falecido recentemente.

A cerimónia tera lugar amanhã terça-feira,  24 de Agosto de 2021, a partir das 10 Horas no Salão Amilcar Cabral na Sede do PAIGC. 

Esta homenagem do PAIGC ao antigo Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas  traduz um gesto de reconhecimento ao seu papel, enquanto Membro do Conselho de Guerra e um dos primeiros Comandantes, no processo da Luta Armada que conduziu a Independência da Guiné-Bissau.

Ciente de que a vossa cobertura irá contribuir para a mais ampla difusão do evento, subscrevemos com estima e distinta consideração.


Bissau, 23 de Agosto de 2021


Cordialmente, 


Muniro Conté 


Secretário para Comunicação e Informação

COVID-19/PALOP

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique continua a ser o que mais atingido pela covid-19, registando 1.800 óbitos e 142.784 casos de infeção acumulados desde o início da pandemia e Angola sucede-lhe na lista com 1.140 mortes e 45.817 casos no total.

Cabo Verde regista 304 mortes associadas à doença e 34.738 infeções, a Guiné Equatorial 123 óbitos e 9.049 casos, a Guiné-Bissau ultrapassou este domingo os 100 mortos, com 103 óbitos registados no total e atingiu 5.518 infetados. Já São Tomé e Príncipe tem 37 óbitos e 2.517 infeções. LUSA

Autoproclamado com manifestação à perna em S. Paulo

 


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